Segundo matéria da CNN Brasil:
“Por tudo o que representa, Tiger Woods é considerado o maior golfista de todos os tempos. Nos chamados Majors, venceu o Masters 5x (1997, 2001, 2002, 2005 e 2019), US Open 3x (2000, 2002 e 2008), The Open 3x (2000, 2005 e 2006) e PGA 4x (1999, 2000, 2006 e 2007).
Foi o golfista número 1 por mais semanas consecutivas e pelo maior número total de semanas. Ganhou o prêmio de “golfista do ano” por 11 vezes. Em 2019, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade do então presidente Donald Trump, sendo o quarto jogador de golfe a receber a homenagem.”
Inegável que Woods foi um grande esportista e uma grande marca pessoal, sua habilidade excepcional, juntamente com sua personalidade carismática, o tornou um dos atletas mais comercializáveis do mundo, porém com grandes problemas que nortearam sua carreira, começando em 2009 com um suposto caso extraconjugal, na sequência um acidente de carro com sua esposa Elin Nordegren, o que o levou a vir a público falar que havia sido infiel e tido vários casos de traição, levando-o a declarar que estava procurando tratamento para pessoas viciadas em sexo. Já em 2017 Woods volta as manchetes por ser preso por dirigir sob influência de drogas, mesmo dizendo que eram remédios para dores nas costas.
Esses eventos receberam grande atenção da mídia, prejudicando gravemente a imagem pública de Woods. Como resultado, muitos de seus patrocinadores, incluindo empresas de grande prestígio, como Gatorade e AT&T encerraram seus contratos com o atleta ou reduziram suas relações comerciais com ele, obviamente preocupados com a ligação delas com a marca pessoal Tiger Woods. Apesar desses contratempos, a única marca que manteve o vínculo foi a Nike, uma das maiores empresas de artigos esportivos do mundo, a qual formou uma parceria com ele, lançando linhas de produtos específicos de golfe com seu nome, o que foi um grande sucesso tanto para Woods quanto para a Nike.
Em meio a tudo isso, Woods enfrentou problemas com lesões e uma forma declinante, o que impactou seu desempenho no golfe. Apesar desses desafios, ele conseguiu fazer um retorno notável, vencendo o Masters em 2019, um dos maiores torneios de golfe do mundo. Esse retorno não apenas reafirmou seu status como um dos grandes do esporte, mas também ajudou a revitalizar sua marca pessoal.
Até o término recente do contrato de 27 anos com a Nike, a relação entre Woods e a empresa passou por várias fases, refletindo os altos e baixos de sua carreira e vida pessoal. A Nike porém, ao manter seu apoio durante os momentos mais difíceis de Woods, demonstrou uma espécie de lealdade à marca associada a ele, embora também tenha adaptado sua abordagem de marketing em resposta aos acontecimentos na vida pessoal de Woods.
Bom, o que podemos aprender com isso em relação a gestão de marcas pessoais, seja você um esportista, um executivo ou empreendedor?
1º) Resiliência e recuperação: A capacidade de Woods de se recuperar de escândalos pessoais e desafios profissionais demonstra a importância da resiliência na construção de uma marca pessoal. Sua volta por cima após problemas pessoais e profissionais mostra que é possível reconstruir e renovar uma marca, mesmo após enfrentar dificuldades significativas. Para mim estratégia e empenho são as palavras de ordem.
2º) Consistência e excelência no desempenho: Ao longo de sua carreira, Woods manteve um alto nível de desempenho no golfe. Esta consistência e excelência foram fundamentais para construir sua marca inicialmente e para sustentar seu valor mesmo durante tempos difíceis.
3º) Impacto da vida pessoal na marca pública: Os escândalos na vida pessoal de Woods tiveram um impacto negativo significativo em sua marca, isso destaca como o comportamento fora do campo de atuação profissional pode afetar a percepção pública e as parcerias comerciais.
4º) A importância dos patrocinadores na gestão de crises: A decisão da Nike de manter o patrocínio a Woods, mesmo durante seus períodos mais problemáticos, mostra o papel que os patrocinadores podem desempenhar na gestão de crises de marca. Uma parceria forte e leal pode ajudar a estabilizar uma marca pessoal em tempos de dificuldade.
5º) Adaptação e evolução: A capacidade de Woods de adaptar seu jogo e sua imagem ao longo do tempo, particularmente após lesões e outros desafios, é um exemplo de como a evolução contínua é crucial para a sustentabilidade de uma marca pessoal.
6º) Transparência e autenticidade: Após os escândalos, Woods adotou uma abordagem mais transparente e autêntica em sua comunicação pública, o que ajudou a reconstruir a confiança e a simpatia do público, esta atitude ou estratégia, sublinha a importância da honestidade na gestão de uma marca pessoal.
7º) Legado e impacto a longo prazo: A carreira de Woods demonstra como o legado e o impacto a longo prazo de um atleta vão além de vitórias e derrotas. Sua influência no golfe e sua capacidade de inspirar gerações futuras são componentes chave de sua marca pessoal.
A análise da trajetória de Tiger Woods pode ser utilizada para entender e aprimorar a marca pessoal de um executivo, embora um atleta de elite e um executivo operem em contextos diferentes, há princípios universais de gestão de marca pessoal que se aplicam em ambos os casos e que você pode ver um pouco acima.
Eu convido você executivo(a) a fazer uma breve reflexão de como está sua marca pessoal e a relação desta com a marca corporativa ou a marca a qual você representa e com base no que foi apresentado aqui sobre esse case, repensar cada um destes 7 tópicos e ver como sua marca tem se portado, sé está ok ou se precisar ser realinhado o curso.
Lembre-se sempre sua marca é seu maior ativo e cuidar de todos os pontos de contato dela é extremamente vital para o crescimento e perpetuação dela.
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