domingo, novembro 24, 2024
Programa Grandes Nomes da Propaganda no canal Markket
InícioDestaquesAPP apresenta revisão do Código de Ética dos profissionais de Propaganda

APP apresenta revisão do Código de Ética dos profissionais de Propaganda

A APP – Associação dos Profissionais de Propaganda – lança a primeira revisão do Código de Ética dos Profissionais de Propaganda desde quando ele foi aprovado pelo congresso da categoria, em 1957. O documento “Normas de orientação ética do Profissional de Propaganda”, que foi apresentado nesta quarta-feira (14), é um regulamento que complementa o Código de Ética, apresentado ao mercado publicitário durante evento na sede da APP, em São Paulo.

Com a presença de dirigentes de diversas entidades relacionadas às atividades da indústria da comunicação, o presidente da APP, Ênio Vergeiro, o advogado João Luiz Faria Netto e o diretor executivo da APP Antônio Toledano, responsáveis pela revisão, pontuaram as causas que os levaram a atualizar algumas regras éticas que cercam o mercado.

O documento também tem como função atender às exigências atuais do setor, como consequência da revolução nos meios e formas de comunicação social, sem prejudicar o acatamento aos princípios do Código oficial. A versão eletrônica já está disponível no site, aberta a todos os interessados em conhecê-la. Milhares de exemplares impressos serão distribuídos pela APP.

O objetivo é ampliar o significado da ética profissional aos que estão ingressando no mercado publicitário e contribuir com o aprimoramento dos que já estão em exercício, como os que trabalham em agências, em veículos de comunicação e em empresas que representam as marcas/anunciantes. Além de aplicar aos seus capítulos regionais, a APP irá trabalhar esse documento junto às outras entidades representativas, como a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) e Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), o Clube de Criação de São Paulo (CCSP), o Grupo de Mídia de São Paulo, a Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), a Associação Brasileira das Agências Digitais (Abradi), a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner), a Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro) e a Associação Brasileira de Produtoras de Fonogramas Publicitário (Aprosom), entre outras, bem como ao Fórum Permanente da Indústria da Comunicação (ForCom), criado no IV Congresso Brasileiro de Publicidade, de 2008, e formado por 40 entidades representativas da indústria da comunicação no Brasil. A APP está sugerindo a todos que adotem as novas regras como uma base atualizada para consolidar a área com as quais colaboram.

O Conselho de Administração e a Diretoria Executiva da APP aprovaram o documento, por unanimidade, durante uma reunião mensal da entidade. As divisões são formadas por profissionais de publicidade com conhecimento e experiência nas diferentes vertentes da propaganda, motivos que os levaram à elaboração dos princípios éticos e por serem questões que orientam o trabalho da atividade publicitária.

Ênio Vergeiro justifica a revisão das normas afirmando que a nova versão do Código de Ética se estabelece porque o que era apresentado à indústria da comunicação hoje tinha sido definido há 57 anos. “Tudo evoluiu desde 1957 e a atualização era de fundamental importância para a atividade publicitária. Sabemos que a ética é a mesma ética de sempre, mas ela precisa ser relembrada e colocada aos nossos padrões atuais de comunicação”, explica. Ele atribui essa necessidade, por exemplo, à comunicação digital, que nas últimas décadas se fortaleceu e deu autonomia e voz à sociedade, além de acelerar o alcance e o retorno das ações publicitárias. “Essa é uma realidade impensável na década de 1950”, comenta o presidente da APP.

Diretor executivo e membro do Conselho da APP, Antônio Toledano, que é co-presidente de Atendimento e Mídia da agência Pátria, aponta que as normas cumprem o papel de atualização do Código de 1957. “Chamamos os novos e os antigos profissionais do mercado à reflexão, pois foram revisitados vários princípios relacionados à consciência ecológica, responsabilidade social, relações de trabalho, autorregulamentação e liberdade de expressão, entre outros pontos”, considera.

O advogado João Luiz Faria Netto, que atua junto à Sinapro-RJ e Abap RJ, é outro nome de fundamental colaboração no trabalho de revisão do Código de Ética. “O documento que estamos apresentando agora vai promover o questionamento de todos os que trabalham em publicidade, em qualquer parte do território nacional, sobre a necessidade de se aplicar no dia a dia da atividade um olhar ético sobre o que fazemos, ao assegurar a existência da multiplicidade de meios e veículos de comunicação, de todas as tendências e orientação editorial, a livre escolha e a divulgação do pensamento”, explica.

Com 18 regras pontuadas e descritas, as “Normas de orientação ética do Profissional de Propaganda” apresentam questões como o respeito aos valores e orientação editorial e comercial das empresas de comunicação; Publicidade como parte legítima da comunicação social, com apoio do Capítulo V da Constituição Brasileira, que garante a livre expressão do pensamento e proíbe censura política, ideológica e artística; Respeito à liberdade de mercado; Conteúdo livre de discriminação, seja de gênero, raça, condição econômica, entre outros; Indispensável o acatamento à propriedade intelectual; E condenável todas as formas de assédio moral e sexual, com destaque no trabalho que envolve crianças, adolescentes e todas as minorias.

O documento da entidade ainda dispõe as oito definições, 14 normas e seis recomendações do Código de Ética dos Profissionais da Propaganda. Entre elas, a recomendação para que as associações de propaganda que atuam no Brasil estabeleçam iniciativas que resultem em preceitos locais sob a orientação do Código oficial, como o atual regulamento compilado pela APP.

Para outras informações, acesse o site da APP: www.appbrasil.net

Artigos relacionados

Novidades