quarta-feira, dezembro 17, 2025
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Quem não comunica não lidera

A era da liderança com narrativa: quem não comunica não lidera

Deixa eu te contar uma coisa…

Por que empresas que ignoram a marca pessoal de seus executivos estão ficando para trás?

Estamos vivendo uma mudança silenciosa, mas definitiva, na forma como a liderança é reconhecida, seguida e respeitada. Durante décadas, liderar foi sinônimo de ocupar um cargo, tomar decisões e entregar resultados e até então fazia sentido e isso ainda importa, claro, mas já não é suficiente. Como costumo dizer: “Precisamos ir para um próximo nível!”

Hoje, para mim, liderar é, acima de tudo, conseguir dar sentido às decisões. É transformar estratégia em narrativa, comunicar direção em meio à complexidade do dia a dia, é gerar confiança em um mundo saturado de informação e carente de clareza e humanização.

Entramos definitivamente na era da liderança com narrativa e nessa era, quem não comunica… simplesmente não lidera. Os mais experientes vão se lembrar do famoso bordão: “Quem não se comunica, se estrumbica!”. Jovens, deem uma googlada e descobrirão.

As pessoas não seguem mais apenas competências técnicas, buscam e seguem histórias coerentes, visões bem articuladas e líderes bem posicionados e capazes de explicar o porquê das coisas. O mercado não busca executivos que apenas executam; busca líderes que representam. E aqui não estou falando de um “rostinho simpático” mas daqueles que representam valores, cultura, visão e propósito da empresa e que estão alinhados os seus também.

E sabe de uma coisa, muitas empresas ainda não “sacaram” que isso muda tudo para elas.

Muitos ainda não perceberam que a marca corporativa deixou de ser sustentada apenas por campanhas, produtos ou slogans, mas passou a ser sustentada, todos os dias, pela narrativa viva de seus líderes. O que eles dizem, como dizem, quando dizem e, principalmente, o que escolhem não dizer.

Executivos que dominam sua narrativa fortalecem a marca, o contrário, gera vulnerável.

Cá entre nós, narrativa não é discurso bonito, pode até parecer, mas na verdade estamos falando de coerência ao longo do tempo, de capacidade de conectar decisões

difíceis a valores claros. É explicar movimentos estratégicos sem gerar ansiedade e principalemnte conduzir pessoas em meio à incerteza com palavras que organizam o caos, não que o ampliam.

É por isso que empresas com executivos comunicadores atravessam crises com mais estabilidade, engajam melhor suas equipes e são percebidas como mais sólidas pelo mercado. A narrativa funciona como um amortecedor reputacional, protege a marca quando os números oscilam, quando decisões impopulares precisam ser tomadas e quando o cenário externo pressiona. Nenhuma empresa cresce de forma sustentável em ambientes onde a desconfiança domina.

Aqui vale um alerta: ”Muitas organizações ainda resistem em aceitar: narrativa não é improviso, é construída, desenvolvida, trabalhada com método.”

Por isso, a gestão da marca pessoal dos executivos se tornou uma necessidade estratégica. Não como vaidade individual, mas como pilar de governança, cultura e reputação. A marca pessoal do líder é o veículo por onde a marca corporativa se expressa no mundo real.

Quando a empresa investe nesse desenvolvimento, ela não está “criando estrelas” muito menos pagando uma assessoria para os profissionais se lançarem ao mercado, mas ela está criando porta-vozes confiáveis e garantindo que sua estratégia seja compreendida, que sua cultura seja vivida e que sua reputação seja protegida.

E isso faz toda a diferença.

Na era da hiperconexão, tudo comunica: a fala, o gesto, a ausência, o timing. Um executivo que não entende isso acaba sendo interpretado, rotulado e julgado sem controle algum. Já um líder consciente da própria narrativa conduz a percepção com responsabilidade.

Empresas que ignoram esse ponto entregam sua reputação à sorte. Empresas que abraçam o desenvolvimento narrativo de seus líderes constroem vantagem competitiva.

Não existe mais espaço para líderes que apenas executam bem, mas comunicam mal. O mercado não perdoa a ausência de sentido. Pessoas querem entender onde estão, com quem estão e para onde estão indo. E aqui é onde o trabalho de personal branding se conecta.

Eu tenho uma pergunta que provavelmente define a maturidade de sua organização: Quem está contando a história da sua empresa hoje?

Se a resposta ou seu pensamento não envolve seus executivos de forma clara e estratégica, existe um risco real sendo ignorado.

A era da liderança com narrativa já começou. E nela, liderar é comunicar e comunicar com estratégia definida e bem clara.

Empresas que entendem isso investem na marca pessoal de seus executivos não para aparecer mais, mas para significar mais. Para garantir que sua presença no mercado seja clara, humana e confiável, porque no final das contas, marcas fortes são construídas por líderes bem posicionados que sabem contar histórias verdadeiras e sustentá-las com comportamento.

E então, bora trabalhar a marca pessoal de seus executivos?

 

Paulo Moreti | Personal Branding Specialist

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