quinta-feira, maio 22, 2025
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A visibilidade que fala antes do seu crachá

Artigo por Paulo Moreti

Deixa eu te contar uma coisa!

Em muitas reuniões, sua marca pessoal chega antes do seu nome.

Eu explico!

Vivemos em um tempo onde não basta estar em uma posição de liderança — é necessário ser reconhecido como alguém que lidera com autenticidade, relevância e propósito. O crachá ainda pode te abrir algumas portas, mas é a sua marca pessoal que define o quanto você permanece, influencia e cresce dentro de qualquer organização ou mercado. Será que se hoje você não tivesse o crachá que possui, você seria percebido da mesma forma?

A verdade desconfortável é: muitas vezes, sua marca pessoal já entrou na sala antes mesmo de você cruzar a porta. E o que será que ela está dizendo? Está comunicando sua autoridade, sua competência, seus valores e diferenciais… ou está deixando ruídos, lacunas e interpretações soltas que podem não te favorecer?

No artigo de hoje, quero te convidar a uma reflexão estratégica sobre como sua visibilidade tem sido construída — ou ignorada — e mostrar por que um processo estruturado de assessoria em personal branding não é mais uma opção, mas uma urgência para quem deseja liderar com consistência e visão de futuro.

O jogo mudou: o mercado observa tudo

No passado, executivos eram reconhecidos apenas pelos resultados. Hoje, o mercado quer saber quem você é, o que você acredita, como você influencia, como você se posiciona e principalmente por que alguém deveria te ouvir ou até mesmo te contratar

Sua trajetória, seu discurso e até seu silêncio formam uma narrativa que pode te posicionar como referência ou te jogar no esquecimento. E essa percepção começa antes mesmo de você dizer “bom dia”. Ela está no Google, no LinkedIn, na forma como seu nome circula nas reuniões e nos grupos de networking que você participa e até mesmo onde você nem foi convidado a estar. Estamos diante de uma era onde a reputação deixou de ser um efeito colateral ou uma simples palavra clichê para se tornar um ativo intencional.

Se você ainda acha que é exagero o que eu estou falando, observe os movimentos das empresas ao escolher líderes para cargos estratégicos, porta-vozes para a imprensa ou nomes para os conselhos consultivos: a visibilidade e o posicionamento estratégico de marca pesam tanto quanto a competência técnica.

Porém muitos executivos ainda não entenderam a diferença entre ser bom e ser percebido como bom

Essa é uma das dores mais recorrentes dos executivos que atendo: a frustração de verem colegas menos qualificados ganhando mais espaço. O motivo? Visibilidade bem gerida.

Você pode ser excelente no que faz. Mas, se não existe uma gestão intencional da sua marca, o mercado pode não enxergar isso — ou pior, pode interpretá-lo de forma completamente equivocada.

Esse é o clássico dilema entre fazer e parecer: não se trata de vaidade, termo que muitos executivos usam para justificar sua falta de gestão de marca pessoal, mas de coerência estratégica. Você precisa parecer o que de fato é — com autenticidade, ética e clareza. E isso exige técnica, método e acompanhamento.

Você já ouvir sobre o poder silencioso da primeira impressão?

Quantas vezes você já ouviu o até mesmo já falou: “Fulano tem presença”? Esse comentário, muitas vezes intuitivo, é resultado direto da forma como a marca pessoal se manifesta: postura, comunicação, coerência, estilo de liderança e capacidade de conexão. Antes mesmo de apresentar um projeto, sua imagem já construiu um cenário e se esse cenário é favorável ou não, vai depender da forma como você está gerindo sua marca.

Lembre-se, a primeira impressão pode até ser silenciosa, mas fala alto. E quando você não cuida dela, os outros criam a história por você.

Outra crença que precisa ser quebrada é a de que visibilidade não é sobre aparecer — é sobre ser lembrado com valor

Vamos lá, a primeira coisa que precisa compreender é que ser visto por todos não é o objetivo, o que realmente importa é ser lembrado pelas pessoas certas, da maneira certa, no momento certo. E isso só acontece com um trabalho estratégico de posicionamento.

