Na Semana Nacional de Doação de Órgãos, o Corinthians, em parceria com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), realizou uma ação para sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos e de como um doador pode fazer um bem para até sete receptores.
Você já parou para pensar quantas pessoas no Brasil precisam de doação de órgãos? O número é enorme, as filas só aumentam, principalmente frente ao tabu e à falta de conhecimento da população sobre o assunto. Para reverter esta situação, na quarta-feira (26), durante a semifinal da Copa do Brasil, o Corinthians entrou em campo contra o Flamengo usando uma camisa especial que exibe nomes de pessoas que estão precisando de doação de órgãos e o número da posição em que estão na fila de espera.
Luis Paulo Rosenberg, Diretor de Marketing do Timão, falou da importância do Corinthians contribuir com a campanha.
“O futebol é um meio excepcional para levar informações sobre doação de órgãos às pessoas. A Fiel sempre responde positivamente a toda causa humanitária. Está no DNA do Timão”, disse.
Para ajudar a reforçar a mensagem da ação, criada pela agência Leo Burnett Tailor Made em parceria com o coletivo #Juntos, 11 personalidades corinthianas (entre elas, Basílio, Dinei e Biro-Biro) conduziram 7 pessoas, entre transplantadas e familiares. Eles entraram em campo enfileirados e deram uma volta no campo. Isso porque cada doador pode salvar até sete vidas.
“A doação de órgão ainda é preocupante e relativamente pequena perto das reais necessidades do Brasil. A principal dificuldade para o aumento do número de doadores é, exatamente, o baixo nível de informação sobre o assunto. Ter as pessoas disseminando essa ideia através de uma das maiores e mais importantes torcidas do Brasil, como o Corinthians, nos ajuda significativamente a impactar, através de um ato tão simples, sobre a importância da doação de órgãos. Apostamos na adesão da sociedade para tornar essa espera por um órgão menos longa e dolorosa”, afirma, Dr. Paulo Pêgo, Presidente da ABTO.
Por fim, o Time do Povo fará a Exposição #JUNTOS – Marcas de Uma Vida, no Átrio da Arena Corinthians, que tem como objetivo mostrar através de fotos a superação de pessoas das mais variadas etnias no pós-transplante, onde a cicatriz é verdadeiramente um sinal de vitória de uma nova etapa em suas vidas.
A corrente lançada pela ABTO chama atenção para os números no Brasil, mas principalmente para a falta de cultura da doação. O assunto ainda é tabu para muitas pessoas e esse estigma precisa ser quebrado. De acordo com o relatório anual da ABTO com estatísticas sobre a doação de órgãos no Brasil, hoje, no país, existem mais de 30 mil pessoas na fila à espera de um transplante e outras centenas de milhares estão espalhadas por todo o mundo. De 2015 para 2016, o Brasil obteve aumento de 3,5% nas doações, atingindo 14,6 doadores por milhão de população (pmp). Mas embora este resultado seja favorável, houve leve redução na recusa familiar no país, o que mantém o índice de rejeição ainda alto. Atualmente, 43% das famílias brasileiras entrevistadas não autorizam a doação dos órgãos.