Com o potencial de injetar mais de US$15 trilhões de dólares na economia mundial até o ano de 2030, as aplicações tecnológicas conhecidas genericamente como Inteligência Artificial (IA) têm impactado os segmentos mercadológicos de diferentes formas ao possibilitar a execução de tarefas sem depender de operacionalização humana.
Nesse cenário, o setor de Marketing, em especial, tem se deparado com uma série de inovações — como a personalização de conteúdo e experiências dos clientes, o processamento de grandes volumes de dados em tempo real e a automação de tarefas repetitivas — capazes de causar estranhamento, euforia e receio em milhares de profissionais.
Esse foi o tema central da palestra “Inteligência Artificial na vida e nos negócios” ministrada pelo Head de Planejamento e Inovação Daniel Barros, em meio ao evento promovido pelo hub de negócios e inovações Gotcha. O encontro ocorreu no último dia do mês da tecnologia — em 31 de agosto — e contou com representantes de instituições como a Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), além de membros da diretoria do Cartão de TODOS e profissionais de empresas como Instituto Embelleze, Starbucks, Hope, entre outras.
Exposição sobre um mercado em ascensão
Ao longo de sua fala, Daniel Barros apresentou aos participantes do encontro a amplitude tecnológica alcançada pelo Brasil no último ano e destacou que, até 2025, cerca de 97% das grandes empresas que atuam no país terão implementado a Inteligência Artificial em seus processos e 14% da população brasileira terá contato direto com algum dispositivo robótico. Diante desses dados, ele pontuou que o momento atual não configura apenas como uma revolução no setor de Marketing e Business, mas sim uma reciclagem no modo como as rotinas produtivas são operadas.
“Se não formos capazes de compreender e interpretar para onde este movimento da IA está levando o mercado, estaremos fora dele em questão de meses. De acordo com relatório da IBM, 40% de todos os profissionais que atuam no mercado brasileiro precisarão de requalificação num período de 3 anos. Isso não significa uma exclusão na força de trabalho, este movimento exige uma reciclagem no aprendizado. Para se ter ideia, 60% dos trabalhos que haviam em 2018 não existiam na década de 40, diante desse cenário, a Inteligência Artificial potencializa esse dinamismo mais do que nunca”, ressaltou Daniel Barros.
Para o Head de Planejamento e Inovação, a Inteligência Artificial não vai substituir talentos, mas provocará o desbloqueio de milhares deles, desde que seja empregada da forma correta pelos gestores.
“É preciso que o setor de Marketing e Negócios do Brasil veja a Inteligência Artificial como um caminho para que nossa criatividade seja potencializada. Prova disso é que apenas 2% das profissões estão, no momento, fazendo uso e sendo atendidas por ferramentas como o ChatGPT. Mas fica a ressalva: diariamente, conteúdos em forma de áudio, fotos e vídeos de personalidades dos mais diversos âmbitos desafiam nossa compreensão acerca do que é produzido, de fato, por nós e o que foi gerado através da IA. Para isso, empresas como o Google já lançaram mecanismo de verificação da origem do documento. Entretanto, ao passo que essas ferramentas nos auxiliam a discernir sobre o que é consumido nas redes sociais, as tecnologias para burlar esse mecanismo crescem na mesma intensidade e é necessário, mais do que nunca, que aprendamos a atuar com elas de modo eficiente e otimizado”, destacou Daniel.