No Dia Internacional da Mulher, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Porta dos Fundos lançaram uma campanha para conscientizar o público sobre os direitos das mulheres e as leis que garantem sua proteção. A iniciativa, que não envolveu o pagamento de cachês nem qualquer outro tipo de contrapartida financeira, tem o objetivo de tornar essas informações mais acessíveis e didáticas. A campanha inclui duas esquetes, que abordam temas essenciais. A primeira será publicada no dia 8 de março e a segunda, no dia 10.
Com roteiro de Kika Hamaoui e Gustavo Vilela e participação do Gregório Duvivier, o primeiro vídeo aborda a tese da “legítima defesa da honra”, que por anos foi usada para justificar feminicídios e agressões contra mulheres. a esquete ironiza essa justificativa ultrapassada que já foi derrubada pelo STF.
Já o segundo vídeo, escrito por Barbara Duvivier e Gabriela Niskier, questiona a falsa narrativa de que o passado da vítima pode interferir em casos de assédio ou crime sexual. A esquete destaca como esse tipo de julgamento desestimula denúncias e ajuda a perpetuar a impunidade.
“O Porta dos Fundos ficou muito feliz com o convite do STF para ser a plataforma da campanha. O humor é uma excelente ferramenta para provocar reflexões”, afirma Joema Martins, Diretora de Estratégias do Porta dos Fundos.
Para o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, a parceria contribui de forma significativa para a disseminação de informações que são de interesse público. “As decisões citadas nos vídeos do Porta dos Fundos já estão mudando a vida de muitas mulheres. O Supremo Tribunal Federal julgou inaceitável o argumento da legítima defesa da honra e considerou que fere os direitos fundamentais da mulher considerar o passado dela durante um processo por assédio, por exemplo. E é importante comunicar esses entendimentos assim, de maneira ilustrativa e popular. Estamos certos de que esse conteúdo vai levar muita gente a refletir sobre a importância de proteger as mulheres da violência física, processual e outras formas de abuso”.