terça-feira, novembro 5, 2024
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O que NÃO é Personal Branding!

Essa é uma questão realmente importante, o Personal Branding é um conceito que não é novo apesar de começara ganhar relevância há poucos anos atrás no Brasil, porém ele esta a cada dia mais e mais presente no mundo profissional e dos negócios. Estou tratando de um modelo de gestão estratégico orientado para o seu maior patrimônio, a marca Você! O objetivo é tornar suas habilidades, valores, crenças, diferenciais, visíveis para o mercado, com intuito de aumentar sua reputação e consequentemente sua rede de contato para que seja buscado(a) por seu conhecimento e expertise.

Mas preciso deixar claro o que muitos não entendem, o Personal Branding não é sinônimo de autopromoção e também não é a mesma coisa que marketing pessoal, é por causa dessa confusão que muitas pessoas acabam criando estratégias erradas que acabam prejudicando suas marcas ou pior gastando com profissionais que não estão trabalhando um processo estratégico de construção de marca pessoal e tudo isso provavelmente irá prejudicar muito sua imagem ao invés de fortalece-la e ajudá-lo(a) a alcançar seus objetivos.

Aqui eu trago 5 erros mais comuns em relação ao conceito de Personal Branding:

  1. Personal Branding não é exagerar ou inventar algo sobre suas habilidades.

Na verdade, quando falamos de Personal Branding, ou estratégia de marca pessoal, estamos falando em destacar as habilidades, valores, crenças e diferenciais para que se obtenha mais visibilidade, valorize a marca pessoal, criando assim uma maior reputação, obtendo como resultado a diferenciação desse profissional frente aos seus concorrentes no mercado.  Aquilo que a marca diz ser, precisa ser entregue pelo seu marketing de forma alinhada, diminuindo o “gap” entre eles, normalmente o que vemos são profissionais fazendo um marketing desconectado com suas marcas pessoais ou mesmo copiando ações de marketing que foram eficazes para outros profissionais, e isso não é garantia de que funcionará para quem copiou, uma vez que foi desenvolvido com base na verdade e nos atributos da marca do outro.

Para se ter uma marca pessoal forte, se faz necessário um trabalho de Personal Branding que leva em conta toda a autenticidade da marca além de outros atributos.

  1. Personal Branding não é somente sobre o profissional

Você deve estar se perguntando, como assim? Se você, Paulo, falou mais acima que é uma estratégia para o maior ativo que temos, que é a nossa marca pessoal!!

Pois é, veja, não é somente sobre o profissional, a construção desta estratégia de marca pessoal deve levar também em consideração o reconhecimento vindo dos outros bem como o engajamento que se obtém com a audiência.

A marca pessoal é desenvolvida para nos dar uma visibilidade com estratégia, mas é fundamental para isso, saber das necessidades, interesses e desejos do nosso público-alvo. Precisa-se saber o que oferecer, assim como precisa-se saber o que esse público espera desta marca, o que realmente as motiva.

Ou seja, é preciso criar conexões emocionais, por mais que durante todo momento usemos nosso cérebro trino, teoria desenvolvida por  Paul Maclean (ler sobre o neurocientista) que explica que nosso cérebro é composto por três cérebros, o reptiliano (instintos), o límbico (emoções) e o néocortex (racional), porém estudos realizados na Universidade de Harvard evidenciaram que 95% das decisões são inconscientes, ou seja, são tomadas pela emoção.

Assim, é imprescindível criar uma conexão emocional com a audiência e estabelecer uma relação de confiança e fidelidade.

  1. Personal Branding não é sinônimo de arrogância ou egoísmo

Está aqui um dos maiores problemas daqueles que não compreendem o que é o Personal Branding e como utilizá-lo, pois acabam transformando-o em Ego Branding. Aqueles que não entendem isso, acabam se mostrando excessivamente arrogantes, colocando-se acima de tudo e de todos, não se importando com a opinião do outro ou como esse o(a) está vendo como profissional.

Geralmente essa pseudo estratégia de marca pessoal, se é que deveria chamar assim, leva a comportamentos que somente irão prejudicar a marca pessoal do profissional, sua imagem e deixar com que fique cada vez mais distante do seu público. Uma marca pessoal forte e alinhada se conecta por meio da empatia, respeito, valores com os outros, afinal esse profissional não é o centro do universo e nem a última” bolacha do pacote”, as suas ações irão impactar não somente o outro, mas a ele(a) também.

  1. Personal Branding não é receita de bolo ou uma fórmula mágica para o sucesso

Conversando com muitos profissionais, algo que escuto constantemente é:

– Se eu fizer a sua mentoria, você irá me transformar na (pessoa X…)?

Na hora me vem aquele sorriso de canto de boca e digo, respeitosamente, que ele(a) na verdade não quer passar por um processo de Personal Branding, que é baseado em autoconhecimento, mas sim olhar o que o outro está fazendo e está dando certo e copiar. Até porque se ele(a) fizer exatamente isso e não der certo, a culpa recairá sobre mim, pois o ser humano adora terceirizar a culpa ao invés de assumi-la.

Construir uma marca pessoal forte, começa no revisitar-se, conhecer-se mais a fundo, para que aí sim se possar promover um produto que realmente se conhece, afinal ninguém vende bem aquilo que não conhece. Não estamos falando de uma estratégia de curto prazo, mas algo que será construído dia após dia, com persistência, e dedicação. Digo que a estratégia que foi criado para um profissional não servirá para o outros pois ela é construída com base em seus atributos e valores pessoais, os quais já enfatizei acima.

  1. Personal Branding não é apenas para empreendedores ou profissionais liberais

Engana-se quem acha que o processo de Personal Branding é eficaz ou feito somente para empreendedores ou profissionais liberais, que possuem o desejo de se destacar num mercado competitivo.

Ele é para qualquer profissional em qualquer momento de carreira, seja ele(a) empreendedor(a), profissional liberal, ou colaborador(a) em uma empresa, além também de não ter o tempo certo para se fazer isso, pois tanto é necessário e estratégico para aqueles que estão ingressando no mercado de trabalho, como para aqueles que procuram um upgrade, recolocação ou até mesmo para os profissionais que decidem migrar de carreira.

Em suma, o Personal Branding é imprescindível para todos os profissionais, é uma estratégia extremamente relevante no mundo competitivo em que vivemos, pois somente por meio dele é que se conseguirá construir uma carreira sólida e duradoura, lembrando que não estamos falando de autopromoção, nem de formula mágica, mas sim de uma estratégica única, consistente, baseada em quem realmente você é, e para isso precisa-se de um trabalho sério, com um profissional responsável que o(a) conduza de maneira ética ao desenvolvimento desta estratégia por meio deum processo crescente de autoconhecimento.

Deve-se levar em considerações particularidades como valores, crenças, diferenciais, o que te motiva, propósito entre outros para que de forma consistente e verdadeira, possa haver uma conexão com os públicos de interesse. Não se esqueça, esse é um processo que irá auxiliar na criação de valor da sua marca pessoal, na construção da reputação, porém isso não acontecerá a curto prazo, esse processo é uma construção contínua que irá se consolidando com o decorrer do tempo e conforme suas ações online e offline transparecerem por meio do marketing pessoal cada vez mais quem é essa marca pessoal.

Paulo Moreti, especialista em personal branding, publicitário, coach e autor.

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