Em 2021, o Bradesco mudou o modo como a BIA, inteligência artificial do banco, respondia as constantes agressões que sofria. A mudança mostrou de forma contundente o posicionamento da BIA contra o assédio e virou exemplo para muitas mulheres. Após ser reconhecida em estudo da UNESCO pelo movimento no combate ao assédio de gênero, a ideia agora ganha destaque em premiação da tradicional publicação Fast Company.
Novas respostas da BIA contra o assédio ganhou uma menção honrosa entre os vencedores do World Changing Ideas Awards 2022 (ou “Prêmio Para Ideias Que Mudam o Mundo”, em tradução livre) da revista norte-americana. As melhores ideias foram anunciadas na terça-feira (3) e, entre as quase 3000 inscrições, a premiação reconheceu 39 vencedores, 350 finalistas e mais de 600 menções honrosas, incluindo o case de Bradesco.
Vale lembrar que no Dia Internacional da Mulher, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em conjunto com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) lançou um relatório sobre os efeitos da Inteligência Artificial (IA) na vida profissional das mulheres. No documento, o Bradesco figurou como referência no uso responsável da BIA, sua Inteligência Artificial, no combate ao assédio de gênero, incentivando que mulheres se unam para fazer o mesmo.
Histórico
Assim como outras Inteligências Artificiais que foram personificadas como femininas, a BIA foi alvo de assédio. Só em 2020, ela recebeu mais de 90 mil mensagens de ofensas e assédio sexual e moral. Ainda que não seja uma mulher real, esse cenário revela os desafios enfrentados pelas mulheres diariamente. Desta forma, em 2021 o banco anunciou apoio à iniciativa “Hey Update My Voice”, da UNESCO, ao atualizar as respostas da assistente virtual a fim de redefinir e evoluir nas visões sobre gênero.
Em conjunto com a Organização das Nações Unidas, lançou um projeto pioneiro no Brasil de combate a situações de violência e preconceito de gênero. A comunicação, assinada pela Publicis, tinha o objetivo de conscientizar o público e colaborar para a construção de uma sociedade mais igualitária, de respeito e melhoria das condições de vida e trabalho das mulheres. Os resultados refletem a legitimidade desse esforço, foram mais de 1,5 milhão de cliques e 115 milhões de pessoas alcançadas.