O fotografo Érico Hiller recebeu, na última terça-feira (29), convidados para um bate-papo sobre o livro “A Jornada do Rinoceronte”, que acaba de lançar. O evento foi realizado na Rino Com, agência de publicidade e propaganda que é apoiadora da obra, e que tem como símbolo o rinoceronte.
Durante o bate-papo, Hiller falou um pouco mais sobre o trabalho de elaboração do livro, que retrata a atual situação dos rinocerontes, espécie ameaçada de extinção por conta da caça e do comércio ilegal de seus chifres.
“O livro é um documentário fotográfico, elaborado ao longo dos últimos nove anos e fotografado nos últimos dois anos e para o qual dei uma abordagem mais humana. Mostra como nós humanos lidamos com o meio ambiente e especificamente, o que está acontecendo com os rinocerontes. Infelizmente, existem pessoas dispostas a matar e morrer para obter os chifres deste animal. Algumas destas pessoas utilizam o chifre para fins medicinais, o que é uma grande insensatez e trata-se de um costume milenar. Os caçadores/ traficantes, geralmente vindos de famílias extremamente pobres, podem ganhar até US$ 1 milhão em apenas uma incursão. Nos últimos duzentos anos, 95% da população mundial de rinocerontes foi exterminada. O livro pretende trazer uma discussão a respeito desta tragédia ambiental”, explica Érico.
“Uma das coisas que me chamaram muito a atenção, foi ver como o Érico, que é um fotografo, escreve muito bem. A qualidade do texto dele é impecável, com depoimentos em primeira pessoa e informação significativa, de alguém que realmente estava ali, acompanhando o que estava acontecendo”, comenta Fernando Piccinini, vice-presidente de criação da Rino Com.
Já Rino Ferrari Filho, presidente da Rino Com, acredita que este é um trabalho fundamental para que a sociedade fique informada sobre o que realmente está acontecendo com a espécie pelo mundo. “Nossa marca tem como ícone o rinoceronte, animal poderoso, símbolo de resistência e presente na comunicação desde os tempos das cavernas. O trabalho combativo, apaixonado e competente do Érico, nos envolveu desde o seu princípio”, explica Rino.
Durante a elaboração do livro, Hiller viajou para países como Índia, Vietnã, Zimbábue, Moçambique, África do Sul e Quênia para registrar o drama da caça furtiva do rinoceronte. A Jornada do Rinoceronte, elaborada em parceria com a Editora M’Arte, foi impressa em papel italiano Garda, tem 252 páginas e conta com 130 imagens.