O Agosto Lilás, dedicado ao combate à violência contra a mulher, vai marcar a comemoração de 18 anos da entrada em vigor da Lei Maria da Penha num momento político conturbado no Brasil. Para valorizar as conquistas da sociedade com a maior proteção legal às vítimas e todas as vidas que já foram salvas, a Grey Brasil criou um filme para veiculação na TV Globo a partir desta sexta-feira, dia 9.
Com os motes “Pára é pára”, “Chega é chega, “Acabou é acabou” e “Não é não” abrindo a locução, a produtora Cabaret enfrentou o desafio de criar uma trilha sonora minimalista, simples e óbvia. O conceito foi desenvolvido a partir de duas notas: a primeira estabelece o tom, enquanto a segunda desestabiliza através da dissonância, trazendo a tensão e o impacto necessários.
“Também foi essencial construir uma narrativa sonora crescente, sem perder a simplicidade do conceito. Para isso, a dinâmica e a dobra das duas notas em diferentes oitavas foram trabalhadas, aumentando a intensidade ao longo da peça. O resultado é uma trilha que provoca um nó no estômago e causa desconforto do início ao fim”, explica Cayto Trivellato, produtor e sócio da Cabaret.
A peça termina com a mensagem celebrando os 18 anos em que a Lei Maria da Penha vem fazendo com que “óbvio seja óbvio” e o número 180 em destaque, que recebe denúncias 24 horas por dia. O Brasil é hoje o quinto país com maior número de assassinatos de mulheres, de acordo com dados do Instituto Maria da Penha. A lei Maria da Penha, no entanto, é considerada uma das três melhores do mundo para proteger mulheres.
Regina Celia Barbosa, Vice-presidente Instituto Maria da Penha, afirma que a ideia da campanha tem como objetivo primordial valorizar as conquistas da sociedade com a lei nessas quase duas décadas e também uma resposta a movimentos ultraconservadores que tentar minimizar a importância da lei nesse período. “A luta precisa ser de toda a sociedade. Precisamos chamar a população para esse combate à violência doméstica que acaba atingindo todos. Estamos falando de mulheres de todas as faixas sócio-econômicas. Precisamos enaltecer a lei, e a figura da Maria da Penha”.
“A exposição incrível da Globo nos permitirá atingir o número máximo possível de pessoas para amplificar a relevância que essa lei tem hoje e como ela pode salvar vidas”, afirma Fernanda Peka. “É uma luta bastante solitária da qual temos orgulho em contribuir”, afirma, Mariana Horta.
Maria da Penha, que inspirou a lei após ficar paraplégica por conta da violência sofrida pelo marido, mora hoje no Ceará. Ela é a fundadora do Instituto que leva seu nome e conta hoje apenas com a ajuda de voluntários, em especial depois que a verba de combate à violência doméstica foi cortada pelo último governo.
“Não se trata apenas de violência física, mas também emocional, agressão psicológica que muitas vezes é pior do que a agressão física. E temos hoje parte da sociedade que abraça um discurso machista, conservador, o qual vemos mulheres sendo atacadas na política, com agressores de mulheres se fazendo de vítimas e concorrendo a cargos públicos”, afirma o (a) executivo do Instituto Maria da Penha, que hoje se dedica a trabalhos de prevenção, em escolas, formando profissionais de saúde e educação para identificarem lares com violência doméstica.
FICHA TÉCNICA
Cliente: Instituto Maria da Penha
Título: Lei Maria da Penha
Agência: Grey Brasil
Presidente e CCO: Manir Fadel
Diretor Executivo de Criação: André Gola
Diretora de Criação Associada: Fernanda Peka
Redator: Mariana Horta
Conteúdo: Bruno Borghi
Tráfego: Ester Calachi
Head de Negócios: Priscilla Telles
Equipe de negócios: Marília Grespan
Head de Estratégia de Dados: Mariana Pagano
Estratégia: Patrícia Barletta, Graziela Rovito
Head de Produção: Fabiano Beraldo
Produção: Nadia Agudo
Produtora de Imagem: Paranoid
Diretor: Heitor Dhalia
Produtor Executivo: Marcel Weckx
Atendimento: Náthalie Vieira
Coordenadora de Pós: Paula Solano
Assistente de Coordenação de pós: Igor Luís
Assistente de Finalização: Kaio Shot
Produtora de Som: Cabaret
Produção Musical e compositor: Guilherme Azem
Mixagem: Gab Scatolin
Finalização: Mauro Kuschnir
Atendimento: Ingrid Lopes, Fernanda Crespo e Bárbara Russiano
Coordenação: Mavi Capelasso, Leonardo Vieira e Débora Mello
Locução: Chandra Lima