O conceito de marca pessoal evoluiu ao longo do tempo, desde os tempos antigos, quando era expresso através de símbolos, até à era digital, onde é organizado através de redes sociais, websites pessoais e perfis online. Em uma era definida pela interconectividade digital e pelas redes sociais em constante expansão, a marca pessoal tornou-se algo indispensável para o sucesso profissional. O conceito de marca pessoal não está mais reservado a celebridades, influenciadores e figuras públicas; “infiltrou-se” em todas as áreas e profissões, influenciando a forma como tomamos decisões.
Compreender esta evolução ajuda-nos a apreciar o seu significado atual e que cada vez mais vem sendo utilizada estrategicamente como uma ferramenta poderosa, impactando na tomada de decisões.
Podemos ver esse impacto da marca pessoal, por exemplo, influenciando as decisões de contratação e a progressão na carreira onde empregadores frequentemente examinam a presença e a reputação online de um candidato. Com isso profissionais por meio de uma marca pessoal estrategicamente construída, podem obter uma vantagem competitiva.
Também podemos olhar pelo âmbito do empreendedorismo, onde os próprios empreendedores podem aproveitar suas marcas pessoais para atrair investidores, parceiros e clientes.
Já quando analisamos essa marca pessoal do ponto de vista corporativo onde executivos podem ser disputados por empresas concorrente no mercado, percebemos quanto a tomada de decisão é impactada por marcas bem construídas. Afinal o que leva uma empresa a quer “você” e não outro profissional? Bom uma séria de pontos que passam, é claro, por um bom currículo e experiência, mas que são fortalecidos por toda uma estratégia de marca pessoal.
Quero trazer aqui um case interessante para comprovar o quanto uma marca forte e bem posicionada impacta a tomada de decisão.
Estudos de Caso
O caso é de um profissional da indústria farmacêutica que passou por um corte na empresa que estava, se viu em um momento de crise em nosso país fora do mercado e com dificuldade de se recolocar.
Entre envios de currículo e muitas conversas ele passou em minha assessoria em personal branding. Após o término do processo e agora seguro de seu posicionamento, enfrentou uma entrevista em que juntamente com outros profissionais, eles tiveram que responder a uma simples pergunta:
– Quem é você?
Depois dos dois primeiros veio a sua vez, ele me disse que naquele momento se lembrou de todo o processo de assessoria em personal branding que passou e de forma tranquila e totalmente “sua”, contou quem ele era, o que fazia, o que fazia de diferente, para quem fazia, onde fazia e qual era a necessidade do que fazia.
Segundo seu relato ao terminar sua fala, fez-se um breve silêncio e logo em seguida fizeram pausa para um cafezinho. O responsável pela dinâmica encontrou com ele fora da sala e disse que havia gostado do currículo dele, mas principalmente da forma com que ela havia se apresentado. Bom, encurtando tudo, ele foi contratado por essa farmacêutica nacional. Ele estava feliz com sua recolocação quando após 2 meses recebeu um contato de outra indústria farmacêutica, porém agora um muito maior, multinacional e que o chamou para uma entrevista.
Nessa entrevista, muito mais seguro, ele se viu diante do mesmo ocorrido. Com outras palavras, mas com o mesmo teor, pediram para que ele se apresenta-se e com mais confiança ainda ele o fez, acrescentando alguns pontos a mais como sua visão e seu propósito. Acabando o processo foi convidado a conhecer a planta da fábrica onde ele estava e ao retornar a surpresa, o responsável pelo processo, disse que havia gostado muito dele e do seu currículo, mas o que impressionou foi a forma como ele assertivamente e com segurança havia se apresentado mostrando seus atributos pessoais e profissionais, bem como uma clareza ao comunicar.
Consequência deste posicionamento! Um convite para integra o time desta farmacêutica multinacional. Ele pediu uns dias e após ponderar bem prós e contras decidiu ir para a multinacional onde entendeu ter muito mais oportunidades de crescimento.
Já muito feliz em sua nova empresa após alguns meses atuando, ele recebe um telefone da antiga empresa, dizendo que sabia onde eles estava trabalhando e quanto estava recebendo e fez uma oferta superior para que ele retornasse, mas ele não aceitou e optou por ficar na multinacional.
Ele me disse:
“Paulo há alguns meses estava desempregado e com dificuldade de me recolocar agora tenho 2 empresas me querendo!!!!”
Moral da história, claro que seu currículo e experiencias contam e muito, mas não são somente eles hoje em dia que lhe proporcional a empregabilidade, o processo de construção de uma marca pessoal forte, bem alinhada e com a comunicação clara e assertiva auxilia muito a tomada de decisão dos recrutadores.
Compreender o seu significado e dominar a arte da marca pessoal pode capacitar o profissional a fazer escolhas estratégicas e informadas que se alinhem com os seus objetivos e valores. À medida que navegamos num mundo cada vez mais interligado, a nossa marca pessoal não é apenas um reflexo de quem somos, mas também uma ferramenta poderosa para moldar o nosso futuro profissional.
Paulo Moreti, especialista em personal branding, publicitário, coach e autor.
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