No Colégio Bandeirantes, tradição e inovação sempre caminharam juntas. Agora, essa combinação ganhou forma, e rosto, com o Lobot, o novo avatar de inteligência artificial desenvolvido pela escola. Mais do que um personagem simpático, o Lobot é o símbolo de uma transformação tecnológica profunda em curso na instituição materializando a integração entre inovação, pedagogia e cultura digital.
A ideia surgiu de forma natural dentro da Diretoria de Tecnologia Educacional, à medida que o colégio desenvolvia seus agentes de IA para apoiar atividades acadêmicas e administrativas. “Sentimos a necessidade de dar uma identidade a esses agentes, algo que traduzisse o espírito do Band nesse novo universo digital. O Lobot nasce como sua versão tecnológica, a personificação do nosso avanço no campo da inteligência artificial”, explica Emerson Bento Pereira, diretor de Tecnologia Educacional do Colégio Bandeirantes.
O processo criativo foi conduzido pelo designer gráfico Wilton Yoshizava, com base no princípio de que a própria IA deveria ser usada para sua concepção visual. Cada detalhe, da forma às cores, foi gerado com ferramentas inteligentes, em um processo que envolveu experimentação, ajustes e refinamentos até chegar a um resultado consistente e expressivo. O vermelho, cor marcante da identidade do Bandeirantes, foi mantido como elemento central, enquanto a cabeça esférica e as projeções holográficas conferem ao personagem uma aparência moderna e empática, fugindo do padrão genérico dos robôs tradicionais.
Mas o Lobot não é apenas uma figura visual. Ele foi criado para se tornar a interface entre pessoas e inteligência artificial dentro da instituição. O personagem atuará como mediador entre alunos, professores, equipes administrativas e os diversos agentes de IA que estão sendo desenvolvidos pelo colégio. Alguns desses agentes já estão em funcionamento, enquanto outros ainda se encontram em fase de implementação e testes.
Entre os que estão sendo preparados, há, por exemplo, um modelo pensado para atuar como o “assistente de orientação educacional.”, voltado a apoiar atividades de pesquisa e aprendizagem, além de soluções destinadas a áreas administrativas, que futuramente poderão realizar projeções financeiras e análises de dados em tempo real.
“Ele ajuda a humanizar a tecnologia. Quando alguém interage com um de nossos agentes de IA, é o Lobot quem representa essa inteligência, tornando o processo mais empático, claro e pedagógico”, destaca Emerson Bento Pereira.
O desenvolvimento do avatar levou apenas três dias, com mais um dedicado à criação do vídeo de apresentação, um ritmo que reflete o grau avançado de maturidade tecnológica do Bandeirantes. Desde 2023, o colégio conduz um projeto robusto de implementação da IA, com formações para professores, pesquisas aplicadas e o incremento de soluções próprias. Hoje, todos os colaboradores já têm acesso gratuito ao Microsoft Copilot, e o plano é expandir o uso para ChatGPT Pro e Gemini Pro, ampliando o alcance das ferramentas inteligentes a professores e funcionários.
Para Emerson, o Lobot representa a concretização simbólica dessa jornada de inovação. “Ele é o resultado de um trabalho coletivo e colaborativo, que une tecnologia, design e propósito educacional. É uma forma de mostrar que a IA, quando usada com intencionalidade, pode fortalecer a cultura humana e ampliar o aprendizado”, afirma.
Com design pensado para atuar tanto no ambiente digital quanto em experiências físicas, o Lobot deve, em breve, ganhar vida também fora das telas, em versões tridimensionais e ações presenciais. “É um personagem que conecta mundos, o real e o virtual, o humano e o artificial, e simboliza uma nova etapa da história do Colégio Bandeirantes, a da educação que pensa com tecnologia, mas ensina com humanidade”, conclui.
