Hoje é o último dia da Fruit Logistica em Berlim, e a sensação é de literalmente percorrer o mundo de inovações, a evolução na comunicação deste segmento é um capítulo à parte. A busca por novas tecnologias de armazenagem, transporte, apresentação dos produtos nos pontos de venda e a preocupação com o descarte das embalagens estão no centro das discussões.
A área destinada às embalagens apresenta a preocupação com o meio ambiente, apresentando opções com novas tecnologias e materiais biodegradáveis. Pelo menos neste mundo aqui a era o plástico parece estar com os dias contados, e o papel segue como protagonista para as embalagens nesta nova era.
O Brasil ocupa a 4º posição como o país que mais gera lixo plástico no mundo.
De acordo com o WWF, mais de 104 milhões de toneladas de plástico podem poluir os ecossistemas até 2030 se não houver nenhuma mudança na relação com o material.
Em conversa com o Fabio Romagnoli, gerente comercial da Fischer Frutas, empresa brasileira que produz maçãs em Santa Catarina e exporta para o mundo todo, além de ser pioneira no licenciamento de marca com a maçã da Turma da Mônica, e é uma das empresas presentes no evento. Ele aponta que em uma recente pesquisa realizada pela empresa com os consumidores brasileiros sobre embalagens, mostrou que mais de 90% das pessoas afirmam que se preocupam com o meio ambiente, mas dão preferência para a a comodidade mesmo que a embalagem seja de plástico.
Mas o mundo gira na direção de sustentabilidade, e as empresas precisam evoluir e se adaptar aos novos desafios, hábitos e atitudes.
No que depender das inovações, às opções de novos materiais alinhados a um estilo de vida mais ambientalmente correto que a indústria apresenta no evento, as embalagens que agridem o meio ambiente estão com prazo de validade vencidos.
Afonso Abelhão é sócio e CEO da agência BigBee