Após um ano de investimento e experimentação de um modelo próprio de comunicação para marcas, focado única e exclusivamente em criatividade aplicada aos negócios – independentemente de seus formatos e pontos de contato –, Marcelo Siqueira e Wilson Mateos oficializam a operação da creative shop 11:11. Como resposta ao modelo tradicional de agências de publicidade, a operação visa otimizar verbas e processos, atuando como uma boutique 100% focada em criatividade e grandes ideias, bem como seus possíveis desdobramentos para solucionar os mais diferentes desafios de negócios dos anunciantes.
“Nos últimos anos, muitas empresas apareceram se classificando como creative shops, mas acabaram se tornando agências menores, com os mesmos processos e departamentos das tradicionais. Na 11:11, encontramos um modelo onde realmente nosso foco é só criação. E mais que isso: quem está à frente de tudo somos nós, os sócios, desde a reunião comercial e briefing até a garantia da entrega final. Não tem mídia e nem nada que não tenha a criação como protagonista do começo ao fim”, destaca Mateos, que junto com Siqueira responde como cofundador e CCO da 11:11.
Entre os mais experientes líderes criativos do mercado brasileiro, os dois sócios trazem no currículo passagens por algumas das mais icônicas e premiadas agências do Brasil, como F/Nazca S&S, AlmapBBDO, DM9DDB e Lew’Lara\TBWA. Siqueira passou ainda por Talent, Fbiz e Havas; e Mateos por Leo Burnett, Neogama/BBH, Y&R, CuboCC, 180LA e David & Goilath – essas últimas em Los Angeles (EUA). Da junção dessas experiências e aprendizados, trabalhando com muitos dos maiores anunciantes do mundo, veio a inspiração do negócio.
“Nas grandes agências, os líderes criativos colocam pouco a mão na massa e, quando muito, só para alguns clientes. Em paralelo, estão nascendo empresas de enorme potencial nos mais diversos segmentos, além de novas marcas relevantes dentro das grandes corporações. Esses clientes dão muito valor em poder conversar direto com quem vai criar a solução para o problema deles, alguém que tem essa experiência e não vai repassar o briefing para um profissional júnior depois de ganhar a verba. A gente ganha em agilidade, mas principalmente em estar envolvido de verdade na criação de algo que vai fazer diferença para o negócio dos clientes”, explica Siqueira.
Entre as empresas que já contaram com as soluções criativas da 11:11 estão Unilever, com marcas como Knorr, Maizena, Cremogema e Mãe Terra; Danone, Honda, Amaro, Luxottica/ Óticas Carol, Mosaic Fertilizantes e Pucmed – produtora uruguaia de cannabis medicinal. Só neste primeiro ano, em fase “beta”, foram 25 projetos para 13 clientes diferentes.
“Para a Mãe Terra, fomos desde a criação do novo conceito da marca à uma live explorando a parceria com a Ivete Sangalo e desdobramentos de conteúdo para social e OOH. Já para Honda, criamos o conceito e o roteiro de todos os episódios da série ‘Explore seus mundos’, em trabalho em conjunto com Publicis, Violeta e Canal Sony. Teve ainda o reposicionamento da marca Amaro, social listening & response para Maizena, endomarketing para Luxxotica/Óticas Carol e rebranding + comunicação B2B de Pucmed, cases que mostram um pouco do nosso ideal: ter e desenvolver ideias que fortaleçam a comunicação e os negócios das marcas, sem amarras ou formatos”, reforça Mateos.
O modelo de trabalho se adequa a KPIs claros definidos em parceria com os clientes, que podem ir desde aumento de vendas e percepção de imagem à entrega de um novo posicionamento – cobrando exclusivamente por essas entregas. Segundo os sócios, mesmo sem os demais departamentos, o modelo se sustenta pela atual maturidade do mercado e dos anunciantes, que muitas vezes já atuam com estruturas de comunicação internas ou aceitam a atuação de parceiros ocasionais.
“Claro que as outras disciplinas importam e uma ideia não é nada sem execução. Mas acreditamos que tudo funciona melhor quando cada especialista se dedica e entrega aquilo que faz de melhor. Muitos clientes têm áreas completas de mídia e dados internamente, com as quais podemos trabalhar juntos. Também há no mercado uma série de operações especializadas em UX, produção e outras disciplinas que plugamos caso haja necessidade. Nesse curto tempo, trabalhamos até em parceria com agências in-house e tradicionais, liderando e turbinando esse processo criativo de acordo com o desafio de comunicação”, explica Siqueira.
“Se em muitas agências hoje os líderes saem repetindo que criação virou commodity, a tese por trás da 11:11 é justamente mostrar que ela continua sendo e sempre será a parte mais valiosa do nosso negócio. É por isso que nosso sobrenome é ‘The Challenger Company”, finaliza Mateos.