A ascensão e a manutenção em posições de alto escalão, no mercado tão competitivo no qual estamos inseridos, exigem mais do que apenas habilidades técnicas e experiência, os C-levels como CEOs, COOs, CFOs, CMOs entre outros, enfrentam um desafio constante: a necessidade de se posicionar, reposicionar e, em certos casos, desposicionar estrategicamente suas marcas pessoais.
Esta dinâmica é essencial para garantir relevância, influenciar stakeholders e liderar com eficácia. Neste artigo que trazer reflexões sobre essas três fases críticas do personal branding para C-levels, fornecendo insights práticos para cada etapa.
Antes de mergulharmos nas estratégias de posicionamento, reposicionamento e “desposicionamento,” é crucial entender por que o personal branding é tão vital para os C-levels. A marca pessoal é a maneira como um profissional é percebido por seus pares, time e o mercado em geral, ela pode determinar a capacidade de atrair talentos, fechar negócios e influenciar decisões estratégicas.
Mas, quais as vantagens de uma marca pessoal forte?
Bom temos várias, mas quero trazer aqui as que compreendo serem mais relevantes neste início de conversa:
1. Credibilidade e confiança: Um C-level com uma marca pessoal sólida é visto como um líder confiável e competente, essencial para a tomada de decisões críticas.
2. Influência e poder de negociação: Uma boa reputação aumenta o poder de influência, facilitando negociações e alianças estratégicas.
3. Resiliência e adaptabilidade: Em tempos de crise, uma marca pessoal bem estabelecida pode ser um diferencial na manutenção da posição e na navegação através de turbulências.
Agora vamos navegar um pouco sobre o mote deste artigo, posicionar, reposicionar e “desposicionar-se”
Posicionando-se, ou seja, construindo uma Marca Pessoal de impacto
Diria que após um bom trabalho de autoconhecimento, o próximo passo no personal branding é o posicionamento. Estou falando de criar uma imagem clara e distinta que reflita seus valores,
crenças, competências, diferenciais, visão e propósito. Para os C-levels, isso significa ser reconhecido possivelmente como um líder inovador, confiável e visionário.
Passos para um posicionamento eficaz
· Autoconhecimento: Conheça seus pontos fortes, fraquezas, valores e objetivos. Ferramentas como análises de SWOT pessoal e Assessments de marca pessoal por AI podem ser úteis.
· Definição de público-alvo: Identifique quem precisa ou você deseja que seja impactado pela sua marca – investidores, equipe interna, parceiros de negócios, etc.
· Mensagens-chave: Desenvolva mensagens que comuniquem claramente quem você é, o que você faz e por que isso é importante para eles. Essas mensagens devem ser consistentes em todos os canais de comunicação em que sua marca esteja presente.
· Presença online e offline: Utilize plataformas como LinkedIn, blogs corporativos e eventos para fortalecer sua marca pessoal. Participe de conferências, escreva artigos e seja ativo nas redes sociais.
· Feedback contínuo: Solicite feedback regularmente para ajustar e melhorar seu posicionamento.
Reposicionando-se: Adaptando-se às mudanças
Como disse no início deste artigo, neste mercado competitivo e diria mais dinâmico dos negócios, reposicionar-se é frequentemente necessário para permanecer relevante e isso não é errado, apenas um ajuste de curso. Mudanças no mercado, na tecnologia ou na própria organização sem falar no contínuo trabalho de autoconhecimento, podem demandar uma mudança na maneira como você é percebido.
Aqui temos algumas estratégias a serem analisadas para um reposicionamento eficaz:
· Análise do mercado e tendências: Se faz necessário compreender as mudanças no seu setor e ajustar sua marca para refletir essas novas realidades.
· Comunicação transparente: Sempre se deve explique/comunicar claramente a razão do reposicionamento para seus stakeholders. Lembre-se, transparência constrói confiança.
· Rebranding pessoal: Revise seus materiais de marketing pessoal, como currículo, perfis em redes sociais e biografias, para refletir seu novo posicionamento.
· Networking estratégico: É de suma importância conectar-se com novos “influenciadores” (pessoas relevantes em suas áreas) e stakeholders que poderão apoiar e validar seu reposicionamento.
· Aperfeiçoamento contínuo: Invista em novas habilidades e conhecimentos que sustentem sua nova posição.
Desposicionando-se: Quando e como
Por fim o desposicione-se, que a princípio pode parecer contraintuitivo, mas é uma estratégia válida em situações em que associar-se a determinados projetos, empresas ou setores pode ser prejudicial. Isso pode acontecer devido a escândalos, mudanças de mercado ou redirecionamento estratégico que sejam desalinhados com seu posicionamento inicial, valores e propósito.
Abordagens para um desposicionamento eficaz:
· Avaliação crítica: Analise os riscos e benefícios para sua marca pessoal de continuar associado a certos aspectos da marca em questão.
· Comunicação cautelosa: Desassocie-se de forma sutil e respeitosa, evitando críticas públicas que possam ser vistas como desleais ou vingativas.
· Redirecionamento de foco: Concentre sua comunicação e atividades em novos projetos ou setores que reflitam melhor seus valores e objetivos atuais.
· Gestão de crise: Em casos de desposicionamento forçado por crises, gerencie a situação com transparência e rapidez para minimizar danos à reputação.
· Reafirmação de valores: Use a oportunidade para reafirmar seus valores fundamentais e como eles se alinham com suas novas direções.
Então C-levels, tenham sempre claro em suas mentes que a gestão da marca pessoal é uma jornada contínua de posicionamento, reposicionamento e desposicionamento e cada fase exige introspecção, estratégia e principalmente execução cuidadosa. Com a abordagem certa, é possível não apenas construir uma marca pessoal forte, mas também adaptá-la e protegê-la contra os desafios inevitáveis do mundo corporativo e suas inconstâncias. A capacidade de navegar essas três fases determinará, em grande parte, o sucesso e a longevidade na carreira de qualquer executivo de alto escalão.
Bora trabalhar essa marca pessoal!
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