domingo, dezembro 22, 2024
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Repense cria campanha: “Bom pra saúde, bom para a economia” para a ACT Promoção da Saúde

Com o lançamento da campanha “Bom para a saúde, Bom para a economia” a partir desta semana, a ACT Promoção da Saúde e Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável pretendem mobilizar a população e chamar atenção de parlamentares de que o imposto sobre bebidas açucaradas devem ser incluídos no projeto de reforma tributária, que vem sendo discutido na Câmara e no Senado. Sob o conceito “Tributo Saudável”, a campanha integrada e com alcance nacional tem criação da agência Repense.

Para Paula Johns, diretora geral da ACT, o debate sobre economia não pode ser desvinculado da saúde: “Nossa campanha quer alertar a população sobre aumento de tributos de um produto que causa doenças à sociedade, pois contribui para a obesidade, que por sua vez é um fator de risco para diabetes e outras doenças, que sobrecarregam o sistema de saúde. A reforma tributária tem que ser uma forma de reparar estas distorções”, afirma.

“Existe um grande desafio em desenvolver uma campanha como essa porque se trata de confrontar uma indústria muito poderosa e com um apelo muito sedutor para o consumidor. São anos de comunicação em massa de produtos açucarados fazendo com que as pessoas não questionem o que estão consumindo. A criação do conceito Tributo Saudável como guarda-chuva da campanha deixa claro para todos o caminho certo a ser seguido pela sociedade, beneficiando, principalmente neste momento, a saúde das pessoas e a economia do país.”, comenta Alexandre Ravagnani, diretor executivo de criação da Repense.

Para mobilizar as pessoas pelo apoio ao Tributo Saudável (https://www.tributosaudavel.org.br/) as peças de comunicação – filme, anúncios, mídia Out of Home, spots de rádio e estratégia digital – buscam conscientizar os consumidores para que tenham mais clareza da quantidade de açúcar que ingerem e saberem os malefícios para a saúde.

O filme Teste Cego, com autoria da 1121 e concebido pela Repense, que será veiculado na TV e no ambiente digital traz com tons realistas a história de Severino do Nascimento, que nasceu com visão normal. Hoje, ele não enxerga em consequência da diabetes tipo 2, problema diretamente associado ao consumo de bebidas açucaradas, que desde criança fizeram parte da sua rotina.

A iniciativa desse tipo de tributação vinculada a uma campanha de conscientização segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para reduzir o consumo desses produtos e  já vem gerando resultados positivos em diversos países: Inglaterra, França, África do Sul, Chile Noruega, Finlândia, Portugal, México. No Brasil, a campanha tem como foco inicial as bebidas adoçadas, refrigerantes e sucos de caixinha.

A proposta do Tributo Saudável pode significar um aporte de recursos importante para saúde do Brasil, uma vez que a quantia arrecadada com os novos tributos seja destinada para investimentos nessa área. O Sistema Único de Saúde (SUS) não se beneficiaria apenas com o aumento das verbas mas também com a queda nos índices de obesidade atua na redução da incidência das DCNTs – entre elas, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e renais, alguns tipos de câncer (incluindo mama, ovários, endométrio, próstata, fígado, rim, vesícula biliar e cólon,  agravos que respondem por números significativos de mortes e drenam a maior parte da verba do sistema.

Para a ACT, o combate à obesidade depende de um conjunto de políticas públicas que, além da tributação, considerem a regulamentação da publicidade de alimentos, a adoção de rotulagem nutricional frontal de advertência para nutrientes críticos em excesso, e a promoção de ambientes mais saudáveis, com a proibição da venda de produtos nocivos em ambientes institucionais como as escolas.

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