No mundo on-line as decisões são cada vez menos planejadas e cada vez mais realizadas por impulso. A distância do botão “Comprar” é infinitamente menor do que a gôndola de um produto no supermercado mais próximo. Por isso, o engajamento do consumidor tem que acompanhar esta dinâmica e as estratégias hard sell de marketing têm que ser mais diretas e certeiras.
A Bullet, agência especializada em promoções para grandes marcas, elaborou um infográfico com as principais promessas das instituições financeiras na disputa pelo PIX e fez uma análise do mercado.
Os bancos e as Fintechs estão disputando a atenção do consumidor, com promessas de 5, 10 e até 50 reais por transação, cash back de 10%. E até sorteio de 1 milhão de reais, mas se perguntarmos hoje para um consumidor o que cada banco oferece de melhor, ele não saberá dizer.
Segundo Fernando Figueiredo, CEO da Bullet, “ a ação promocional funciona se a ideia criativa por bem pensada e executada. O prêmio não pode ser simplesmente um pretexto. As marcas precisam entregar algo de valor, precisam entender a forma de distribuir este valor agregado para se diferenciar da concorrência.”
Ele complementa: “O Santander, por exemplo, está sorteando um prêmio de 1 milhão enquanto o PicPay da 10% de cash back para todas as transações. Tem consumidor que prefere correr para o certo do que para o incerto.”
A corrida do PIX se assemelha muito com a guerra das minutagens das operadoras.
“Então, antes de sair perguntando “quem quer dinheiro”, é necessário pensar exatamente naquilo que vai fazer o consumidor ser impactado, prestar atenção, ouvir a mensagem, refletir sobre o assunto, e apertar o botão “cadastrar”.
Passada a guerra pelos cadastros, as instituições tem um desafio ainda maior “ o desafio de cadastro era grande, o serviço não oferece grandes diferenciais por instituição, mas agora os bancos precisam manter seus clientes na base, a facilidade de migração empodera as pessoas” diz Mario Casanova, head of planning da Bullet.
Mais do que nunca o segredo está no relacionamento com os clientes e as instituições precisam se conectar e estabelecer o diálogo colocando o consumidor cada vez mais no centro dessa relação.