Com o objetivo de ampliar o conhecimento da sociedade sobre o uso de termos incorporados ao vocabulário cotidiano, mas que trazem consigo uma conotação pejorativa, a Binder criou uma ação colaborativa para a Ação da Cidadania: o Dicionário da Cidadania.
Por meio desta plataforma online (clique aqui para acessar) é possível pesquisar palavras e até incluir expressões que possam, de alguma forma, serem ofensivas a um determinado grupo social. O dicionário sugere também termos mais assertivos para cada expressão, mantendo o diálogo aberto de forma empática.
Entre as expressões e palavras presentes no dicionário estão “gordo, mas lindo de rosto”, “não sou tuas negas”, “pessoas especiais”, “baianada” “samba do crioulo doido”, “paraíba”, “judiação”, entre outras já arraigadas na cultura brasileira, mas que podem ser ofensivas.
“Ainda hoje vemos pessoas usando palavras e termos que, no passado, eram normatizados e, hoje em dia, são ofensivos. Um exemplo é a palavra “traveco” que causou um amplo debate social em um dos maiores reality shows do Brasil. Nossa ideia, desde o início, era fazer com que as pessoas estivessem abertas a uma mudança de comportamento. São pequenas mudanças que geram grandes diferenças para toda a sociedade”, explica Tati Rodrigues, diretora de Arte da Binder.
“Para nós exercer a cidadania não é apenas combater à fome, nosso papel é garantir a dignidade humana e o bem estar das pessoas. E o dicionário chega como uma ferramenta colaborativa e acessível, onde todos podem aprofundar conhecimento e proporcionar reflexões sobre respeito e diversidade”, explica Rodrigo “Kiko” Afonso, diretor-executivo da Ação da Cidadania.
Lançada no Dia da Visibilidade Trans, comemorado no dia 29 de janeiro, e que marca os desafios que as pessoas trans enfrentam cotidianamente, a iniciativa está sendo divulgada nas redes sociais da Ação da Cidadania.