A confusão mais comum que vejo ocorrer é a de profissionais confundirem visibilidade com autopromoção. Mas o trabalho de gestão de marca pessoal (personal branding) verdadeiro vai muito além: trata-se de alinhar sua essência com sua entrega, sua reputação com seu discurso, sua imagem com seus resultados.

É construir uma presença que inspira confiança, desperta interesse e fortalece relacionamentos de longo prazo, impacta pessoas — dentro e fora da empresa.

Agora, se você deixar a sua marca pessoal no modo automático, temos um problema!

Vou deixar mais claro o que estou falando. Imagine um profissional altamente qualificado, com anos de experiência, mas que não sabe comunicar seu valor. Agora imagine outro, com menos experiência, mas com clareza de discurso, boa presença e conexões bem trabalhadas.

Quem você acha que o mercado escolhe primeiro?

Talvez você até tenha pensado que o qualificado, assim como você, seria a opção certa. Antes de continuar quero deixar claro que não estou desmerecendo a questão das qualificações, aliás acho que são muito importantes e complemento estrategicamente muito a construção da marca pessoal, eu mesmo sou adepto do lifelong learning. Mas, se você não estiver cuidando ativamente da sua marca pessoal além da qualificação, está deixando espaço para o improviso — e o improviso, no mundo corporativo, custa caro. Você corre o risco de ser percebido como “mais do mesmo”, como alguém que ocupa uma cadeira, mas não marca uma presença.

Talvez após você ler até aqui, agora deva estar se perguntando: o que muda se eu trabalhar estrategicamente minha marca pessoal?

Bom, poderia lhe dizer que após um processo de personal branding, o executivos relatam mudanças significativas como:

  • Mais oportunidades internas e externas (convites, promoções, conselhos).
  • Maior influência e poder de negociação.
  • Reconhecimento espontâneo por parte de pares e lideranças.
  • Clareza para tomar decisões alinhadas com seus objetivos.
  • Redução da ansiedade em processos de exposição (como entrevistas, palestras, mediação de conflitos).
  • Fortalecimento da autoconfiança e segurança ao ocupar espaços estratégicos.

Em outras palavras: deixam de ser apenas “bons profissionais” para se tornarem referências em suas áreas.

Um outro ponto interessante e que muitos profissionais não se atentam é que ao trabalhar sua marca pessoal de maneira estratégica, eles se tornam ativos estratégicos da empresa. Isso mesmo! São valiosos de mais para a empresa.

Empresas que investem no desenvolvimento da marca pessoal de seus líderes colhem:

  • Porta-vozes mais preparados e coerentes.
  • Ambientes com menos ruídos de comunicação.
  • Equipes mais engajadas, inspiradas por líderes autênticos.
  • Reputação corporativa fortalecida junto ao mercado e stakeholders.
  • Profissionais mais comprometidos com seus próprios resultados e os da organização.

Não se trata de inflar egos, mas de construir pontes. Um líder com marca forte gera valor para toda a cadeia.

Então a escolha é sua, você pode continuar deixando sua imagem ao acaso, na torcida de que o mercado te reconheça por mérito ou pode assumir a responsabilidade de ser protagonista da sua trajetória, investindo de forma estruturada e estratégica na sua marca pessoal.

Lembre-se: o crachá abre portas, mas é a sua marca que mantém as conexões vivas. E quando ela é bem construída, fala antes de você — e diz exatamente o que você gostaria que dissessem.

Para fechar essa reflexão de hoje, uma última reflexão que pode estar martelando sua cabeça e que também ouço muito em minhas conversas, pré mentorias e palestras

Por que eu preciso de uma assessoria?

Minha resposta é sempre essa: “Porque ninguém consegue fazer isso sozinho com a clareza que precisa. Porque olhar para si é desafiador. Porque saber o que mostrar, como mostrar e para quem mostrar exige técnica, curadoria e acompanhamento.”

Uma assessoria em personal branding não é sobre criar um personagem. É sobre te ajudar a enxergar o que você tem de mais valioso e colocar isso a serviço da sua trajetória e das pessoas que você quer impactar.

Bora trabalhar essa marca pessoal?

Conte comigo!

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