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Paraná é o quarto estado com mais agências de comunicação no Brasil

A pandemia e o boom tecnológico revolucionaram os negócios em todo o planeta e com o setor de comunicação não foi diferente. As agências de comunicação corporativa fazem parte de um cenário cada vez mais focado em dados, na experiência do cliente e também nas questões ambientais, sociais e ligadas à governança. Um balanço sobre esse cenário e as tendências de mercado foi apresentado no Anuário da Comunicação Corporativa 2023, divulgado nessa terça-feira (16) pela Mega Brasil, e o Paraná se destaca nesse segmento a nível nacional e, em especial, regionalmente, no Sul do país.

No estudo, o Mapa das Agências de Comunicação apontou que há 900 agências e 72 filiais espalhadas por todo o Brasil. O Paraná, representado por 45 agências (4,6%), é o estado com o quarto maior número de agências de comunicação, enquanto Curitiba é a quarta cidade com empresas do gênero, com 3,2% do total.

O ranking também aponta que das seis maiores agências de comunicação no sul do país, cinco estão em território paranaense (Savannah Comunicação, Central Press, V3COM, Excom Comunicação e Página 1 Comunicação). As empresas são superadas no ranking apenas pela agência gaúcha Happy House. A Região é a segunda com mais agências no país, com 99 no total (10,1%).

Entre os destaques do Anuário Mega Brasil, as agências Savannah Comunicação e Central Press também aparecem no ranking nacional das grandes e médias agências do Brasil, com, respectivamente, os faturamentos de R$ 6.229.115,00 (47º) e de R$ 5.392.024,00 (54º).

A nível nacional, as 972 empresas de relações públicas e assessoria arrecadaram, em 2022, R$ 4,88 bilhões no Brasil, ou seja, um crescimento de 31,4% em relação ao faturamento bruto do ano anterior.

Case de sucesso

Savannah Comunicação, que nasceu em 2004 na cidade de São José dos Pinhais, município da região metropolitana de Curitiba, ocupa o primeiro lugar no ranking do estado pelo terceiro ano consecutivo, além de ser a vice-líder da Região Sul e 47º lugar no mercado brasileiro. A empresa ampliou as atividades além das fronteiras paranaenses e aposta na descentralização além de ações inovadoras. “Eu acredito que isso é fruto de uma coisa que se chama ousadia. Quando o clima de negócios não é bom, ele favorece só quem aposta, quem acaba tendo ousadia. E a gente teve”, comenta o diretor-geral da agência, Michel Rodrigues.

Faturamento e tamanho da equipe, além das questões relacionadas à inovação, foram fatores preponderantes para que a Savannah atingisse mais uma vez esse feito, sobretudo devido à descentralização, que se tornou um know-how e ganhou ainda mais força durante a pandemia. “Equipe e clientes descentralizados, em praticamente todo o Brasil. Talvez um estado ou outro, às vezes, a gente pode não atender neste momento, mas temos a equipe com condições de atender o país todo”, avalia Michel Rodrigues.

Inovação em foco

Os resultados do Anuário da Comunicação Corporativa 2023 mostram que, diante da evolução da inteligência artificial e das novas tecnologias, as agências precisam urgentemente aprender a utilizá-las em seus negócios, nos negócios dos clientes e ainda investir na capacitação dos seus profissionais. Em outras palavras, é preciso aceitar, absorver, entender e seguir essa evolução.

Prova disso é que, de acordo com o levantamento, 18% das agências têm planos, em 2023, de crescer na área de mídias digitais, apps e marketing digital. Para 17,3% delas, criar novos produtos ou desenvolver ainda mais os que já existem é uma meta prioritária. Tecnologias digitais como bússola e termômetro da comunicação corporativa, entre outras aplicações inovadoras também estão entre alguns dos itens apontados pelo levantamento.

Outro ponto marcante é a presença do ESG como princípio norteador na gestão de reputações corporativas, uma aposta maior no RH para assegurar estratégias de atração, desenvolvimento e retenção de talentos. Segundo o Anuário Mega Brasil, as agências têm se dedicado a um trabalho de excelência com dados e sabem que um time extremamente preparado se tornou pré-requisito. Não à toa, 12% delas querem ampliar ou qualificar a equipe.

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