A população mundial passa por um grande desafio em relação ao sistema alimentar. A forma como o mundo produz, consome e desperdiça alimentos não é mais sustentável. Consciente do importante papel da indústria no sistema alimentar, a Unilever participou, na terça (27), do encontro realizado pela organização científica International Life Sciences Institute (ILSI), que teve como objetivo discutir o futuro da alimentação.
Ao mesmo tempo em que são produzidos alimentos suficientes para alimentar toda a população, cerca de 1/3 das pessoas enfrenta alguma forma de má nutrição. Soma-se a este cenário alguns estudos que indicam que o futuro da alimentação está diretamente conectado às mudanças climáticas e seus impactos chegarão mais cedo do que é esperado.
Na ocasião, a Dra. Sheila Wiseman, cientista global de nutrição e saúde da Unilever, compartilhou suas experiências, conhecimentos e alguns estudos sobre dietas sustentáveis. Destacou, ainda, a importância de repensar os padrões alimentares atuais, os desafios e caminhos para o futuro do alimento e ressaltou dados recém divulgados pelas publicações The Lancet e The Nature e pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, órgão das Nações Unidas para assunto) que reforçam a urgência do tema.
Segundo a cientista da Unilever, cientista da Unilever, a transformação do sistema de alimentação global é urgentemente necessária para manter o aquecimento global dentro do limite. Ela demandará produção mais eficiente, redução significativa do desperdício, mudanças na dieta em países de alta e média renda (incluindo o Brasil) para padrões mais baseados em alimentos de origem vegetal, além da indústria de alimentos como agente transformador.
O evento contou ainda com a participação da Dra. Núbia Chaim, da Associação Prato Cheio, que compartilhou a experiência da entidade no consumo responsável de alimentos. Sob mediação do Dr. Mauro Fisberg (Instituto Pensi), Sheila e Núbia participaram de um debate no qual discutiram o impacto da produção de alimentos orgânicos no meio ambiente, o impacto na saúde de dietas baseadas fundamentalmente em alimentos de origem vegetal, caminhos para a indústria de alimentos evitar o desperdício (doação de produtos e comercialização de alimentos esteticamente “feios”), movimentos da indústria de alimentos para fomentar a nutrição sustentável, entre outros assuntos.