Como sua marca fecha negócios antes de você
Deixa eu te contar uma coisa!
Preciso, primeiro, deixar claro que em algum nível, todos nós somos dealmaker´s, mas porque falo isso!
Participei da Formação DealMakers ,do meu amigo Ricardo Bellino, como aluno e palestrante, foi mais do que mergulhar no universo das grandes negociações, conhecer grandes nomes do mercado que palestram juntamente comigo, foi vivenciar, de dentro, o jogo real onde as maiores decisões acontecem: aquele em que confiança, percepção e posicionamento valem mais do que qualquer slide, pitch ou apresentação elaborada, como ele mesmo bem gosta de dizer.
O que mais me chamou atenção foi perceber o quanto o papel de um Dealmaker se aproxima do verdadeiro propósito do Personal Branding, porque, no fim das contas, quem domina negociações não é alguém que fecha contratos, é alguém que “fecha” pessoas. E pessoas não decidem apenas com números, mas com narrativas, sensações, projeções e principalmente… com percepções.
Negócios grandes não começam na mesa. Começam na mente do outro. Paulo Moreti
Essa foi a primeira ponte que enxerguei entre esses dois mundos. Um Dealmaker não é apenas alguém com técnica. É alguém cuja marca pessoal já abriu o terreno onde a técnica vai atuar. A negociação, então, começa antes do “bom dia”. Começa na reputação que te antecede, começa na força da sua presença, no impacto silencioso do que você representa.
E aqui está a verdade que poucos executivos realmente compreendem: quem não lidera a própria narrativa negocia sempre em desvantagem.
Quando entrei na formação, percebi que tudo ali girava em torno de algo mais profundo do que: “Vamos te ensinar táticas de fechamento”, na verdade isso não foi ensinado lá, era sobre mentalidade, clareza, posicionamento e a arte de enxergar o invisível, o que está por trás das palavras, o que realmente move a decisão do outro.
E isso é exatamente o terreno onde o Personal Branding vive.
A marca pessoal é o intangível que sustenta a sua capacidade de influenciar, ela não precisa levantar a mão, não precisa de microfone. Ela chega antes, fala antes, ganha antes e se você não a constrói com intenção, o mercado constrói no seu lugar.
O Dealmaker sabe que reputação é uma das moedas mais valiosas da mesa e quem trabalha Personal Branding sabe que reputação não é um acidente é um ativo, construído, lapidado, alinhado e comunicado com estratégia.
A formação reforçou um ponto que defendo há anos: negociação não é apenas sobre o que você quer, mas sobre quem você é enquanto negocia. Um profissional sem marca pessoal clara negocia sem lastro e sem isso, pode ter certeza de que qualquer vento derruba.
Temos que ter consciência de que nada em uma negociação é puramente racional, a decisão final passa por filtros emocionais que ninguém confessa, mas todos sentem:
“Eu confio?” “Eu acredito?” “Eu me vejo ao lado dessa pessoa daqui a cinco anos?” “Essa pessoa tem lastro?” “Ela entrega o que promete?” “Ela representa o que fala?” “Qual a reputação e os valores dessa pessoa?”
Essas perguntas não são respondidas com argumentos, mas sim com marca. A marca pessoal constrói convicções internas, e negociações são exatamente sobre transferir convicções. Quando você sabe quem é, transmite segurança, quando sua narrativa é coerente, transmite confiança e quando sua presença é sólida, transmite autoridade. E quando tudo isso se alinha com consistência, você não precisa provar nada, as pessoas percebem.
Um Dealmaker que domina a própria marca joga a negociação em outro nível, ele/ela não convence, confirma, porque a confiança já estava lá.
Outra percepção forte é que o Dealmaker com uma marca pessoal forte não opera no campo do improviso, opera no campo da clareza; clareza de proposta, clareza de valor, clareza de propósito. E a marca pessoal é justamente o que organiza essa clareza na mente do outro.
“Se você não sabe explicar com precisão o que representa, o mercado vai te reduzir ao que ele entende.” Paulo Moreti
Se você não define seus próprios diferenciais, o mercado te coloca na prateleira genérica, assim como se você não lidera sua própria narrativa, alguém sempre vai narrar no seu lugar e quase nunca a seu favor.
