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EFICIÊNCIA A SER POTENCIALIZADA

Este foi o sentimento que me abateu ao visitar a Feira Hospitalar nesta quinta-feira, aqui em Sampa. Provavelmente uma das maiores edições, pavilhões totalmente tomados, gente espalhada por todos os lados, e uma grande quantidade de soluções majoritariamente para mitigar os efeitos de um modelo de saúde deficiente. Embora tenha algumas evidências indicando os compromissos da promotora com 08 (oito) dos ODS 2030, incluindo saúde e bem-estar, muito pouco se encontra sobre prevenção e predição para assegurar vida saudável sustentável.

Basta uma rápida consulta ao propósito da Feira para ratificar o entendimento de que melhorar a qualidade e eficiência dos serviços de saúde, numa versão moderna, passa por estimular o uso inteligente e racional dos recursos.

POR QUE ISSO É IMPORTANTE:

Dois fatores essenciais numa análise econômica de qualquer negócio são os consumidores e os financiadores. Na medida em que os primeiros financiam o seu próprio consumo, e exista valor percebido nas entregas, há predominância de uso inteligente do produto/serviço.

Quando majoritariamente terceiros financiam o consumidor, caso brasileiro da saúde, em que mais de 70% do custo é financiado pelo Governo (SUS) e empresas patrocinadoras de planos de saúde a seus colaboradores e familiares, os riscos de desvios, descaminhos e desperdícios são altos e danosos para todo o sistema.

PANORAMA GERAL:

§ Cerca de 70% das causas de internações no SUS são por doenças evitáveis.
§ Cerca de 25% dos desperdícios correspondem a internações sensíveis à atenção primária e internações precoces potencialmente previsíveis.
§ Estima-se que os desperdícios na saúde brasileira giram em torno de 22%, o equivalente a mais de 2% do PIB, algo parecido com R$ 200 bilhões em 2024.

Não é difícil encontrar as causas de tanto desperdício, praticadas pelos diversos agentes da cadeia do negócio, incluindo os maus hábitos dos usuários, tornando, a meu ver, de baixo valor econômico e social, os esforços de parte das empresas em oferecer soluções que não privilegiem a conscientização para a prevenção e predição que levam a uma vida saudável.

MORAL DA HISTÓRIA:

Considerar apenas o resultado econômico do evento que certamente será majestoso, as inovações apresentadas, poucas a meu ver, sem refletir sobre o baixo valor que elas produzirão por conta dos desperdícios do sistema, parece-me uma enorme incoerência, danosa à sobrevivência do modelo.

Uma medida, como sugestão, poderia ser a adoção de ações massivas de conscientização/educação para os “cuidados com a saúde”, a serem patrocinadas pelos fabricantes e ou suas entidades representativas, em colaboração com os diversos agentes da cadeia produtiva, durante a comercialização e ou uso dos produtos/soluções. E você? Teria alguma contribuição a fazer?

Com as palavras atribuídas a Margaret Mead, segundo as quais “nunca duvide que um grupinho de cidadãos ponderados e dedicados consiga mudar o mundo”, desejo que você possa, de alguma maneira, no seu jeito e lugar, ser parte desse grupinho.

Raimundo Sousa.

ET: As pesquisas para a produção deste texto tiveram, entre as diversas fontes, o ChatGpt e o Gemini.

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