domingo, dezembro 22, 2024
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Instituto Gloria conscientiza sobre a violência contra a mulher por meio de artes que sofrem intervenções em Brasília

Murais de grafite com a proposta de conscientizar a sociedade sobre a naturalização de agressões contra a mulher chamaram a atenção do público na cidade de Brasília. O trabalho – que busca chamar a atenção para o dia 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher -, faz parte da iniciativa “Não deixe ela virar paisagem”, realizada pelo Instituto Gloria, plataforma de transformação social que possui uma rede de apoio para combater o ciclo de violência contra mulheres e meninas. A ação é assinada pela Artplan, com o apoio do Metrô DF e demais parcerias de veículos e empresas de comunicação.  

Apesar da similaridade das artes – criações das artistas Key Amorim (@keyamorim) e Ganjart (@ganjart3) e disponíveis nas estações de Metrô Praça do Relógio e Águas Claras, respectivamente – há uma diferença que singulariza o trabalho de cada artista: enquanto Key Amorim ilustra uma mulher negra, Ganjart desenha uma mulher branca. O objetivo é sinalizar que a violência doméstica não escolhe cor, etnia ou classe social. Durante cinco dias, quem passou pelas obras com o olhar mais atento teve a oportunidade de perceber a transformação das ilustrações femininas, de uma representação confiante e sorridente para semblantes tristes e inseguros, cujas mudanças representam diversos tipos de violência, como física, psicológica, patrimonial e moral.

Ambos os grafites sofreram as mesmas alterações e todas as intervenções no Metrô aconteceram durante a noite, como forma de representar o silêncio muitas vezes existente em casos de violência contra a mulher.  A iniciativa também contou com mobiliários urbanos espalhados por Brasília, com réplicas da artista Key Amorim, reproduzidas digitalmente. Estes, igualmente, foram trocados durante a madrugada, com as mesmas modificações realizadas junto ao muro de sua estação correspondente.  Já a figura da mulher representada por Ganjart foi projetada em alguns painéis da cidade, seguindo a mesma lógica do mural.

Os grafites e a arte digital foram finalizados nesta sexta, dia 24 de novembro, revelando a seguinte mensagem: “Vários tipos de violência aconteceram nesse muro, mas muita gente não percebeu. Não deixe a violência contra a mulher virar paisagem. Denuncie. Ligue 180”. No mural, há também um QR Code, que direciona as pessoas para que possam ver a transformação completa da obra em um sistema de realidade aumentada.

“Violência contra a mulher sempre esteve relacionada com processos culturais, ou seja, tão normalizadas que impactam na não percepção social. Tudo vira paisagem. E o reflexo desta aceitação é o aumento contínuo da violência contra nós, mulheres”, conta Cristina Castro, fundadora e CEO do Instituto Gloria.

“A iniciativa busca cumprir um dos papeis da comunicação, de ser o instrumento de conscientização e colocar o assunto em pauta. Escolhemos o grafite, sempre tão vivo, para que o Instituto Gloria possa sensibilizar a população sobre um drama social, que é a naturalização da violência contra a mulher, a partir de uma perspectiva artística. A sutileza intencional das agressões observadas nos grafites são as mesmas que muitas vezes não enxergamos em mulheres que estão sofrendo violência. Não é só uma intervenção em meio à cidade. É um grito de basta.”, diz Cacá Malta, diretora de Atendimento da Artplan.

A ação “Não deixe ela virar paisagem” surge em um momento agravante, em que o gênero feminino é a principal estatística do mapa brasileiro da violência. Só em 2022, foram registrados 1.437 casos de violência à mulher no País, um aumento de 6,1%, em comparação com 2021 – quando foram relatadas 1.347 situações de vulnerabilidade, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública 2023. O feminicídio também foi um dos crimes que teve aumento de registros no último ano. Sete em cada 10 mulheres perderam a vida dentro de casa, sendo assassinadas por parceiros íntimos (53,6%), ex-parceiros íntimos (19,4%) ou familiares (10,7%).

Ficha técnica

Agência: Artplan Comunicação
Cliente: Instituto Gloria

Campanha: Dia Internacional de Combate à Violência Contra Mulheres e Meninas

Aprovação no Cliente: Cristina Castro

Diretor-Geral: Duda Moncalvo

Diretor Executivo de Criação: Gustavo Tirre

Diretor de Criação: Gustavo Dois e Thiago Diniz

Diretor de arte: Yan Viana

Redatora: Ariane Melo

Gerente de Conteúdo: Nara Grilo

Conteúdo e engajamento: Maria Elisa Medeiros, Gabriela Magalhães e Paula Ribeiro

Diretora de Atendimento: Cacá Malta

Equipe de Atendimento: Renata Vinagre, Roberta Martins e Eduarda Ximenes

Diretora de Operações: Rosa Estrella

Gerente de Projetos: Samya Barron, Bárbara Abreu e Caroline Coutinho

Diretor de Planejamento: Fernando Torres

Equipe de Planejamento: Ana Reis e Ana Quintiliano

Diretora de Mídia: Maíra Orempuller

Equipe de Mídia: Vivianne Amaral e Adreson Nava

Equipe de Tecnologia Criativa: Nandico Aquino, Veri Pomarico, Cáren Nakashima

Diretor de Creative Data: Diogo Bobsin

Equipe de Creative Data: Larissa Alves, Fernanda Melo, Rafael Melo e Wilas Santos

Diretor de Produção: Daniel Oda

Equipe de Produção e RTV: Sayuri Hirako, Julia Maia, Marcela Motta, Jadson Douglas e Amanda Nobre

Comitê de Diversidade: Débora Moura

Equipe de RP: Cláudia Nascimento e Luciana Thomaz

Artistas (Grafiteiras): Key Amorim e Ganjart

Apoio: Metrô DF

Parceiros: Trilha OOH, JC Decaux,  Influ, Demarest, Só Reparos, Malala Filmes, Jade Hotel, Mpv7, Nokaute, Storm Lab, Cantucci Osteria, Neooh, Bdrops, Fluxo Mídia, Ledme, SBT, Metrópoles, Metrix Creators, Vivo Ads, Portal Terra, Portal Uol, Range, Clear Channel, Goon, Tomi, 29 Horas, Tv Movimento, BTarts Agenciamento e R2 Produções.

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