O Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo (Sinapro-SP) conclui a segunda edição da pesquisa “Perfil das agências de propaganda do Estado de São Paulo”. Realizado entre os meses de julho e setembro de 2015, o estudo traz uma radiografia do mercado publicitário paulista e contou com a participação de 366 agências, distribuídas entre a capital (43%) e interior (57%).
O estudo foi segmentado em seis grupos de agências por porte e região geográfica: Capital, com 2 grupos: receita até R$ 50 milhões e superior a R$ 50 milhões; região de Campinas; de Ribeirão Preto; do Grande ABC e demais mercados.
As 366 agências respondentes – número 8% superior ao ano anterior – tiveram uma receita bruta de R$ 3 bilhões em 2014, e contavam, no período, com 9 mil pessoas ocupadas, incluindo os sócios. Uma projeção para as 1.000 maiores agências do Estado, realizada pela área de inteligência do Sinapro-SP, a partir dos dados da pesquisa, apontou uma estimativa de R$ 6 bilhões de receita bruta e 20 mil pessoas ocupadas, com sócios.
Entre as principais conclusões da pesquisa destaca-se o avanço dos contratos de fee na receita bruta das agências. Estes já são a principal fonte de receita, responsável por 28%, aumento de oito pontos percentuais sobre 2014. Já o desconto-padrão (taxa de agência), segunda fonte de receita, caiu de 31% para 26%. No grupo Grandes Agências da Capital, com receita superior a R$ 50 milhões, a taxa de agência ainda prevalece, representando 50% do total de receita bruta.
A pesquisa mostrou ainda baixo otimismo quanto a crescimento em 2015. Do total de respondentes, apenas 33% esperam crescer; 38% preveem estabilidade e 29% esperam redução. O grupo Grandes Agências da Capital é o mais pessimista: apenas 8% deste grupo esperam fechar o ano com crescimento. Por outro lado, as agências do Grande ABC e de Campinas são as mais otimistas: 50% do primeiro grupo esperam crescer em 2015 e, no segundo, esse índice chega a 37%.
O estudo também revelou que os principais fatores de crescimento em 2014 foram a conquista de novos clientes e a qualidade intrínseca das agências. Por outro lado, a crise político-econômica foi o principal fator de retração dos negócios. O aprofundamento da crise é também o principal responsável pela baixa expectativa de crescimento em 2015.
Massa salarial e emprego
As 366 agências possuem 8.160 funcionários, sendo que as grandes empregam, em média, 272 pessoas, e as demais, 13 pessoas, em média. O estudo apontou que o salário médio mensal é de R$ 5.623,00, com uma massa salarial total de R$ 44,3 milhões por mês no conjunto das agências pesquisadas. A produtividade média das agências é de R$ 332 mil, valor que cai para R$ 300 mil na projeção para as 1.000 maiores agências.