sexta-feira, novembro 15, 2024
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O óbvio que ignoramos, por Paulo Moreti

Deixa eu te contar uma coisa!

Existe um fenômeno curioso nas organizações: enquanto todos reconhecem a importância da reputação e da imagem no mercado, muitos líderes ainda negligenciam a gestão estratégica de sua própria marca pessoal. É como se estivessem tão concentrados no sucesso da empresa que esquecem de si mesmos, de sua própria projeção como líderes de pensamento e referências em suas áreas de atuação.

O que me surpreende é o impacto direto que isso tem não só em suas carreiras, mas também nos negócios que lideram. Ignorar o poder de uma marca pessoal bem trabalhada é perder oportunidades valiosas de conexão, de influência e de crescimento. O curioso é que, apesar de estarmos cercados por exemplos de grandes líderes que fazem isso com maestria, ainda vemos executivos caindo na armadilha de pensar que uma posição ou um título é o suficiente para assegurar sua relevância.

Mas a verdade é outra.

A Importância da gestão de marca pessoal para os C-Level

A gestão de marca pessoal vai muito além de uma simples estratégia de autopromoção. Ela é uma construção sólida de reputação e confiança, uma ferramenta fundamental para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e interconectado. E, quando bem-feita, transforma carreiras, impacta equipes e fortalece a percepção de valor das empresas.

Executivos que sabem gerir sua própria marca se tornam líderes de pensamento, vozes respeitadas que moldam o futuro de suas indústrias. São vistos como referências, não apenas pela posição que ocupam, mas pela clareza com que comunicam suas ideias, seus valores e seu propósito.

E esse é o ponto-chave: a empresa não é a única beneficiária de um C-level bem posicionado. A própria trajetória profissional do líder é enriquecida, abrindo portas para novas oportunidades, convites para palestras, participação em eventos estratégicos e até mesmo propostas de liderança em outras organizações.

Se a sua marca pessoal não está clara para você, ela certamente não estará clara para o mercado. E quando o mercado não reconhece seu valor, o risco de ser ignorado – ou pior, substituído – é real.

O valor de ser percebido e valorizado pelas empresas

Empresas estão em busca de profissionais que saibam gerenciar suas próprias marcas. Parece óbvio, mas essa é uma vantagem competitiva que muitos C-levels ignoram. Um executivo com uma marca pessoal forte, clara e bem definida, demonstra habilidade de liderança, de influência e de visão estratégica. Ele é capaz de atrair parceiros, investidores e até mesmo novos talentos para a organização.

Mais do que isso, uma marca pessoal bem trabalhada serve como um farol de confiança para o mercado. Em tempos de incerteza, as empresas apostam em líderes que inspiram segurança e credibilidade. E essa confiança nasce, em grande parte, da clareza com que esses líderes são percebidos e o quanto suas marcas pessoais agregam valor à organização.

É um ciclo: a marca pessoal do executivo fortalece a empresa, e o sucesso da empresa, por sua vez, amplifica a marca do executivo. No entanto, esse ciclo só funciona quando existe um trabalho estruturado de gestão de marca pessoal.

Mas e qual é o impacto de não fazer a gestão de marca pessoal?

Vamos de exemplo:

Agora, imagine o cenário oposto: um C-level que depende exclusivamente do cargo que ocupa para definir seu valor no mercado. Ele pode ter resultados extraordinários, mas se não construir uma presença relevante além das paredes da empresa, seu impacto será limitado. Quando o cargo não estiver mais lá, sua relevância também não estará.

A ausência de uma estratégia de marca pessoal pode gerar uma série de impactos negativos:

1. Perda de Oportunidades: Profissionais que não trabalham suas marcas pessoais deixam de ser lembrados para projetos estratégicos, convites para conferências e oportunidades de networking.

2. Falta de Diferenciação: Sem uma marca pessoal bem definida, o executivo se torna apenas mais um no mercado. Não importa o quão talentoso ou qualificado ele seja, a falta de visibilidade o coloca em desvantagem.

3. Desvalorização Profissional: No cenário corporativo atual, ser invisível é quase o mesmo que ser irrelevante. E quando um executivo não tem uma marca pessoal clara, ele perde a chance de mostrar seu verdadeiro valor e se torna substituível.

Agora que compreendeu o impacto deve estar pensando: “Vou terceirizar essa gestão para alguém!”

É nessa hora que surge o perigo para sua marca pessoal: O profissionais sem expertise.

É nesse ponto que muitos cometem um erro fatal: terceirizar sua marca para pessoas que não têm o conhecimento ou a experiência em personal branding. Não é incomum ver executivos confiando suas imagens a agências ou profissionais que tratam o branding como uma extensão

de marketing pessoal, da imagem pessoal ou simplesmente das mídias sociais, sem entender as sutilezas e o impacto de uma gestão de marca robusta e estratégica.

A marca pessoal é algo intrínseco e único. Não pode ser tratada como uma fórmula pronta. Terceirizá-la para profissionais que não entendem a profundidade do processo pode causar danos irreversíveis à reputação do executivo, sem falar o montante financeiro gsto. Em vez de construir algo sólido, muitas vezes o resultado é uma marca superficial, genérica e descolada da realidade do próprio líder.

Você agora deve estar se perguntando:

Então qual a solução?

Resposta: Gestão profissional de marca pessoal

A gestão de marca pessoal, especialmente em altos níveis executivos, é um processo que exige reflexão, estratégia e, acima de tudo, experiência. Contar com profissionais que entendem as nuances do personal branding é um diferencial que pode determinar o sucesso ou fracasso de um C-level.

No entanto, esse processo não é algo que acontece de forma automática. Exige autoconhecimento, planejamento e, muitas vezes, uma revisão profunda da própria trajetória. É aqui que um especialista em personal branding faz toda a diferença.

A construção de uma marca pessoal sólida envolve:

· Análise das percepções: Como você é visto internamente e externamente? Essa percepção está alinhada com quem você realmente é?

· Posicionamento estratégico: O que você deseja alcançar em sua carreira e como pode usar sua marca pessoal para chegar lá?

· Conexões poderosas: Quem são as pessoas certas que podem amplificar sua mensagem e sua influência no mercado?

· Consistência e autenticidade: Como se manter fiel aos seus valores e propósitos enquanto se adapta às demandas do mercado?

Esse é o trabalho que desenvolvo com meus clientes, ajudando-os a não apenas construir, mas consolidar suas marcas pessoais de forma autêntica e impactante.

Conclusão: O óbvio está bem na nossa frente

A gestão de marca pessoal é um dos maiores ativos que um executivo pode ter. Ela não só diferencia, como protege. E no cenário corporativo de hoje, onde a competição por relevância é intensa, esse é o tipo de investimento que não pode ser ignorado.

Se você é um C-level que deseja mais do que apenas um título temporário, está na hora de pensar na sua marca pessoal. Porque o óbvio que ignoramos pode ser o diferencial que define o seu futuro.

Bora trabalhar essa marca pessoal!

www.paulomoreti.com

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