Com certeza você deve ter acompanhado esse assunto em algum momento nas redes. Para começar quero dizer que este artigo não visa criticar um ou outro profissional, não amo ou odeio um mais que o outro, quero trazer uma visão profissional de aprendizados que podemos tirar deste acontecimento.
De um lado temos um esportista, profissional do box, com experiência, vivência e conquistas em sua área, do outro, um fisiculturista, ator e influencer brasileiro, que ficou conhecido por vencer a primeira edição do Big Brother Brasil. Estamos falando de especialidades e habilidades diferentes e é por aí que quero ir.
Tivemos um marketing enorme em cima deste acontecimento, com ambos se afrontando, provocando, menosprezando, treinos filmados, depoimentos e tudo mais que um evento de box merecia…
Parte do show? Acredito piamente que sim.
Por fim, o grande dia ou melhor noite chegou, na madrugada deste domingo, 25 de fevereiro, eles protagonizaram uma luta que deixou muitos conectados nas telas por todo o país, sendo transmitida por uma das maiores emissoras de TV nacional, expectativas em alta, certezas de vitória de ambos os lados e “PAW!!!”, 36 segundos depois e tudo acabou, com a vitória que a meu ver já era certa do Popó e é aí onde eu entro.
Muitos comentários nas redes, discussões de apoiadores versus haters e tudo mais, mas qual a lição que podemos tirar disso?
Primeiro foi a excelente analogia feita por Paulo Vieira em seu vídeo numa rede social onde ele em meio as suas falas, disse:
“…Profissional especialista que tem história, tem prática, certamente vai ser muito melhor do que o cara que não é um profissional. Cuidado com as pessoas que se vendem bem, falam muito bem… Muitos dos que dizem que são, não são, e quem é bom não fica dizendo que é bom, mas mostra na prática…”
Apesar de ter gerado um buzz nas redes, eu compreendi perfeitamente a fala do Paulo Vieira e o que ele quis dizer. Estamos falando de profissionais experientes, realmente especialistas no que fazem, que durante anos vem se aprimorando em sua área, para sempre entregarem com excelência, mas, hoje o que mais vejo, são profissionais se vendendo exageradamente, porém é nítido em suas falas e atos, que o conteúdo é raso, que possuem pouca experiência e acabam entregando pouco ou quase nada para seus clientes, o que automaticamente impacta a experiência e os resultados daqueles que o contrataram ou acreditarem em sua “venda”.
Isso não significa que, o iniciante, não pode se promover, pelo contrário, mas precisa fazer isso de forma ética e principalmente respeitosa com os clientes, deixando claro o que realmente faz e até onde ele pode ir com sua entrega.
Poderia contar cases aqui de executivos que infelizmente se deram mal por contratarem profissionais que tinha uma “casca” bonita, mas eram vazios por dentro, resultado: insatisfação, sentimento de ser enganado, falta de resultados, falta de credibilidade etc.
Acima eu tracei um paralelo com o Popó, sua profissão e qualidades de um profissional bem preparado, por um outro ponto de vista eu queria analisar agora seu oponente, o BamBam. Ele, dentro do seu perfil de marca pessoal, possuía uma estratégia bem clara, que no fundo não era ser o vencedor da luta, a não ser que Popó desse algum vacilo ou azar, mas ele se posicionou como o cara midiático que é, gerou muita visualização e segundo matéria do site ESPM (https://www.espn.com.br/mma/artigo/_/id/13284187/como-patrocinadores-bombaram-quanto-bambam-ganhou-luta-popo): “Antes mesmo de subir ao ringue do Fight Music Show 4, Kleber Bambam anunciou que ganharia mais para lutar com Acelino Popó Freitas do que seu prêmio de campeão da primeira edição do Big Brother Brasil (BBB). A fórmula para isso teve ligação direta com seus patrocinadores. “
Fala-se muito do valor recebido por ele, segundo a Exame.com (https://exame.com/esporte/popo-x-bambam-quanto-os-astros-das-lutas-ganharam-no-combate-do-fight-music-show/), Bambam recebeu cerca de R$ 6 milhões como prêmio pela participação, incluindo patrocinadores pessoais e receitas geradas pelo evento de boxe.
O que demonstrou como os patrocinadores foram chave para Ele, da Nike ao site Onlyfans, foram sete marcas que se conectaram à sua marca pessoal, já no seu Instagram, ele fez uma publicação para cada parceiro antes de subir ao ringue, além de agradecer o apoio de uma clínica médica, uma ótica, um site de apostas, um centro de eventos e um restaurante. Precisamos dar o braço a torcer, afinal, aqui podemos ver que não é qualquer profissional sem estratégia que ganha R$ 6 milhões de 36 segundos!!! Ele sabia muito bem aonde estava indo e onde queria chegar.
Veja não há certo ou errado neste “jogo” das 2 marcas, cada um usou uma estratégia diferente e alinhada aos seus objetivos, um quis se posicionar como um especialista extremamente habilitado em um esporte, uma autoridade, o outro com foco comercial de exposição de imagem com a intenção de gerar receitas e mais visibilidade para sua marca pessoal. Para mim, ambos alcançaram seus objetivos, ganharam mais dinheiro e mais fama, se posicionando em suas áreas de atuação profissional ou em seus mercados.
Como disse no início, minha ideia aqui era uma visão estratégica do ocorrido e isso ficou claro que eles tinham, cada um a seu jeito. Para fechar de uma forma ilustrada, quero finalizar essa conversa, da seguinte forma:
Se você é um Produto 0 com uma embalagem 0, isso é igual a suicídio no mercado.
Agora se você for produto 10 com uma embalagem 0, um produto 5 com embalagem 5, ou um produto 0 com uma embalagem 10, você é indiferente ou mais um no mercado.
Porém se você quer ser um profissional capacitado, que tem uma estratégia de marca pessoal que é bem aplicada em seu marketing pessoal, refletindo exatamente quem você é na sua essência, então você será um Produto 10 com uma Embalagem 10.
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