O investimento em mídia no Brasil registrou um avanço de 19% nos primeiros três meses de 2022, frente ao mesmo período de 2021, confirmando assim a escalada do mercado publicitário. O dado faz parte da nova edição do painel Cenp-Meios, coordenado pelo Cenp, Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário. O volume movimentado no primeiro trimestre do ano ficou na casa dos R$3,4 bilhões, contra R$2.8 bilhões de 2021.
O número reitera a relevância do mercado publicitário e todo seu ecossistema. É uma atividade que se destaca mesmo diante de um cenário ainda desafiador, com residual de pandemia, queda de poder de compra, guerra da Europa e uma economia, que avançou 1% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o último trimestre do ano passado (IBGE).
“Fechamos 2021 com aumento expressivo de quase 40% e não arrefecemos. Temos um segundo semestre promissor, com eventos como Copa do Mundo e retorno total das atividades com crescimento da economia. Como sempre digo, a publicidade é a indústria que movimenta a indústria e estamos prontos para esse novo momento. Há otimismo de elevação de investimentos e já celebramos esse percentual.”, afirma Luiz Lara, presidente do Cenp.
Importante sinalizar que os dados de 2022 foram fornecidos por 303 agências de publicidade de todo o país, participantes do painel que, por sua metodologia, tem precisão total de informações. Em 2021, o volume de agências foi menor, 298. Salles Neto, coordenador do Comitê Técnico do Cenp-Meios, destaca o crescimento sustentável do mercado diante de um ano que promete ser aquecido no segundo semestre. “Mesmo com eleição no radar, temos um final de ano que deve refletir positivamente no mercado publicitário e atrair um investimento extra, temos Black Friday, que já se tornou um calendário chave para o varejo e comunicação e esse ano ocorrerá durante a Copa do Mundo e, na sequência, Natal e férias de verão. Quatro grandes frentes que exigem comunicação massiva”.
Lembrando que, ao longo de 2021, investimentos em mídia via agências totalizaram R$ 19,7 bilhões, em 2020, no auge da pandemia, foram R$ 14,2 bilhões.