População que mais cresceu na última década, segundo dados do IBGE, as pessoas acima de 60 anos até 2050 vão representar 1/3 da população brasileira. E longe do que os estigmas e preconceitos dizem, esse público, em especial o feminino, ainda se preocupa bastante com os cuidados para o corpo. Para 83% das 382 mulheres entrevistadas na pesquisa Beleza na Melhor Idade, desenvolvida pela REDS em parceria com o Mundo do Marketing e a eCGlobal, a beleza é importante, mas somente 44% estão satisfeitas com sua aparência, revelando enorme potencial a ser explorado junto a esse público.
Comunicação e divulgação – Atualmente a comunicação de cosméticos para mulheres seniores as motiva pouco, com apenas um terço delas declarando serem impactadas positivamente, e 59% não se sentindo representadas nas propagandas.
“Mais do que apenas desenvolver ou lançar produtos específicos, a indústria tem a oportunidade de fomentar a beleza da mulher da terceira idade”, ressalta Karina Milaré, diretora da REDS.
Ao buscar informações sobre cosméticos e tratamentos de beleza, os catálogos de produtos (Avon, Natura, entre outros) e a internet (sites, blogs, redes sociais) são os mais utilizados, ambos com 47%. Dentro da web, os sites das marcas (60%) e o Google/sites de busca (58%) têm mais procuras.
Impressões sobre as marcas – Quando perguntadas quais marcas mais atendem as mulheres da terceira idade no quesito cabelo, L’Oréal, Natura e Pantene, nessa ordem, foram as mais lembradas. Nos produtos de beleza e cosméticos para pele, o pódio ficou com Natura, Avon e O Boticário.
“O mercado, embora comece a perceber sua importância, ainda está engatinhando na forma de comunicar-se e conectar-se com esse público, pois os estereótipos não definem mais estas mulheres, sedentas por ofertas de produtos voltados para suas especificidades, mas que não as reduzam simplesmente a mulheres de terceira idade”, destaca Karina.
A pesquisa Beleza na Melhor Idade desenvolvida pela REDS, em parceria com o Mundo do Marketing e a eCGlobal, foi realizada em duas etapas, com 382 mulheres, acima de 55 anos nas classes A,B e C de todas as regiões do país. Na primeira fase quantitativa as mulheres preencheram um questionário estruturado e participaram de entrevistas de autopreenchimento por meio de um painel online. A segunda fase, qualitativa, promoveu discussões e atividades interativas, além de um fórum online e um chat inteligente.