A ONG São Paulo Invisível, em parceria com a empresa JCDecaux, lança campanha publicitária para tornar visível um problema grave que afeta todo o Brasil e especialmente a cidade de São Paulo: pessoas vivendo em situação de rua. Até o mês de março, estações de metrô e relógios espalhados pela capital paulista terão imagens de pessoas que vivem nas ruas com frases que alertam para a necessidade de iniciativas voltadas ao acolhimento, apoio e promoção de autonomia.
As peças publicitárias estão expostas em 89 pontos de estações de metrô e relógios espalhados pela capital paulista. Além de alertar para a necessidade de iniciativas que visem promover melhor qualidade de vida para essa população, a SP Invisível busca potencializar o recebimento de doações, usadas para a ampliação de seus projetos sociais.
“Desde 2014 contamos as histórias das pessoas em situação de rua para educar, conscientizar e sensibilizar a sociedade. Buscamos através do nosso trabalho proporcionar experiências de cuidado individualizado por meio da escuta ativa e livre de julgamentos, promovendo o acolhimento e o afeto no convívio com a população de rua. Trazemos foco e luz para onde as pessoas preferem não olhar e é justamente isso que queremos com essa campanha”, afirma André Soler, CEO e Fundador da SP Invisível.
Segundo dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais, 90 mil pessoas vivem nas ruas da cidade de São Paulo, um aumento de 25 mil pessoas desde o ano de 2023. No Brasil, são 328 mil pessoas vivendo nas ruas, o que representa uma ampliação de 25% em relação ao ano anterior.
Ao longo de sua história, a São Paulo Invisível já contou mais de 2.290 histórias e impactou 50 mil pessoas, aproximadamente, distribuindo 106 mil refeições, 154 mil itens de higiene pessoal e 36 mil moletons. A ONG tem ainda uma base robusta de voluntários com mais de 2 mil pessoas, que atuam em três pilares: conscientização sobre a realidade da população em situação de rua; assistencialismo para combater o frio e a fome; e assistência social para viabilizar a inclusão produtiva por meio da nossa iniciativa de capacitação e empregabilidade.