A produtora Hungry Man anuncia a criação de um núcleo global de entretenimento, unificando assim as operações de seus escritórios dos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil. O novo Conselho do Entretenimento Global reúne executivos dos três países, que passam a olhar para a área de entretenimento de forma unificada, internacionalizando cada vez mais os projetos da produtora – que já teve duas indicações ao Oscar® e ao Emmy Internacional.
“A coexecução multicultural enriquece criativamente os nossos projetos e amplia as possibilidades de desenvolvimento de projetos de impacto, que são nossa marca registrada”, diz o produtor Alex Mehedff, fundador da Hungry Man Brasil e sócio da produtora, ao lado dos diretores Gualter Pupo, JC Feyer e do americano Bryan Buckley, que abriu a Hungry Man em Los Angeles (EUA), em 1997, com Hank Perlmann.
Em operação nos EUA desde 1997, no Brasil desde 2005 e no UK desde 2001, a Hungry Man – que tem suas áreas de entretenimento (cinema, televisão e streaming) e publicidade unificadas desde 2019 – é uma das maiores e mais premiadas produtoras do mundo, com mais de 200 (se for falar de todas somadas ou mais de 50 do Brasil) Leões no Cannes Lions.
“Quando decidi mergulhar de cabeça em ter uma produtora internacional, nossa missão era – e continua sendo: “se já foi feito, não somos nós.” Estamos sempre em busca de histórias que nos desafiem de todas as formas possíveis. É o que nos mantém querendo, de alguma forma, acreditar que podemos mudar a paisagem”, diz Bryan Buckley.
Os produtores americanos Ben Ellenberg e Branden McClure, que integram a equipe de entretenimento, comemoram a novidade: “É um luxo termos os nossos escritórios internacionais juntos para aplicar uma perspectiva global à nossa missão. Isso torna a Hungry Man uma das produtoras mais inovadoras e empolgantes da atualidade. Criar um trabalho inovador e emocionante é o objetivo singular da Hungry Man, e sabemos que a única maneira de conseguir isso é confiando nos artistas”.
Para Gualter Pupo, a marca da Hungry Man sempre foi trazer novos olhares sobre as histórias que contam e a criação do núcleo global de entretenimento é uma consequência da trajetória da produtora. “Acreditamos muito no potencial internacional tanto das nossas produções quanto dos profissionais brasileiros. Nosso capital criativo é imenso. Hoje temos diversos projetos em desenvolvimento nos Estados Unidos, Inglaterra e Brasil ultrapassando, rompendo fronteiras.”
Desde sua fundação, a Hungry Man se destaca no mercado global pelo pioneirismo, com narrativas novas e disruptivas nos mais variados formatos e para todas as plataformas. Em 2004, quando só se filmava em película (35mm ou 16mm), a produtora realizou a primeira campanha em formato digital, criada pela agência CP+B Miami e dirigida por Bryan Buckley, filmada no Rio de Janeiro: Mini Cooper Counterfeit. Esta campanha foi a primeira a receber um dos prêmios mais importantes do Cannes Creative Festival – o Titanium Lions, em 2005, ano de estreia deste prêmio no festival.
A produtora também tem em seu DNA projetos de impacto global, que abordam temas urgentes e relevantes. Junto com a organização Change the Ref, que tenta apoio da população e do congresso para restringir a venda de rifles semiautomáticos nos balcões dos supermercados nos Estados Unidos, a Hungry Man assina o projeto “NRA Children’s Museum“, criada pela produtora e codirigido por Bryan Buckley e JC Feyer. “Foi um projeto muito impactante para todos que participaram, tanto pela causa e pela ideia do projeto, quanto pela estratégia escolhida para a execução da ação. Eram 52 ônibus escolares, circulando juntos pelas ruas de Houston no Texas, em direção a casa do senador Ted Cruz, que apoia e recebe dinheiro da indústria armamentista. Os 52 ônibus representavam todas as 4.368 crianças que morreram baleadas por rifles semiautomáticos nos EUA só naquele ano. Criamos um museu com objetos das crianças que foram assassinadas, um museu sobre rodas.” Filmado ao vivo, o grandioso projeto internacional foi coproduzido pela Hungry Man US, Brasil e Reino Unido.
