Cultura por meio de histórias que gerem conexão e resultado a longo prazo. Esta é a proposta da MOMO, agência curitibana que nasceu da inquietação da comunicóloga Beatriz Galindo e do publicitário Lucian Woytovicz, e que estreou com um cliente centenário: o premiado escritor Dalton Trevisan, a convite da gestora de sua obra, Fabiana Faversani.
Ainda em vida, o escritor acompanhou a criação do perfil, que anunciaria a mudança de suas obras para a editora Todavia e manteria seus fãs e admiradores informados, trazendo também todo um novo público para as obras de Dalton Trevisan.
A conta deu o pontapé inicial para a criação da MOMO durante a produção de conteúdos para o Instagram do escritor que chegaria ao seu centenário neste ano. Infelizmente, o “Vampiro de Curitiba” faleceu aos 99 anos em 2024, mas o perfil continuou garantindo o seu legado. O trabalho da MOMO com o autor extrapolou as redes e encontrou espaço também no mundo físico, como na exposição dedicada ao escritor na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na USP, onde a agência colaborou na edição de leituras audiovisuais.
Hoje, a MOMO segue contando histórias que resistem e tornou-se referência no Sul do país. Atua ao lado de nomes como o escritor e tradutor Caetano W. Galindo, do fotógrafo premiado internacionalmente André Tezza e muitos outros projetos. Com uma escuta refinada e respeito pelo tempo dos processos criativos, a agência tornou-se uma potência em nicho historicamente negligenciada pelas estratégias digitais, o da arte, da palavra, do invisível.
“A agência tem como missão criar presença com inteligência e sensibilidade, sempre buscando relevância cultural e impacto real”, conta Beatriz.
Bea, como é chamada, cresceu entre livros, palcos e conversas sobre cultura. Seu sobrenome a insere num universo literário que não é herança, é ambiente. Foi seu pai, Caetano W. Galindo, ao lado de Felipe Hirsch, quem organizou a antologia Educação Sentimental do Vampiro, lançada pela editora Todavia para marcar o centenário de Trevisan. A coincidência entre vida e ofício não passou despercebida e acabou selando o destino da MOMO.
Segundo Lucian, a MOMO vai na contramão do mercado que acelera e padroniza, apostando na profundidade. “Aqui, não há atalhos, pois sabemos que criar presença digital é importante, mas que o crescimento orgânico é um jogo de longo prazo”, afirma.
O grande diferencial da MOMO, que chega movimentando a cultura no Sul do país, é canalizar a criatividade dos palcos, dos livros, das exposições e dos projetos artísticos em presença, visibilidade e resultado. “Quem faz da cultura seu ofício também merece ser reconhecido no digital”, completam os sócios.
