quinta-feira, novembro 21, 2024
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Creator Economy gera 300 mil trabalhos no Brasil

Mais de 300 mil trabalhos diretos e indiretos gerados em 2023 e um volume de vendas de produtos digitais que ultrapassou, em nível mundial, R$ 30 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões) desde 2011. Esses são alguns dos resultados do estudo “O impacto socioeconômico dos negócios digitais da Creator Economy no Brasil”, desenvolvido pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI) após pesquisa com 552 criadores de conteúdo e afiliados cadastrados na Hotmart, empresa global de tecnologia e líder no mercado de negócios digitais, além da análise de dados internos da empresa e estimativas de mercado.

“A Creator Economy está se expandindo e se profissionalizando exponencialmente, e os números do estudo mostram que o mercado de produtos digitais tem alavancado esse crescimento por meio da geração de renda e emprego”, aponta Beatriz Pinheiro, pesquisadora responsável pelo estudo.

O levantamento calculou o impacto socioeconômico dos produtos digitais comercializados por criadores de conteúdo e afiliados na Hotmart, como cursos online, ebooks, mentorias, podcasts, entre outros formatos, além de mapear o perfil demográfico desses usuários. No recorte da pesquisa, 48% dos pesquisados são mulheres e 52% são homens. Cerca de 43% têm idade entre 35 e 44 anos, 21% têm idade entre 45 e 54 anos e 19% estão na faixa etária de 25 a 34 anos. Quando perguntados sobre raça ou cor, a maioria dos criadores de conteúdo se declararam como brancos (61%), 31% deles se declararam como pardos e pretos, 4% como amarelos e 1% como indígena.

Retorno financeiro do negócio digital é crescente

Os resultados do estudo mostram que 70% dos entrevistados declararam que tiveram um aumento de renda com a venda de infoprodutos da Hotmart. Esse percentual sobe para 100% quando se considera os clientes que estão há mais de um ano vendendo seus produtos digitais por meio da plataforma.

Dos pesquisados, 14,5% dos empreendedores digitais possuem como principal fonte de renda a venda de produtos digitais na Hotmart. Para esses usuários, o retorno em faturamento é bem superior à média nacional: a mensal é de R$11.959, enquanto entre aqueles que possuem outras fontes de renda, o faturamento médio é de R$4.194.

“Diversos fatores impactam na renda dos criadores de conteúdo, como o tempo de dedicação a esse tipo de trabalho, se parcial ou integral, a formalização do negócio e se contam ou não com equipe de apoio. Mas, pelo estudo, podemos ver que um dos principais fatores é o tempo que eles já estão no negócio – quem está há mais tempo, tende a ganhar mais”, explica a pesquisadora.

Negócios digitais prosperam de forma independente

Entre criadores de conteúdo e afiliados, 61% investem em tráfego pago para divulgarem seus produtos digitais, sendo que destes, 47% investem menos de mil reais por mês, 12% entre mil e cinco mil reais e somente 2% investem entre cinco e dez mil reais. Apenas 4% dos produtores de conteúdo recebem patrocínio, mostrando que esses criadores de conteúdo não têm a publicidade de marcas como principal fonte de renda.

“Criadores de conteúdo que utilizam plataformas para hospedagem e comercialização de produtos digitais podem trabalhar com mais autonomia para pensar estratégias de monetização que fujam do tradicional patrocínio das marcas. Com isso, transformam seus conteúdos em negócios digitais, que são impulsionados pela construção de autoridade, de conteúdos orgânicos e do investimento em tráfego pago para divulgação de seus produtos”.

Do CPF ao CNPJ

A média de faturamento dos criadores de conteúdo registrados como pessoas jurídicas é de R$10.115, enquanto a dos produtores pessoas físicas é de R$5.078. “Isso pode ser explicado pelo fato de que os usuários que mais lucram na plataforma tendem a se formalizar como pessoas jurídicas para fecharem maiores contratos, entre outras vantagens, em um círculo virtuoso do mercado”, comenta a pesquisadora.

“A gente percebe que o ecossistema dos negócios digitais no Brasil está em plena expansão: além de movimentar a economia com a geração de renda para criadores de conteúdo, esse impacto é ampliado para toda a cadeia de profissionais e serviços envolvidos, com a criação de empregos indiretos como, por exemplo, copywriter, especialista em tráfego, videomaker e estrategista de redes sociais”, finaliza.

Uma economia com impacto global – veja outros números da Creator Economy

●     Segundo um estudo recente do banco de investimentos Goldman Sachs, o mercado global da Creator Economy pode praticamente dobrar de tamanho nos próximos cinco anos, para US$ 480 bilhões até 2027, dos US$ 250 bilhões atuais.

●     303 milhões é o número de creators pelo mundo segundo estudo Future of Creativity, da Adobe.

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