No Dia Internacional da Mulher, o Instituto Maria da Penha (IMP) lança a ação Conteúdo Sensível, que visa informar a sociedade sobre as diferentes formas de violência doméstica e familiar contra as mulheres: psicológica, moral, patrimonial, sexual e física.
De acordo com a Pesquisa nacional de violência contra a mulher,¹ do DataSenado (2023), “75% das brasileiras afirmam conhecer pouco ou nada” sobre a Lei Maria da Penha. Para Conceição de Maria, cofundadora e superintendente-geral do IMP, “Esses dados revelam o quanto ainda são necessárias campanhas e ações de conscientização das mulheres em relação aos seus próprios direitos. E, nesse contexto, o entendimento dos tipos de violência é um passo importante para que a mulher busque ajuda e quebre o ciclo da violência. A Lei Maria da Penha completará 18 anos em 2024, e ela representa um marco jurídico muito importante para todas as mulheres, mas isso precisa ir além de só conhecê-la pelo nome”.
Diante desse cenário, a Fbiz, parceira do Instituto Maria da Penha desde 2014, criou uma campanha, postada no Instagram do IMP neste dia 8 de março. O objetivo é abordar os cinco tipos de violência doméstica, simulando os alertas de conteúdo sensível do Instagram, que são usados para evitar gatilhos emocionais causados por violências físicas e/ou verbais.
“Ao passar para o lado a fim de visualizar o conteúdo sensível, as pessoas vão ver imagens que aparentemente não são chocantes. E, ao seguir nos carrosséis, serão impactadas por mensagens de que a violência contra as mulheres, muitas vezes, não é visível ou facilmente identificada, daí a importância de estarmos alertas aos sinais. Com a mensagem: ‘Nem toda violência é sensível aos olhos’, buscamos levar exemplos de diversas formas de agressão não só para as mulheres, mas também para toda a sociedade”, revela Carla Cancellara, diretora-executiva de Criação da Fbiz.
Essa ideia reflete, ainda, o cuidado que devemos ter ao compartilhar conteúdos sobre violência contra as mulheres na internet, o que pode gerar uma nova vitimização da mulher e naturalizar o consumo dessas imagens. Segundo Alice Bianchini, advogada e conselheira do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, é importante expor que essa violência existe, mas é preciso também mostrar como podemos alterar esse cenário, veiculando esses casos de uma forma que gere conscientização.²
¹ INSTITUTO DE PESQUISA DATASENADO; SECRETARIA DA TRANSPARÊNCIA. Pesquisa nacional de violência contra a mulher. Nov. 2023, p. 13-14.
² FREITAS, Camila. Por que compartilhar imagens de violência doméstica gera mais violência. Universa Uol, 23 nov. 2023. Disponível em: <https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/
2023/11/23/por-que-divulgar-imagens-de-violencia-domestica-pode-gerar-mais-violencia.htm>.
Ficha técnica:
Título: Conteúdo Sensível
Anunciante: Instituto Maria da Penha
Produto: Campanha Conteúdo Sensível – Mês da mulher
Agência: Fbiz
CEOs: Fernand Alphen e Paulo Loeb
Diretora-executiva de Criação: Carla Cancellara
Criação: Larissa Rocha e Gabriel Covelli
Conteúdo: Camila Bevilacqua, Débora Duarte, Vagner Vital, Vanêsa Nazario e Eliane Arakaki
Mídia: Alexandre Viegas
Revisão: Ana Zolin, Beatriz Bezerra, Maria Nascimento, Mirela Sousa e Renata Garcia
PR: Otávio Almeida
RTVC: Patricia Mota
Negócios: Cristiane Pereira, Juliana Passini e Bianca Bonesso
Cliente: Conceição de Maria