Era uma vez uma pequena empresa italiana, nascida em Parma, conhecida como OPEM. Em seu país natal, ela já havia conquistado seu espaço com tecnologia de ponta e um compromisso inabalável com a qualidade. Mas a OPEM sonhava grande. Sonhava com terras distantes, onde seus ideais de inovação e excelência pudessem florescer. E assim, como muitos italianos décadas antes, começou sua jornada heroica rumo ao Brasil.
No começo, a OPEM era uma estrangeira com um desafio nesse novo mundo. Chegar ao Brasil não foi simples. A empresa enfrentou um mercado competitivo, uma economia instável e uma indústria nacional em desenvolvimento.
Os desafios eram enormes, mas a OPEM estava determinada. Com coragem e visão, decidiu que não só traria sua tecnologia italiana para o Brasil, mas que a desenvolveria aqui, tornando-se parte integral da indústria nacional.
A empresa viu no Brasil um mercado promissor, com um potencial imenso no setor de café. Mas a travessia não seria fácil. O caminho estava repleto de burocracias, diferenças culturais, taxas de importação e uma necessidade urgente de adaptação.
Então, a OPEM buscou alianças locais, estabeleceu parcerias com empresas nacionais e trouxe especialistas para entender o mercado. Foi um período de aprendizado intenso, em que a OPEM absorveu conhecimentos que seriam vitais para seu sucesso.
Para conquistar o mercado brasileiro, a OPEM sabia que precisava oferecer soluções adaptadas às necessidades locais. E assim, em seus laboratórios, nasceu uma linha de máquinas de encapsulamento para sistemas Nespresso e Dolce Gusto, feitas com tecnologia desenvolvida no Brasil para atender desde os grandes produtores de café até os pequenos empreendedores.
Marcelo Provetti começou como representante da OPEM no Brasil, enfrentando as dificuldades e desafios do mercado local. Provetti não apenas acreditou na visão da OPEM, mas também abraçou a causa com uma paixão singular. Sua dedicação e talento foram reconhecidos, e ele se tornou sócio da empresa, assumindo a posição de diretor geral.
Quando perguntei a ele como define a OPEM, ele me contou sobre uma reunião com um industrial que cedeu 5 minutos, que era o tempo que ele tinha para conquistar um novo contrato. Sua resposta foi: “Você quer torrar café ou fazer torrefação? Se quiser torrar café, serve qualquer empresa. Se quer fazer torrefação, aí é com a OPEM.” Contrato assinado. Mas como ele acrescentou, num passado “ o cliente tratava o café com requintes de crueldade”. Isso porque o melhor café era exportado.
Com sua liderança, a OPEM solidificou sua presença no Brasil, fortalecendo ainda mais a missão de desenvolver a indústria nacional. Um marco significativo nessa jornada foi a transição da OPEM de um prédio alugado para uma sede própria de quatro mil metros quadrados. Esta mudança não foi apenas física, mas representou um amadurecimento e consolidação da empresa no mercado brasileiro.
A nova sede, equipada com o que há de mais moderno em tecnologia, se tornou um símbolo da estabilidade e do compromisso da OPEM com o crescimento sustentável no Brasil.
Provetti, com sua visão estratégica e conhecimento profundo do mercado local, foi fundamental para guiar a empresa através desses momentos de transição.
A OPEM emergiu como referência no setor, reconhecida por sua excelência e pela contribuição ao desenvolvimento da indústria nacional. Suas máquinas de encapsulamento não só atendem os gigantes do mercado de café, mas também os pequenos produtores, para que possam competir de igual para igual, democratizando o acesso à tecnologia de ponta.
Hoje, a OPEM é celebrada não apenas como uma empresa global que se estabeleceu no Brasil, mas como uma protagonista na história da indústria nacional. Seu legado é um testemunho da coragem de sonhar grande, com determinação para enfrentar desafios e na capacidade de transformar dificuldades em oportunidades.
E todo esse esforço foi para garantir que o café brasileiro de qualidade permanecesse no Brasil, valorizando a produção local e fortalecendo a economia nacional.
A jornada da OPEM no Brasil é um exemplo brilhante de como a inovação, aliada à perseverança, pode romper barreiras e criar algo extraordinário. É a prova de que, com visão e esforço, qualquer obstáculo pode ser superado para quem nunca desiste de seus sonhos.
E assim, a OPEM continua em busca do próximo desafio, pronta para escrever novos capítulos em sua história de sucesso no Brasil. E ao lado de cada conquista, Marcelo Provetti permanece como um baluarte, mantendo o café brasileiro no Brasil, para que seu aroma e sabor continuem a ser parte fundamental da cultura e da indústria nacional.
Afonso Abelhão é CEO da agência BigBee e Diretor de Comunicação, Tecnologia e Inovação na APP – Associação de Profissionais de Propaganda. Contato: afonso.abelhao@bigbee.com.br