A Natura Musical encerra 2018 assumindo o papel de grande incentivador da música brasileira com o patrocínio a artistas e festivais que estão se projetando nacionalmente, como Liniker, Carne Doce, The Baggios, Francisco El Hombre, Coala, Bananada, Coquetel Molotov, Festival DoSol, Se Rasgum e os eventos SIM São Paulo e Porto Musical, entre outros.
Vinte e um artistas e bandas, além de doze festivais e duas semanas de música, receberão patrocínio Natura Musical em 2018. A marca ofereceu R$ 5,6 milhões para o lançamento de novos trabalhos e patrocínio de festivais independentes – com apoio da Lei Rouanet e das leis estaduais de incentivo à cultura (ICMS) do Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
A seleção de projetos concretiza o novo posicionamento da plataforma que, a partir desse ano, está buscando artistas, projetos e eventos que se conectam com temas que estão mobilizando o mundo. A música sempre foi um elemento de identificação e representação de grupos sociais, especialmente para a juventude. “Queremos amplificar a voz de artistas e movimentos que se conectam com temas como identidade e diversidade, promovendo empatia, conexões e encontros”, explica Fernanda Paiva, gerente de marketing institucional da Natura.
Um show com uma atração surpresa em um local inusitado, divulgado apenas na véspera, vai celebrar regionalmente os artistas que lançarão novos trabalhos em 2018 pelo Natura Musical. O evento tem apoio do Sofar Sounds, uma comunidade de música independente que realiza performances de novos artistas em locais secretos em mais de 300 cidades ao redor do mundo. A Noite Natura Musical ocorrerá simultaneamante em cinco capitais – Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Goiânia e Belém – dia 28 de novembro (terça-feira), a partir das 20h, com cobertura ao vivo.
Em São Paulo, a Noite Natura Musical será dia 6 de dezembro (quarta-feira), na Casa Natura Musical. O show abre a programação da SIM São Paulo 2017, que contará também com painéis sobre processo e critérios de seleção de projetos para patrocínio e sobre o papel dos festivais na diversificação de público e uma parceria com a Mostra Sêla, que acontecerá dia 9, na Casa Natura Musical com lineup 100% feminino.
Os novos nomes vão se juntar aos 330 projetos dos treze anos do programa de patrocínio que se tornou uma grande plataforma de renovação da música brasileira, apoiando lançamento de discos, shows, filmes, livros, pesquisas e digitalização de acervos.
São eles: Ava Rocha (RJ), Black na Laje (MG), Bruno B.O. (PA), Carne Doce (GO), Catavento (RS), Drik Barbosa (SP), Francisco, El Hombre (SP/MEX), Iconili (MG), Jards Macalé (RJ), JosyAra (BA), Julia Branco (MG), Larissa Luz (BA), Liniker e os Caramelows (SP), Luedji (BA), Manoel Cordeiro (PA), Molho Negro (PA), Musa Híbrida (RS), Quartabê (SP), The Baggios (SE), Viola Perfumosa (RJ) e Yangos (RS).
Para a cantora e compositora paraense Aila, a mudança de posicionamento de Natura Musical em busca de diversidade e pluralidade ficou bem clara desde a composição da rede de curadores com a mesma proporção de homens e mulheres até o resultado. “O discurso do agora está muito representado na obra dos selecionados. Na Bahia, por exemplo, todas as selecionadas são mulheres, negras que vêm da periferia”, conta.
Anualmente, Natura Musical assina cerca de vinte discos, grande parte deles à frente de listas e premiações de melhores do ano, como “Melhor do que Parece”, de O Terno, “A Mulher do Fim do Mundo”, de Elza Soares, “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”, de Emicida, “Estado de Poesia”, de Chico César, “Dancê”, de Tulipa Ruiz, e os recentes “Xenia”, de Xênia França, “Coração”, de Johnny Hooker, “Boca”, de Curumim, e “Natureza Universal”, de Hermeto Pascoal.
Sobre os festivais, uma das novidades do edital Natura Musical 2017 é a inclusão de uma categoria dedicada aos festivais de música brasileira. A plataforma estendeu sua atuação para festivais depois de analisar as mudanças que ocorreram no cenário musical quando completou dez anos. A grande oferta musical atual é predominantemente independente, não conta com grandes estruturas e carece de meios que a tornem autossuficiente.
Os festivais são hoje um ambiente de conexão direta com o público e de circulação da produção contemporânea. Além de oferecer mais palcos, formam público, conectam a produção local à nacional e criam um circuito nacional de exibição. “Sempre acreditamos que a música tem um potencial mobilizador imenso, capaz de proporcionar encontros e experiências únicas. Além de contribuir para a renovação do repertório musical, nosso objetivo é ajudar a construir pontes para que toda essa pulsação criativa chegue efetivamente a um público maior e mais diversificado”. Para o produtor musical Pena Schmidt, os festivais são hoje o grande processo estruturador da música. “Todo dia eu descubro um novo festival, mais novo e mais bacana pelo interior do País”, ele diz.
Os escolhidos são: Bananada (GO), Coala (SP), Contato (SP), Coquetel Molotov (PE), DoSol (RN), Faro MPB (RJ), Música de Rua (RS), Radioca (BA), Se Rasgum (PA) e Timbre (MG). A Natura também estará presente em dois eventos emblemáticos do mercado musical, o Porto Musical (PE) e a SIM SP (Semana Internacional de Música de São Paulo).