Na última segunda-feira, 26, a Bullet apresentou o BITT – Bullet for Innovation, Trends and Technology, plataforma idealizada pela agência com a premissa de identificar novas tendências e tecnologias de diversas vertentes com DNA de inovação.
Por meio de encontros entre especialistas, clientes, parceiros e o time da agência, a Bullet pretende fomentar o ambiente dos negócios com tendências, inovações e propostas de soluções para os maiores problemas enfrentados pelas marcas num mundo em constante movimento. Por isso, o BITT contempla a captação, produção e disseminação de conteúdos que tragam insights a respeito de transformações comportamentais, influências de consumo, oportunidades que nascem a partir da inovação, impacto dos novos caminhos na economia, entre outros temas contemporâneos, visando justamente a geração de novos negócios.
“Inovação sempre esteve em nosso DNA. Mais do que fortalecer o nosso posicionamento, queremos liderar essa discussão e trocar experiências com os mais diversos profissionais e segmentos”, comenta Eduardo Andrade, diretor geral de negócios da Bullet. “Queremos provocar o mercado com novas ideias, talvez causando um rápido desconforto. Ao mesmo tempo, vamos apresentar as soluções, saindo do inteligível para o tangível e mostrando que estamos prontos para entregar projetos inovadores e funcionais”, conclui.
Com ações presenciais e digitais, que vão desde reuniões internas e workshops a eventos e painéis de debate abertos a clientes, parceiros e formadores de opinião, o projeto proprietário da agência visa entregar materiais relevantes ao mercado, seja por meio de vídeos, podcasts ou iniciativas de CRM. Parte do conteúdo será disponibilizado também nas plataformas sociais da Bullet, como o Facebook.
Em seu primeiro ano, o BITT abordará pelo menos quatro temas. O primeiro encontro aconteceu hoje e trouxe como pauta o tema Mobilidade.
Sob o tema “Consumo na Era da Mobilidade”, a Bullet marcou o lançamento da plataforma nesta segunda-feira (26) com um encontro entre Ricardo Amorim (economista, jornalista e presidente da Ricam), Daniela Cachich (VP de marketing da Pepsico), Diego Figueredo (CEO da Nexo) e Bruno Nardon (CEO da Rappi), que compartilharam ideais para discutir o tema. O debate, mediado pelo sócio e CCO da Bullet, Mentor Muniz Neto, aconteceu no WeWork Faria Lima, em São Paulo, e contou com a presença de executivos de empresas como asics, Avianca, BMW, Cielo, Coca-Cola, Danone, Heineken, Mondelēz, Nestlé e VTEX, entre outras.
Como a mobilidade influência a economia e as marcas? Como anunciantes precisam se relacionar com esse novo consumidor que, hoje, com a tecnologia, tem tudo ao alcance de suas mãos sem sair de casa? Hoje a tecnologia indica o meio de transporte mais rápido para o trajeto desejado, faz comparativo de preços entre serviços de táxi, avisa que horas é preciso sair de casa para chegar a um determinado local, promove a possibilidade do compartilhamento. São pontos como esses que tornaram Mobilidade o primeiro tema abordado pelo BITT, sob o aspecto da inovação, já que passa por questões como a própria tecnologia, a arquitetura, o urbanismo, a economia, os relacionamentos interpessoais, as políticas públicas e as iniciativas privadas.
Mentor Muniz Neto iniciou o papo entre os convidados com uma provocação: “Mobilidade é um vício? As novas gerações são viciadas no mobile?”. Para Ricardo Amorim “informação e conectividade sempre viciaram. As novas tecnologias foram criadas para que não nos desconectemos delas. Vício é o digital. Não se trata apenas de mobilidade, mas sim de facilidade e conveniência aliadas à movimentação, trazendo à tona a história do Omnichannel que, diga-se de passagem, veio para ficar”.
“Para quem não nasceu na era digital, pode parecer um vício. Para mim, mobilidade é a forma como meus filhos vivem. Hoje, jovens de 18 anos não querem mais tirar carteira de motorista pois, para eles, não ter carro é ter liberdade. Não acho que seja um vício, mas uma nova maneira de viver que tem seus prós e contras”, comentou a vice-presidente de marketing da Pepsico Daniela Cachich.
Complementando a discussão, o CEO da Rappi, Bruno Nardon, ressaltou que “mobilidade é a comodidade e conveniência de conseguir passar a informação muito mais rápido. Hoje, a liberdade para as pessoas está no celular. O mobile é uma maneira nova de se comunicar com pessoas, serviços e marcas de uma forma muito mais fácil e rápida”. Na mesma linha, o CEO da Nexo, Diego Figueredo lembrou que “os smartphones são a maior revolução que já vimos relacionada à mobilidade. Hoje, se quisermos, é possível explorarmos o mundo todo sem sair de casa”.
Indo além na discussão, olhando para mobilidade no consumo também numa era onde a publicidade invasiva está em pauta, Daniela Cachich afirmou que “é importante entender o que é relevante para as pessoas. Quando você entende o que é relevante para aquelas pessoas, você deixa de ‘persegui-lo’ como marca e se torna de fato relevante”. A executiva da PepsiCo ainda completou ressaltando que “as marcas precisam entender que muitas vezes ela será apenas um canal que possibilitará uma experiência ao consumidor, não necessariamente expondo seus produtos”. Justamente por isso, Ricardo Amorim enfatizou que “as marcas precisam entender que as pessoas passaram a ter voz e, aquelas que não entenderem isso podem morrer. Querer construir uma relação de forma invasiva, acaba afastando o consumidor da marca, tornando a experiência negativa. É preciso construir uma relação verdadeira, de credibilidade e, sobretudo de forma personalizada. Contar uma história que vá na contramão do que é entregue acaba, em algum momento, matando a marca”.
Já dentro de mobilidade e tecnologia, os questionamentos estiverem em torno da inteligência artificial e se a mesma extinguirá o trabalho humano e profissões daqui para frente. Figueredo foi enfático: “Teremos que nos transformar. As empresas não avaliam mais currículos e, sim, experiências e habilidades. Aquilo que as pessoas de fato vivenciaram será o diferencial. As habilidades pessoais contarão muito mais daqui para frente”. Já Amorim concluiu firmando que “no futuro não se falará mais em profissão, mas sim em habilidades. Porque habilidades valiosas, como a capacidade de se relacionar e se comunicar com as pessoas, a capacidade de reinvenção, de errar e de aprender com os erros, são estritamente humanas e perdurarão”.