Realizada na sexta-feira (18), em São Paulo, a reunião nacional da Abap (Associação Nacional das Agências de Publicidade), reuniu associados de todo o Brasil para discutir os rumos da atividade e novas iniciativas no modelo de negócio que estão em andamento. Além de apresentar formalmente o Protocolo de Compliance e o Guia de Implantação para as agências associadas, contratado junto à Fundação Dom Cabral (FDC) em abril de 2018, o encontro debateu novos formatos de concorrência e a importância da proteção de dados com o avanço das tecnologias.
Graziela Di Giorgio apresentou a experiência desenvolvida pela Scopen, consultoria espanhola com atuação global, que desenvolveu uma metodologia de seleção em oito etapas que, entre outros aspectos, inclui um mapeamento do mercado analisando as características do trabalho e workshop presencial entre agência e o cliente. “Os processos tradicionais não compreendem as variáveis da atividade”, defende. “É um trabalho feito por pessoas, e nada mais adequado do que conhecer as pessoas da agência, conhecer como a agência pensa e funciona.”
Segundo o diretor de marketing do Santander, Igor Puga, concorrência remunerada, escopo reduzido e a eliminação da criação de peças foi a opção do banco no último processo realizado. Sete empresas, entre elas uma consultoria, participaram do processo inovador, que contou ainda com encontros presenciais de feedback após o término da concorrência para os participantes que solicitaram. “Os formatos de concorrência que o mercado sempre aceitou como normal geralmente penalizam as agências. Para fortalecer nossa atividade precisamos aprender o que funciona e o que não funciona com os novos modelos que estão surgindo”, diz Mario D´Andrea, presidente da Abap.
Outro tema em evidência no encontro nacional foi a questão da segurança da informação e prevenção a fraudes. O advogado Rony Vainzof, do escritório Opice Blum, apresentou o primeiro esboço da cartilha de proteção de dados que está sendo desenvolvida para a Abap disponibilizar para os associados. “A violação de segurança pode ocorrer desde a perda de um pendrive ou laptop até a invasão do sistema da agência”, explica Vainzof. O material visa alertar para qualquer situação em que um dado pode ser utilizado de forma inadequada e medidas preventivas para serem adotadas pelas agências.