sábado, novembro 23, 2024
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Sompo Seguros lança terceira fase da websérie: “Todos Diferentes e Todos Iguais”

Entrou no ar nesta quarta-feira, 11, o terceiro episódio da Websérie, Todos Diferentes e Todos Iguais, iniciativa da Sompo Seguros S.A., empresa do Grupo Sompo Holdings, que tem como objetivo trazer a público o debate sobre a relação da coletividade com a Pessoa com Deficiência (PcD).

Nesse episódio, os participantes debatem o tema Trabalho e apontam as dificuldades e preconceitos que a PcD tem de enfrentar no dia a dia pela busca de um emprego condizente com sua formação e qualificações, bem como os conceitos pré-concebidos que determinam o julgamento de muitas pessoas ao lidar com o profissional com deficiência.

Por meio dos depoimentos da blogueira Ana Kelly, do atleta profissional de rugby em cadeira de rodas Lucas Junqueira, do humorista Paulo Fabião e do mágico ilusionista Vagner Molina, mais conhecido como Mágico Burke é possível estabelecer como o mercado de trabalho se relaciona com a PcD nos dias atuais.

Entre as questões apontadas pelos entrevistados, está o fato de haver casos em que o trabalhador PcD recebe propostas de emprego que não condizem com suas qualificações, principalmente porque a empresa proponente quer apenas cumprir a Lei de Cotas (Lei 8.213/1991). Isso significa que, em muitos casos, não são oferecidas vagas em que a pessoa possa construir uma carreira. Além disso, apesar de o esporte surgir como uma alternativa de reabilitação e trabalho; também é uma área em que se encontra dificuldades pela falta de investimento e políticas públicas para o setor.

Paulo Fabião, que tem formação jornalística, lembra uma situação vivenciada quando recebeu uma oferta de emprego inusitada. “Na ligação telefônica, disseram: ‘É que temos uma vaga para PcD para trabalhar na confeitaria”. Aí eu respondi: ‘Mas acho que você não leu meu currículo, porque eu sou jornalista, não tenho habilidade nenhuma com comida’”, comenta. “A maioria das empresas só quer cumprir a cota”, conclui o humorista.

“Você acaba não sendo visto como um administrador, um psicólogo, né? Você é visto como um deficiente. Eles precisam de um deficiente”, considera o atleta profissional de rugby em cadeira de rodas Lucas Junqueira. “No meu caso, o esporte ajudou bastante na reabilitação e, ao mesmo tempo, eu consegui alguns feitos com a seleção, como a primeira medalha de ouro”, exemplifica. Porém, mesmo para quem busca no esporte uma profissão, ainda há muitos desafios. “O esporte olímpico já é pouco visto. O paralímpico, então, esquece! Não tem a mesma visibilidade que o futebol, onde atletas, ali, ganham milhões”, destaca Junqueira.

“Eu não sofri preconceito direto, mas já vi colegas sofrerem. E a prótese machuca, enfim, tem dias que está mais calor, [tem o] suor, faz bolha. E já vi gente apontando o dedo e falando: ‘Tá fazendo corpo mole, assim é fácil!”, diz a blogueira Ana Kelly, que lembra também da falta de acessibilidade nos prédios das empresas. “Porque, a partir do momento que eu contrato um deficiente, meu prédio tem que ser acessível, tem que ter um banheiro acessível, entre outros aspectos”.

“Tirando a lei, a gente teria que mexer um pouco no preconceito. Eu acho que a empresa tem que fazer um teste [que avalie] a capacidade que ele tem de desenvolver a função dentro da empresa e não aparência física”, ressalta Mágico Burke.

Assista ao filme da campanha:

 

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