domingo, junho 15, 2025
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Sua marca pessoal é um ativo da empresa – não uma ameaça.

Por Paulo Moreti

Deixa eu te contar uma coisa: A sua marca pessoal como líder não concorre com a marca executiva. Ela fortalece.

Sim, há líderes que ainda enxergam o crescimento da marca pessoal de um colaborador como um risco. Como se o profissional estivesse “se promovendo demais”. Como se, de alguma forma, isso ameaçasse a cultura ou a autoridade formal da empresa.

Mas o que esses líderes ainda não perceberam é o seguinte:

A marca pessoal de um líder forte não enfraquece a empresa. Ela fortalece a reputação coletiva.

 

Cuidado com a visão ultrapassada

Durante muito tempo, o mundo corporativo foi regido pela ideia do “baixo perfil” como sinal de elegância. Visibilidade era confundida com vaidade. Comunicação era sinônimo de exposição. E marca pessoal…? Um tabu.

Só que o jogo virou.

Hoje, estamos em um ambiente de liderança distribuída, de redes interdependentes e de cultura organizacional cada vez mais transparente.

Líderes visíveis, autênticos e bem posicionados viram embaixadores naturais da empresa. Eles geram confiança, atraem talentos, fortalecem o employer branding e constroem pontes com stakeholders que nenhuma campanha institucional consegue alcançar sozinha.

 

Os dados não mentem

Um estudo da Edelman mostrou que:

“73% dos decisores consideram o conteúdo de liderança de pensamento essencial ao avaliar um parceiro de negócios.”

Isso significa que a imagem pessoal do líder impacta diretamente a reputação da empresa.

Em outro levantamento, da LinkedIn – Global Talent Trends, foi apontado que:

“Profissionais seniores com forte presença digital são 3x mais propensos a atrair talentos de alta performance para suas equipes.”

Em resumo: Visibilidade não é sobre ego. É sobre influência — e valor estratégico.

 

Por que ainda há resistência?

Muitos líderes resistem a fomentar a marca pessoal dos seus pares por dois motivos:

1. Falta de compreensão: acham que marca pessoal é autopromoção vazia ou estrelismo.

2. Medo de perder controle: temem que o profissional “cresça demais” e saia da empresa.

Só que aqui vai uma reflexão importante:

Se a única forma de manter talentos é apagando o brilho deles, o problema não está na visibilidade. Está na liderança.

Empresas que evoluíram já entenderam que quanto mais forte for a marca dos seus líderes, mais forte será a marca da organização.

 

O que acontece quando marca pessoal e cultura se alinham?

Aqui vai o que tenho visto na prática, nos bastidores de grandes empresas que incentivam seus executivos a trabalharem sua presença e reputação:

Porta-vozes mais preparados para mídia, conselhos e eventos. Clima organizacional com menos ruído e mais conexão. Talentos que se identificam com líderes humanos, não apenas com CNPJs. Cultura de transparência e comunicação fluida. Reputação empresarial fortalecida — de dentro pra fora.

 

Quer um exemplo? Assista a esse trecho do Simon Sinek 🔗 Vídeo no YouTube – “Por que líderes devem inspirar, não controlar” (3min)

Ele reforça exatamente o que construímos em projetos de marca pessoal estratégica: liderança de influência é baseada em confiança, não em autoridade imposta.

E confiança se constrói com clareza, comunicação e consistência. Tudo que a gestão de marca pessoal promove quando feita do jeito certo.

 

Marca pessoal e marca corporativa não competem — se complementam

Essa frase resume bem:

“Quando o líder é forte, a empresa é lembrada com respeito. Quando o líder é invisível, o crachá pesa mais que a reputação.”

Você pode até ter o melhor produto ou serviço. Mas sem rostos que geram confiança, as conexões não se sustentam.

A reputação hoje não é construída apenas por ações institucionais. Ela é construída pela soma das vozes — e marcas — de quem representa a organização.

 

O que sua empresa pode fazer a partir de agora

Se você é líder de uma equipe ou está à frente de uma organização, aqui vão 3 atitudes práticas:

1. Reveja a mentalidade interna sobre “visibilidade”: será que não estamos reprimindo por medo e não por estratégia?

2. Crie espaço para seus executivos se expressarem com autenticidade: seja no LinkedIn, em eventos, em artigos ou entrevistas.

3. Ofereça suporte profissional para o desenvolvimento de marca pessoal: com assessoria, mentorias e alinhamento com os valores da empresa.

Se bem trabalhada, a marca pessoal vira um amplificador da cultura e da missão da empresa. E não um risco.

 

Para fechar:

Uma empresa que fortalece a marca dos seus líderes está fortalecendo a própria marca.

Porque marca pessoal não é um desvio. É uma alavanca.

E quando os talentos da sua equipe são vistos, reconhecidos e lembrados pelo que representam, eles não têm motivo para procurar palco em outro lugar.

Bora trabalhar essa marca pessoal?

Conte comigo.

Paulo Moreti | Gestor de Personal Branding

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