quinta-feira, novembro 21, 2024
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10 bilhões de bocas para alimentar e um bando de dados para organizar

A ONU estima que em 2050 a população mundial chegue a 9,7 bilhões de pessoas. Ao mesmo tempo, o clima na Terra muda significativamente: regiões onde não era possível produzir uva para vinho fino, hoje permitem isso; enquanto produtores das localidades tradicionais se preocupam com o aquecimento global que interfere diretamente no microclima e no terroir para produção de vinho fino. Para atender a essa demanda, será preciso investir em tecnologia para otimizar a produção e reduzir o desperdício em toda a cadeia produtiva.A agricultura de precisão e a inteligência artificial estão ajudando a revolucionar o agronegócio. Hoje em dia, as máquinas usadas no agronegócio têm sensores e softwares integrados a sistemas com algoritmos que permitem avançar na agricultura de precisão. Mas é preciso transformar um bando de dados em um banco de dados estruturado, para ter análises consistentes que, combinadas com a IoT (Internet das Coisas), tragam mais produtividade, eficiência e automação inteligente aos produtores.Os drones são uma das ferramentas que mais avançam no campo por serem de fácil integração a sistemas de dados, com um custo-benefício relativamente baixo. As suas aplicações vão desde análise da plantação, acompanhamento do desenvolvimento da safra, demarcação do solo, pulverização, vigilância, telemetria, até onde a nossa imaginação alcançar. A agricultura de precisão com o uso de GPS já permite controlar grandes áreas com individualidade, de acordo com a necessidade de cada espaço.O avanço da tecnologia também traz uma maior padronização, e com isso uma menor diferenciação dos produtos, levando os produtores a investir em branding na busca por equilibrar os valores que as marcas oferecem com os que os consumidores estão dispostos a comprar.O aumento populacional e o excesso de informações – nem sempre bem utilizadas – são os desafios que enfrentaremos nas próximas décadas, se a humanidade quiser continuar habitando a face (redonda) do nosso planeta. Porque a natureza, essa sim se regenera, já nós precisaremos dar duro se quisermos continuar por aqui.Afonso Abelhão é sócio e CEO da agência BigBee.

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