O enorme crescimento do processo de digitalização da economia, acelerado pela pandemia e no período pós-pandêmico, fez com que a maior parte dos investimentos das marcas migrasse para o digital e se tornasse uma das principais prioridades na agenda de seus executivos. Se num primeiro momento a preocupação era de buscar a maior eficiência possível no processo de compra e explorar ao máximo os dados disponíveis para conhecer melhor seus clientes e melhorar a jornada deles, o cenário econômico, político e regulatório trouxe novos desafios para a agenda.
A explosão de fake news; a expectativa de que as marcas cada vez mais se posicionem e contribuam para causas; e o volume de fraudes fez com que a preocupação dos anunciantes com o contexto em que estão inseridas ganhasse prioridade, gerando uma busca cada vez maior por ambientes seguros e adequados a seus posicionamentos. Da mesma forma, a crescente preocupação com controle e privacidade de dados fez com que os órgãos reguladores de vários países implementassem leis de privacidade e obrigassem as empresas a se adequarem para proteger e regular o uso dos dados de seus usuários – levando vários players relevantes a eliminarem a possibilidade da utilização de cookies.
Percebendo esta necessidade e antecipando-se a esse movimento, o GDB vem, há cinco anos, mudando seu foco de atuação, concentrando esforços na otimização de inventário e transformando-se numa Adtech que, por meio da tecnologia automatiza, segmenta e garante a qualidade da mídia programática de forma transparente, sem cookies e com melhores resultados em um ambiente seguro e transparente. “Outro ponto importante da nossa estratégia foi criar soluções que funcionassem utilizando qualquer plataforma de compra escolhida pelos anunciantes (que pode ser comprada através de qualquer DSP) e oferecemos ainda a possibilidade de operar isso para anunciantes e/ou agências”, complementa Guilherme Soter, CEO da operação brasileira do GDB.
Como parte do processo de se preparar para crescer, a empresa se aproximou de André Izay, executivo com grande experiência e que esteve à frente de grandes empresas do setor de publicidade, sempre com excelente track record de crescimento. Izay, que deixou a presidência do Yahoo! no ano passado e desde então passou a investir em empresas, vem atuando como advisor de companhias globais e em alguns processos de M&A. Nesse processo, atuou como Growth Advisor para o GDB no final do ano passado, estreitando laços com a operação. Agora, ele passa a ter participação na empresa e ajudará nessa reestruturação em conjunto com os sócios Guilherme Soter e John deTar, CEO global da companhia.
“Com o match das soluções que já temos, das que estamos desenvolvendo e das novas necessidades das marcas, vejo oportunidades de multiplicar algumas vezes o tamanho da operação do GDB nos próximos anos. No curto prazo, vamos focar em 4 pilares: posicionamento da empresa e de suas soluções; lançamento de produtos; revisão da estratégia e estrutura comercial; e expansão global”, destaca André Izay.
Como esse não é um desafio apenas no Brasil, um caminho natural foi iniciar um plano de expansão global, levando essas soluções também para outros mercados. O GDB iniciou operações na Europa, nos Estados Unidos e em mais 3 países da América Latina (México, Argentina e Colômbia), tendo entre seus clientes muitas das mais importantes marcas e grupos de mídia globais, como Amazon, TIM, Samsung, Paramount, Diageo, Amil e Grupo Pao de Acucar.
Reforçando esse movimento, o GDB foi eleito parceiro estratégico da WFA (World Federation of Advertisers) para Segurança de Dados (Data Safety), atuando junto à entidade nos últimos três anos em todo o mundo – o que abriu caminho para a empresa trabalhar com diversos de seus membros, entre eles os maiores anunciantes globais. “Ser parceiro estratégico mundial da WFA para segurança de dados e trabalhar com todas essas empresas da Fortune 500 nos dá a certeza de que estamos no caminho certo”, complementa John deTar.
Novos produtos
Uma das apostas do GDB para 2023 é a de levar para o mercado as VPNs (Vertical Private Networks), uma solução de Private Networks segmentadas para os principais verticais da indústria como bens de consumo, automotivo, financeiro e varejo, por exemplo. A ideia é utilizar toda a inteligência e experiência acumuladas na otimização e curadoria de inventário para disponibilizar para agências e anunciantes uma oferta de inventário segura e transparente – ou seja, com segmentação contextual, livre de fraudes e fora de ambientes polarizados, otimizadas para cada vertical da indústria. A solução pode ser adquirida de forma programática, através de qualquer DSP via PMPs testados e prontos para ativação; ou podendo ser operadas pelo próprio time de especialistas do GDB.
Outra novidade que o GDB traz para o mercado são as EPNs (Exclusive Private Networks), oferecendo administração e otimização contínua de inventário baseada nos valores de cada uma das marcas parceiras e nos KPIs definidos por ela. A ideia é poder disponibilizar para mais anunciantes um modelo que foi extremamente bem-sucedido com grandes companhias fora do Brasil. “A possibilidade de trabalhar mais próximo com a marca possibilita o entendimento dos seus valores e de quais os seus principais objetivos. Isso, unido à nossa tecnologia e experiência, permite criar e administrar os melhores ambientes para que ela esteja inserida. A otimização contínua permite também identificar ambientes com maior afinidade e com melhoria contínua dos resultados”, detalha John deTar.
A empresa também trabalha para lançar no mercado, ainda este ano, uma solução que ajude as marcas a endereçarem o desafio não apenas de estarem em conformidade com as leis de proteção de dados, mas também de garantir que os ambientes em que elas forem inseridas também estejam. Essa já é uma preocupação de diversos anunciantes no Brasil, mas o GDB aposta no aumento da relevância dessa solução à medida em que os órgãos reguladores brasileiros intensificarem a penalização das empresas, a exemplo do que já ocorre em outros países onde multas milionárias já estão sendo aplicadas. “Já estamos trabalhando em um novo modelo de negócio fora do Brasil para aproveitar essa oportunidade e pretendemos trazê-lo para o Brasil em breve”, completa Izay.