O Cenp – Fórum de Autorregulação do Mercado – avança no seu processo de transformação com novas frentes de atuação. A entidade segue com seu compromisso com o mercado de zelar pelas relações comerciais com ética e transparência, mas agora amplia sua agenda para propor um novo pacto de valor para o papel do Cenp.
Cinco frentes foram definidas pela nova gestão. Em comum, as novas premissas miram o futuro de um mercado cada vez mais plural, transversal e diversificado, retratando as mudanças da indústria publicitária com um todo, a evolução da tecnologia, a multiplicidade de canais e a essencialidade dos dados.
“Temos reiterado que este novo momento do Cenp acompanhará o crescimento do mercado, suas variações e para isso precisamos de uma agenda atualizada que reflita um mundo cada vez mais digital e com novas ferramentas de conexão. Seguimos focados no fomento às boas relações comerciais, porém sabemos que hoje temos um ecossistema mais complexo, inclusive, com novos atores e novos modelos de negócios”, explica Luiz Lara, presidente do Cenp.
As cinco premissas do Cenp são:
1. Apoiar e reconhecer modelos de negócios diversos, híbridos e dinâmicos que reflitam a rápida transformação que une criatividade, tecnologia e dados. A sofisticação da mídia por meio da tecnologia é uma evolução que constitui a ponta de lança na relação entre as marcas e as pessoas. Diante da crescente integração entre marketing e negócios, é necessário contemplar os novos formatos de mídia incluindo vídeo nas suas mais variadas formas, áudio, retail media e o marketing de influência.
2. Defender a transparência e a ética nas relações comerciais, através de melhores práticas, entre os agentes do mercado publicitário e nos seus respectivos processos concorrenciais por meio da crença de que a publicidade é e seguirá sendo – em seus novos formatos, em suas novas plataformas e em suas novas dinâmicas – a alavanca de todas as demais atividades da economia.
3. Apoiar e promover mecanismos e iniciativas que maximizem o retorno dos investimentos e a eficiência para todos os atores do ecossistema publicitário, trazendo mais relevância para anunciantes, publishers e usuários valorizando o brand safety através de métricas, dados e indicadores transparentes e auditáveis.
4. Reconhecer e valorizar a importância da multiplicidade de players que ganham cada vez mais relevância estratégica dentro da nova lógica frente à fragmentação de canais, novos formatos e modelos na gestão de conteúdos, mensagens e impactos.
5. Em uma economia de valor compartilhado e como indústria composta por uma cadeia de elos interligados e interdependentes, é nossa missão zelar pela sustentabilidade das relações desse ecossistema, respeitando os interesses legítimos e reforçando o papel de cada elo da corrente.
Compromisso como futuro
Regina Augusto, diretora executiva do Cenp, reforça o compromisso com o futuro. “Desde o início dessa nova gestão, temos claro que o Cenp segue como uma referência, com valores éticos bem definidos. O que precisamos agora é expandirmos nossa abrangência estratégica, tendo em vista este novo mercado com o qual convivemos, cada vez mais multiplataforma e hiperconectado”.
Para tangibilizar as novas premissas, ela explica que uma mudança interna já começa a ganhar corpo com a aprovação de um novo estatuto, mais enxuto, ágil e em linha com a transformação do mercado. Além disso, a partir de setembro tem início a reformulação dos Comitês e a criação de Grupos de `Trabalho. O Comitê Técnico de Mídia, o CTM, assume uma abordagem mais plural e propositiva e passa a ter nova denominação: Núcleo de Qualificação Técnica, o NQT. Além dele, foi criado o Comitê Técnico de Métricas e Indicadores (o CTMI), que envolve o Cenp-Meios e se dedicará também a desenvolver e discutir outros projetos de métricas para o mercado; o Comitê Técnico Digital e de Brand Safety (o CTDBS) ganha também um escopo maior, visando discutir também boas práticas na busca de melhor retorno sobre o investimento na mídia digital; e, por fim, será criado um terceiro Comitê, dedicado à Diversidade, Equidade e Inclusão (o CDEI), cuja missão será produzir e desenvolver dados censitários sobre diversidade para o nosso setor. Serão criados ainda dois Grupos de Trabalho: de Boas Práticas em Planos de Incentivo e de Boas Práticas em Concorrências.
“De forma prática e propositiva, o Novo Cenp tem como missão acompanhar as principais discussões e temas que impactam nosso segmento sempre com foco em priorizar a qualidade das relações da nossa indústria”, conclui Regina Augusto.