Negociar sem ter uma marca sólida é como tentar vender uma empresa sem calcular o valor da marca. É perda de ativo, é desperdício estratégico, enfim é deixar valor na mesa.
Um Dealmaker sabe que oportunidade não bate duas vezes, assim como um profissional com Personal Branding sabe que reputação não se reconstrói rápido, mas quem une os dois entende que cada encontro, cada conversa, cada reunião e cada presença é uma negociação em potencial mesmo quando ninguém está chamando de negociação.
Uma das coisas mais poderosas do mundo DealMaker que pude perceber nesses dois dias de formação é o foco na leitura invisível: o que está sendo dito por trás do que foi dito. o que o comportamento comunica. o que o posicionamento transmite. o que a postura revela. o que a segurança inspira. o que ainda ninguém viu e que pode ser monetizado.
E isso tudo é marca pessoal. Personal Branding não é sobre “mostrar” algo, é sobre atiçar percepções coerentes com quem você realmente é, da mesma forma, negociação não é sobre “convencer” alguém, é sobre permitir que o outro enxergue valor real no que você representa.
Os dois mundos se encontram no mesmo ponto: valores intangíveis que influenciam decisões tangíveis. Quando o outro lado acredita na sua capacidade, no seu histórico, na sua postura e no seu valor, metade do acordo já está fechado, mesmo que você ainda nem tenha começado a argumentar.
E aqui mora uma das sínteses mais fortes dessa ponte entre as duas áreas: O maior acordo que você fecha na vida é consigo mesmo. O segundo é com a sua reputação.
O terceiro com o mercado. O quarto com as oportunidades. E só depois vem o contrato.
O Dealmaker tem velocidade. O Personal Branding tem consistência e juntos, eles criam uma espécie rara de profissional: – alguém que não precisa gritar para ser notado, – não precisa explicar demais para ser compreendido, – não precisa correr atrás do que atrai naturalmente, – não precisa provar o tempo todo o que o impacto já confirma.
Esse é o tipo de profissional que o mercado respeita sem que ele peça. O tipo de profissional que inspira antes de argumentar e que fecha acordos porque é um acordo ambulante entre discurso e realidade.
O Dealmaker sabe que não existe fechamento sem mobilização emocional, da mesma forma que o Personal Branding (estratégia da marca pessoal) deixa claro que não existe mobilização emocional sem identidade coerente.
Quando se une mentalidade de negociação com consistência de marca, cria algo que poucos profissionais entendem:
A sala passa a trabalhar a seu favor. As pessoas passam a te perceber como solução antes de você dizer o que oferece. As oportunidades passam a te procurar. E o mercado começa a te ver como autoridade antes mesmo de você entrar.
Se tem algo que a experiência com Deal Making deixa evidente é que o tamanho dos acordos que você fecha é diretamente proporcional ao tamanho da marca que você construiu. A decisão está sempre no posicionamento e os resultados sempre seguem este posicionamento. E posicionamento, no fim, não é sobre “parecer” é sobre “ser percebido”.
Quando você se apresenta com clareza, consistência e força, o mercado muda o tipo de conversa que tem com você. Os convites mudam. Os níveis mudam. Os acessos mudam. Os bastidores mudam. As negociações mudam. E principalmente: a forma como as pessoas te avaliam muda.
Se existe um ponto final nessa reflexão, é este:
Antes de negociar qualquer contrato, você negocia a si mesmo. E quem não domina essa negociação inicial dificilmente dominará as que vêm depois.
Se você quer fechar acordos maiores, precisa se tornar uma marca maior. O mercado paga pelo que você faz, mas aposta em quem você é. E negócios, os grandes negócios, nascem onde reputação e estratégia se encontram.
Quando você decide liderar sua narrativa, sua presença se torna sua maior vantagem competitiva e nesse momento, você deixa de apenas participar do jogo e começa a ditar o ritmo dele.
E então, bora trabalhar essa marca pessoal?
Paulo Moreti | Personal Branding Specialist
#PersonalBranding #ExecutivosDeValor #LiderançaEstratégica #GestãoDeReputação #MarcaCorporativa #PresençaExecutiva #Dealmaker