Outro destaque deste ano é o documentário “Right to Race”, que estreia no Dia Internacional do Refugiado, 20 de junho, no canal Eurosport. Escrito e dirigido por Richard Bullock e produzido por Hannah Stone e Matt Buels, o filme foi rodado em diversas locações na Europa (entre elas Zurich, St Gallen, Copenhagen, Monaco, Genebra e Paris). A produção acompanha a jornada do atleta Dominic Lokinyomo Lobalu desde 2019, quando ele fugiu da Equipe de Atletas Refugiados (ART) durante a Maratona de Genebra e pediu asilo na Suíça.
Nascido no Sudão do Sul e refugiado no Quênia desde os 8 anos, Dominic agora vive na Suíça, onde foi treinado por Markus Hagmann e, em um curto período de tempo, tornou-se um dos melhores atletas de elite da atualidade. No entanto, sua condição de refugiado sem cidadania suíça não permite que ele compita em nível global no Atletismo Mundial ou se classifique para as Olimpíadas, nem volte a competir pela ART, já que fugiu enquanto viajava com eles. O documentário revela a história de Dominic como refugiado, tentando encontrar um lar em um novo país, sua jornada como atleta de elite e seu relacionamento em constante evolução com seu treinador, enfrentando obstáculos na luta pelo seu direito de competir.
A campanha mais premiada do mundo no ano passado (2022) foi “The Lost Class”, desenvolvida pela Hungry Man também em parceria com a organização Change the Ref. Dirigido por Bryan Buckley, o filme leva o espectador a uma gigantesca cerimônia de formatura onde não há público, apenas milhares de cadeiras vazias representando os mais de 3.000 alunos americanos mortos, vítimas de ataques com armas de fogo. Entre os prêmios, destaque para quatro CLIO’s, o Black Cube nos prêmios ADC, dois Black Pencils de D&AD, Best of Show no The One Show e um Titanium no Cannes Lions, além de ter sido indicado ao Emmy.
Neste ano, a campanha “The Cost of Gold”, realizada pela Hungry Man em parceria com a agência DM9, teve repercussão internacional ao fazer um alerta para a crise humanitária dos povos indígenas devido ao garimpo ilegal do ouro. Com direção de Hanna Batista, o filme traz o líder da Urihi Associação Yanomami, Junior Hekurari Yanomami (foto), que faz um apelo na língua yanomami para o fato de que o ouro, para os indígenas, para a floresta e para as criaturas que habitam a Amazônia “significa morte e destruição”. A peça também convida os espectadores a acessarem um site e a “repensar o valor do seu ouro”. O conteúdo traz uma calculadora digital, que destaca o impacto social e natural de cada grama de ouro ilegal para a Floresta Amazônica e para o povo Yanomami.
CINEMA BRASILEIRO
Entre os projetos da Hungry Man que chegarão em breve às salas de cinema, os destaques são dois longas de ficção. Com direção de Gualter Pupo, “Cansei de Ser Nerd” é uma coprodução Hungry Man, A Fábrica, Paramount Pictures e Telecine. Com filmagens confirmadas para o segundo semestre de 2023, o longa é estrelado por Fernando Caruso, que interpreta Airton, um nerd que sofreu muito bullying na escola. Anos depois, numa festa de reencontro, ele é recebido como herói pelos colegas que o infernizavam. Airton vai ter a chance de finalmente ser aceito, além de resolver um mistério sombrio do passado e conquistar, finalmente, a mulher que ama desde os tempos de estudante. Mas vai descobrir que os estudantes populares, que o receberam tão bem, são satanistas. E querem sacrificá-lo. A comédia chega aos cinemas em 2024, com distribuição da H2O Films.
O longa “Tempos de Barbárie – Ato 1 Terapia de Vingança”, suspense dirigido por Marcos Bernstein, e estrelado por Cláudia Abreu. Durante uma tentativa de assalto, a filha da advogada Carla (Cláudia Abreu) é baleada e fica em estado grave. Sem respostas, Carla tenta seguir a vida buscando ajuda em grupos de apoio. Sem conseguir aceitar o destino da filha e a falta de soluções por parte da polícia, transforma a busca por justiça em uma procura por vingança e testa o seu próprio limite para ver até onde poderia ir. A data prevista para lançamento nos cinemas é 10 de agosto, com distribuição da Paris Filmes. A produção é da Hungry Man, Pássaro Films e NeanderthalMB.
OS SÓCIOS DA HUNGRY MAN BRASIL
Alex Mehedff, JC Feyer, Gualter Pupo e Bryan Buckley