A 7ª edição do Festival Novas Frequências, evento internacional de música experimental e explorações sonoras da América do Sul, acontece entre os dias 4 e 10 de dezembro, no Rio de Janeiro. A programação que reúne 18 atrações de 10 países diferentes em atividades que incluem shows, performances resultantes de residências artísticas, festas, instalações sonoras e oficinas, continua no formato de ocupação da cidade, distribuindo eventos em diversos espaços.
Fruto da parceria entre o curador Chico Dub e a produtora cultural Tathiana Lopes, o Novas Frequências surgiu em 2011 sempre à procura de artistas que rompem com fronteiras pré-estabelecidas em busca de novas linguagens sonoras. Para o festival, importa muito mais a experiência com o som do que propriamente gêneros e estilos musicais – o que o acaba aproximando mais da arte contemporânea do que da música como entretenimento.
O festival é considerado um dos três melhores eventos de cultura do país segundo o Prêmio Bravo 2016!; apontado, pelo segundo ano consecutivo, como um dos melhores festivais do mundo (e o principal evento de vanguarda brasileiro) pela plataforma internacional Resident Advisor; e eleito o Melhor Festival do Rio de acordo com o Prêmio Noite Rio 2013. Outra importante honraria adquirida pelo festival é ser membro integrante da rede internacional ICAS (International Cites Of Advanced Sound), network que reúne alguns dos mais importantes festivais de culturas sonoras avançadas, música de vanguarda e artes relacionadas como o Mutek (Montreal, Canadá), o Unsound (Cracóvia, Polônia), o CTM (Berlim, Alemanha) e o TodaysArt (Haia, Holanda).
Segundo o curador Chico Dub, “os muitos recortes curatoriais da 7ª edição do Novas Frequências de alguma forma se associam ao tema central ‘raízes’. Abordam conceitos e práticas como pioneirismo, natureza e ecossistemas, voz, corpo, infância, DNA, origem, novos encontros e colaborações, essência, partes ocultas de um objeto, deslocamentos (e realocamentos) territoriais, povos nativos brasileiros, práticas espirituais ancentrais.”
Entre os destaques na programação do festival este ano passa pela questão dos espaços adotados, alguns deles inéditos no histórico do evento. Oi Futuro Flamengo, Teatro XP Investimentos (o novo Teatro do Jockey), Audio Rebel, Parque Lage, Igreja da Lapa, Theatro Municipal (Sala Mário Tavares), MAM – Museu de Arte Moderna do Rio e um local secreto a ser divulgado no dia do evento, são os oito locais escolhidos para receber o festival este ano.
“Era um sonho antigo ocupar uma igreja com música experimental. Ter a oportunidade de estar na Igreja da Lapa, justamente com o William Basinski, nesta espécie de missa para o David Bowie, certamente será um dos pontos altos da nossa trajetória. A instalação no MAM também merece atenção especial em função da arquitetura do Reidy e de toda a história do museu com as artes visuais. É uma grande honra para o Novas Frequências estar ali presente. Outro desejo antigo era pensar uma programação especial voltada para crianças, o que finalmente conseguimos viabilizar através de mais uma parceria com a Editora Cobogó trazendo o Chelpa Ferro em uma espécie de instalação-performance-interativa, afirma a diretora Tathiana Lopes”.
Dentre as diversas colaborações do festival com institutos internacionais, destaca-se o programa “Coincidencia”, uma plataforma de intercâmbios culturais entre a Suiça e a América do Sul desenvolvida pela Fundação Suiça para a cultura Pro Helvetia. Além de apoiar os já mencionados Aïsha Devi e ensemble baBel, o Coincidencia igualmente suporta a residência de NicolasField, artista cuja pesquisa central se encontra na materialização da interação entre som, espaço físico e a presença humana. Field irá produzir uma instalação sonora ao lado de Pontogor, carioca radicado em São Paulo que trabalha em diversos meios e cujos interesses passam pela ideia do ruído e do desgaste de imagens e sons.
O Novas Frequências conta com o patrocínio master da Oi, do Governo do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Cultura, e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro; realização da Cardápio de Ideias Comunicação e Eventos; patrocínio da Stella Artois; apoio cultural do Oi Futuro, apoio do ICAS – International Cities of Advanced Sound, British Council, Pro Helvetia, Consulado do Reino dos Países Baixos, Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, Institut Français Brasil, Bureau Export, Aliança Francesa, Goethe Institut, D/ACCORD e I Hate Flash.