O TikTok transformou a indústria fonográfica ao acelerar tendências, redefinir métricas de sucesso e criar um ecossistema onde qualquer artista, independente do tamanho, pode alcançar milhões em poucas horas.
O que antes dependia exclusivamente de rádio, TV e campanhas robustas, hoje pode surgir de um refrão envolvente, uma coreografia espontânea ou até um trecho recortado por usuários, ampliando as oportunidades para artistas.
O efeito tiktok no mundo da música
A dinâmica da plataforma fez com que músicas ganhassem vida própria, impulsionadas pela criatividade coletiva. Trechos de 10 a 20 segundos tornaram-se mais valiosos do que faixas inteiras, e o impacto disso se estende da composição ao planejamento de lançamentos.
Gravadoras e artistas agora pensam em músicas “TikTok friendly”, com ganchos, breaks e batidas que funcionem bem em vídeos curtos.
Além de criar tendências, a plataforma também revive canções antigas, entregando novos picos de streaming para faixas lançadas há décadas. Para Janeth Lujo, cofundadora da Lujo Network e especialista em distribuição digital, o fenômeno é uma ruptura no fluxo tradicional de consumo musical.
“O TikTok transformou a música em um formato vivo, dinâmico e imprevisível. Hoje, o viral não é planejado, é construído junto do público”.
Adaptação é tudo
Com isso, a indústria teve de se adaptar: surgiram estratégias específicas de distribuição digital, campanhas descentralizadas e o foco em microcomunidades, que possuem alto poder de engajamento. O sucesso, antes linear, tornou-se orgânico e multiforme.
“O resultado é um mercado mais rápido, mais competitivo, mas também mais democrático. No novo ritmo dos virais, a música encontra seu público não apenas pelo ouvido, mas pelo comportamento, pela estética e pela cultura compartilhada em tela vertical, e quem sabe lidar com isso, com certeza sai na frente”, afirma Janeth Lujo.
