domingo, dezembro 22, 2024
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Wieden+Kennedy SP e Angústia estreiam Cativeiro

Uma elefanta que passou a maior parte dos seus 45 anos em circos, um bezerro treinado para fugir, um peixe que não sabe que vive em um aquário. Essas e outras parábolas são o pano de fundo da produção Cativeiro, projeto de videoarte assinado pela agência Wieden+Kennedy SP e a produtora Angústia.

Mariana Borga, diretora de criação da W+K e uma das roteiristas da obra, revela que “apesar de o projeto ter começado com o resgate da elefanta Lady em 2019 e ser bem anterior às políticas de distanciamento social provocadas pela pandemia, é inegável a pertinência que a circunstância do confinamento dá à nossa mensagem”.

O filme é composto de cinco capítulos e propõe uma reflexão sobre cativeiros reais e subjetivos. Filmada na Paraíba, onde Lady vivia antes de ser transferida para um santuário, a obra revela outros detalhes da cultura e paisagem da região, como o boi Salgadinho (invicto há 40 corridas de “Pega de Boi”), a dura realidade dos circos paraibanos e a formação rochosa do Lajedo de Pai Mateus.

Para o diretor de cena Fabrício Brambatti, também conhecido como Urso Morto, “o filme é um convite para refletir os nossos cativeiros, não existe certo e errado aqui. Cada um cria seu próprio cárcere em sua cabeça e por isso a obra traz diferentes exemplos, aparentemente desconexos, que traduzem diferentes percepções de enclausuramento, destino e liberdade”.

Além do vídeo completo, o projeto conta com um perfil no Instagram (@ca.ti.vei.ro) com fotografias e recortes únicos para enriquecer a reflexão sobre o tema.

Renato Simões, diretor-executivo de criação da Wieden+Kennedy SP e produtor-executivo da obra, revela que “este é um projeto autoral, experimental, com o qual tentamos explorar diferentes facetas do que significa viver em cativeiro. O vídeo não tem a pretensão de trazer respostas, e sim questionamentos sobre o tema”. Eduardo Lima, também diretor-executivo de criação da W+K e produtor-executivo da obra, acredita que “realizar ideias como esta é uma forma de nos relacionarmos cada vez mais intimamente com as tão maltratadas cultura e arte do nosso país”.

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