quarta-feira, maio 8, 2024
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Tradição e vanguarda: Cachaça Pindorama chega ao mercado brasileiro

Marca fluminense de aguardente une o artesanal à infraestrutura e práticas ESG. Rótulo desenvolvido por Oveja & Remi, renomado escritório argentino de design, traz ilustração de símbolos como a floresta, o rio, animais e também personagens que ilustram a multiplicidade da população brasileira

A cachaça Pindorama, produzida no interior do Rio de Janeiro, vem trilhando um caminho próprio, construindo uma marca que celebra nossa história em toda sua diversidade. Considerada um verdadeiro tesouro da cultura nacional, a cachaça artesanal premium tem vivido um renascimento e muito deve-se aos pequenos produtores das diversas regiões do Brasil que buscam a excelência na prática do processo original que hoje em dia é apreciada mundo afora.

A Fazenda das Palmas, sede da empresa Pindorama, está localizada no coração do Vale do Café, entre Vassouras e Morro Azul. Quando o casal Luiza e Antônio Carlos de Almeida Braga adquiriram a propriedade em 2012 descobriram ali nas suas instalações o que vinha a ser o terceiro alambique comercial do estado do Rio e decidiram por restaurar o local. Construído originalmente em 1855, o alambique havia sido desativado e abandonado, porém ainda mantinha a caldeira inglesa, importada via Alemanha no começo do século XX.

Com a ajuda das duas filhas, Joana e Maria, e do genro, Rafael, nasceu a Pindorama cujo nome coincidentemente significa em Tupi-guarani, região das palmeiras ou terra livre do mal. “Ao decidirmos reformar o alambique e restabelecer a produção de cachaça, realizamos todo um trabalho de pesquisa histórica da bebida e também da região da fazenda, como forma de fundarmos uma marca com um DNA que carrega esse legado cultural e histórico e ao mesmo tempo está se posicionando como uma via sustentável de produção agroflorestal que leva em conta as necessidades da realidade do século XXI. A Pindorama vem com uma proposta de ressignificar a nossa cultura, infelizmente muito aliada a desmatamento, à monocultura extrativista e à exploração. Queremos mudar isso e tudo que fazemos reflete essa ética.” diz Luiza Konder de Almeida Braga, da Pindorama.

A partir dessa reforma, depois de muitos ajustes e aprendizado para garantir um produto de altíssima qualidade, o alambique passou a produzir em torno de 50 mil litros de cachaça prata ao ano, o carro-chefe da marca. Dez por cento dessa produção destina-se à criação da versão descansada em barris de amburana. A própria empresa planta dez árvores da madeira para cada barril utilizado.

O processo começa desde o plantio da cana de açúcar que é realizado na própria fazenda, próximo ao alambique. Um fator importante que acaba por enriquecer a fermentação e garantir ao processo uma temperatura e fatores ideais são os mais de 100 hectares de mata-atântica que cercam o alambique e são hoje uma APP (Área de Proteção Permanente).

Para garantir a integridade do produto, e a fidelidade a este processo centenário, a Pindorama ainda é submetida a análises constantes. Durante seu processo, são retirados os primeiros 20 litros iniciais, a cabeça da cachaça, assim como os seus últimos 10 litros, denominado de cauda, restando apenas o que há de mais puro no processo, o coração da bebida. Após essa etapa, a bebida é posteriormente armazenada em tonéis de aço INOX (Pindorama Prata) e em barris de amburana (Pindorama Ouro) onde se intensificam suas características especiais. Atualmente, a Pindorama Ouro ainda não é comercializada e tem perspectiva de lançamento em 2023.

Com isso, aliado à reforma do alambique, os fundadores também implementaram iniciativas que tornaram o projeto consciente nas diretrizes de ESG.

“Estudamos todos os processos da cachaça, e vimos como poderíamos melhorar a produção nos aspectos ambientais, sociais e de governança. Com isso, vimos que poderíamos realizar ajustes desde local de plantio, o que seria plantado, até mesmo a outros aspectos da fabricação e pontos mais simples, como utilizar a infraestrutura como local de aula para escolas da região”, explica Luiza Braga.

Dessa forma, a marca implementou iniciativas como o reflorestamento da área com espécies nativas da mata atlântica, o plantio de cana de açúcar e milho não transgênico em consórcio próximo ao alambique, como forma de proteção do solo, além de também a criar uma estrutura para produção de energia através do bagaço da cana. A marca ainda adotou práticas sociais em parcerias com escolas locais, possibilitando aulas de esportes e matérias na fazenda.

O rótulo, desenvolvido por Oveja & Remi, renomado escritório argentino de design, traz uma ilustração cheia de símbolos como a floresta, o rio, animais e também personagens que ilustram a multiplicidade de nossa população. É uma representação da união de culturas e a intenção de comunicarmos para nossos consumidores a importância de cada povo na construção da nossa história.

Pindorama no mercado

A marca fez sua estreia inicial, em 2017, no mercado português, devido às facilidades iniciais oferecidas pelo país. Logo após seu lançamento, a Pindorama conquistou a medalha de prata no International Spirits Challenge, em Londres, em 2019. Em 2021, após um resultado consistente de vendas na Europa, a marca iniciou sua comercialização no Brasil, chegando a pontos de venda no Rio de Janeiro e São Paulo, como Aprazível, Arpoador Inn, Hotel Fasano, Babbo Osteria e o Supermercado Zona Sul.

Neste ano, a marca conquistou o 2º lugar na competição de melhor cachaça no V Ranking da Cúpula da Cachaça, além de expandir sua distribuição mundo afora, chegando ao Reino Unido e também participando da Rum Fest, em Londres, sendo a única cachaça participante e atraindo uma legião de curiosos e novos apreciadores.

E a Pindorama tem mais perspectiva de mais expansão. A marca tem previsão de chegar a mais estados, se propondo a manter a qualidade na produção e com meta de dobrar o número de produção, alcançando mais de 100 mil garrafas em 2023.

“Estamos em franco crescimento e temos a proposta de dobrar a nossa produção, sempre mantendo nossa qualidade. O mercado da cachaça tem muito a crescer, tem uma grande demanda por um produto de qualidade no Brasil e mundo afora. E queremos mostrar o potencial da bebida e sua versatilidade”, termina Luiza.

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