Por Paulo Moreti
Deixa eu te contar uma coisa!
Ser morno ou ser apedrejado: como me posicionar na empresa e no cargo que estou?
A analogia “ser morno ou ser apedrejado” reflete uma realidade que muitos profissionais enfrentam: o medo de se posicionar e, consequentemente, enfrentar críticas. No entanto, a indiferença ou a neutralidade muitas vezes são vistas como falta de paixão ou envolvimento, o que pode limitar seu potencial de crescimento do profissional na empresa.
Ser apedrejado, por sua vez, no sentido figurado, pode significar estar à frente, inovando e questionando o status quo. Esses profissionais, embora muitas vezes alvo de críticas iniciais, por outros que são mornos, não tem visão ou são “políticos de mais, tendem a se destacar e a ser reconhecidos por suas contribuições autênticas.
Cá entre nós, ser morno é sinônimo de conformidade, de passar despercebido, se você não se posiciona, se não defende suas ideias, a chance de você ser lembrado por suas realizações diminui significativamente. No longo prazo, isso pode significar estagnação e falta de crescimento profissional, aí não adianta reclamar, afinal você não quis posicionar sua marca pessoal, não foi fiel a seus valores, crenças e propósito.
Sei que haverá profissionais que estão lendo este artigo e que podem estar pensando: “Ahhh Paulo, o mundo não é assim! O mundo corporativo é cruel, há um jogo lá fora!
Eu diria a eles, que tem total razão, o mundo como um todo é cruel, existe um jogo sim lá fora, porém é você quem decide jogá-lo ou não e com isso você arcará com o bônus e como ônus… O que vale mais, a construção e solidificação da sua reputação ou um jogo que vai contra seus valores e posicionamento?
Meu intuito aqui não é polemizar, mas fazer com que pensemos a longo prazo em nossas careiras de uma forma muito bem estruturada e estratégica, afinal o ambiente corporativo atual, onde a competição é acirrada e a velocidade das mudanças é constante, a forma como você se posiciona pode determinar seu sucesso ou estagnação. Esse dilema nos leva de volta a pergunta crucial: você prefere ser “morno”, evitando conflitos e mantendo-se neutro, ou está disposto a correr o risco de ser “apedrejado”, defendendo suas convicções e posicionando-se de maneira clara e assertiva?
A sua marca pessoal é a imagem que você constrói ao longo do tempo, baseada em suas competências, valores e comportamentos, em um tempo em que as pessoas são mais do que suas qualificações técnicas, a marca pessoal se torna um diferencial que vai além do currículo, gera experiências e nos conecta emocionalmente. Ela reflete quem você é, como você se apresenta e como é percebido pelos outros.
Desenvolver uma marca pessoal forte não é uma tarefa opcional. Hoje, espera-se que executivos como eu e você não apenas tenhamos habilidades técnicas, mas também uma presença marcante que inspire confiança e respeito. Sua marca pessoal é o que diferencia você em um mar de talentos similares, ou como gosto de dizer, o diferencia de profissionais “comoditrizados” que estão entregando currículos iguais. E, no ambiente corporativo, ser morno pode significar ser esquecido.
Construção de reputação: O pilar do sucesso
Por isso quando digo que necessitamos trabalhar nossas marcas pessoais, estou falando de construir reputação, que nada mais é do que o resultado da consistência entre o que você diz e o que faz. Enquanto a marca pessoal é a maneira como você quer ser percebido, a reputação é como você realmente é visto pelas pessoas. A construção de uma reputação sólida demanda tempo, esforço e uma série de comportamentos repetidos e coerentes. Ela é formada a partir de suas ações, decisões e da forma como lida com desafios e oportunidades, ou seja, não dá para ser morno!
A pergunta é: você está disposto a construir uma reputação baseada em princípios sólidos ou prefere a segurança de não se destacar? Ser morno, nesse contexto, pode parecer uma opção segura, mas o risco é a falta de reconhecimento e oportunidades. Já posicionar-se, mesmo que isso signifique enfrentar críticas, pode fazer de você uma referência dentro da organização.
Aproveitando o gancho, vamos tratar um pouco de posicionamento. Quando falamos de posicionamento claro, estamos nos referindo à capacidade de expressar nossas opiniões, valores e crenças de maneira transparente e firme. Esse tipo de postura pode, sim, atrair oposição, mas também constrói uma identidade profissional que não passa despercebida.
Em uma empresa, o posicionamento claro pode ser visto em diversas situações: ao defender um projeto em que você acredita, ao comunicar sua visão estratégica ou ao tomar decisões difíceis. O que muitos não percebem é que, ao evitar se posicionar, você pode estar comprometendo sua credibilidade e sua capacidade de liderar.
Então, você deve estar pensando: Como me posicionar na empresa e no cargo no qual estou?
- Autoconhecimento: Entenda seus valores, habilidades e o que realmente importa para você. Isso servirá como base para o seu posicionamento.
- Consistência: A sua marca pessoal deve ser refletida em todas as suas ações. Seja consistente na maneira como você se comunica e age.
- Visibilidade: Não tenha medo de se destacar. Defenda suas ideias, participe de discussões estratégicas e esteja presente nas decisões importantes.
- Autenticidade: Seja genuíno em suas interações. As pessoas respeitam e confiam em quem é autêntico.
- Resiliência: Esteja preparado para críticas. O caminho para o sucesso nem sempre é fácil, mas a resiliência em manter-se fiel aos seus princípios é o que construirá sua reputação.
Espero ter lhe incomodado um pouco para refletir como tem sido seu posicionamento como C-Level na empresa em que está atuando hoje, pois a escolha entre ser morno ou ser apedrejado está diretamente relacionada à forma como você constrói sua marca pessoal e reputação. O posicionamento claro, apesar de desafiador, pode ser a diferença entre o sucesso e a mediocridade.
Lembre-se sempre que aqueles que escolhem se posicionar, mesmo que enfrentem obstáculos no caminho, tendem a ser os que deixam um legado e alcançam posições de liderança. A decisão é sua: Você quer permanecer na zona de conforto ou se destacar e ser lembrado por suas conquistas?
Bora trabalhar essa marca pessoal!
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