A Bullet, que comemora 30 anos este ano, dá um grande passo ao investir na sua operação para o mercado internacional. O movimento será liderado pelo sócio e CEO Fernando Figueiredo, que já está de malas prontas para a Flórida. No entanto, Feof, como é conhecido no mercado, segue no posto de CEO da Bullet, ao lado de seus sócios Mentor Muniz Neto (CCO) e Adriana Ribeiro (COO), ficando numa frequente ponte-aérea entre as duas operações. Lá, terá como missão fomentar os negócios da agência através de clientes em toda a América Latina.
“A demanda sempre existiu e era realizada a partir do Brasil. No entanto, a grande maioria dos clientes regionais parte dos Estados Unidos, por isso decidimos ficar mais perto desse centro de decisões”, explica o executivo que relembra cases da agência exportados para fora do país, como o conceito criativo para Knorr para toda a América Latina, Convenção de Vendas da Whirlpool em Chicago, Embratur em Bruxelas e o projeto de conteúdo para a TAM no Chile e na Venezuela, além de um roll-out de eventos do Google.
A maturidade em que a Bullet se encontra hoje foi o ponto determinante para a criação da melhor oportunidade e investimento na realização desse projeto. O dia a dia da agência já está nas mãos de uma nova geração jovem, talentosa e atuante. Eduardo Andrade, diretor de negócios associado e Cesar Leite, diretor de criação associado ocupam a liderança da Bullet no cotidiano, conduzindo os projetos com sucesso. “O resultado disso é um 2016 com crescimento de dois dígitos apesar da crise econômica do país e um primeiro semestre de 2017 como nunca vimos antes”, afirma Figueiredo. “Adriana, Neto e eu estamos focados na estratégia da agência e garantimos condições para que Eduardo e Cesar façam o que tem que ser feito”, afirma.
Com um crescimento de 28% no primeiro semestre, conquistou clientes importantes, como Café do Ponto, Petix, Globosat e Shopping Iguatemi, além de Volkswagen, que voltou a ser atendida pela agência. De acordo com o executivo, esse resultado vem da abertura para a publicidade (aderindo o processo de compra de mídia que já responde a 25% de sua receita), criando, produzindo e veiculando projetos completos e transformando a empresa numa agência de ideias, que foge de rótulos ou caixinhas, o posicionamento Think Share Sell, anunciado em fevereiro do ano passado.
A Bullet US terá um time de gestão local e atuará como um hub criativo e de execução para as Américas. O objetivo é internalizar o trabalho de coordenação regional que hoje é feito pelo próprio cliente, centralizando informações e implantando país a país a ideia. Para Fernando Figueiredo, além de garantir um padrão de qualidade dos projetos no mundo, a novidade ainda trará agilidade e capilaridade: “O cliente demanda para a Bullet US, que através de métodos de controle garantirá qualidade e padrão criativo, além de controle de pricing, permitindo que tudo o que for feito em diferentes países das Américas tenha o mesmo selo”, explica.
Na prática, isso será possível porque a Bullet US trabalhará em conjunto com a Bullet do Brasil, numa forte relação entre as duas operações, além da criação de uma network eficiente de parceiros globais e de agências regionais. Por isso, a agência brasileira segue como o principal polo criativo e estratégico de todo o negócio: “O que for demandado para a Bullet US será criado e planejado pela empresa no Brasil, mas coordenado, controlado e executado pela equipe local da operação norte-americana”, ressalta o CEO.
Entre os clientes da agência que de imediato poderão se beneficiar nesse novo modelo estão Google, Diageo, Azul Linhas Aéreas, Electrolux, Pepsico e P&G, que já possuem forte atuação na região.