Com dados do IPV (Índices de Performance do Varejo), SBVC evidencia aumento no fluxo de visitas em shoppings centers no 1º semestre de 2022.
Estudo apresenta o fluxo de consumidores e as vendas nos centros de comércio do varejo brasileiro, apontando crescimento geral no país.
Levantamento apresenta números e insights sobre a presença dos consumidores e as vendas em shopping centers e lojas físicas em todo o país no 1º semestre de 2022. Não é novidade dizer que a pandemia de covid-19 impactou o varejo brasileiro, porém, saber os principais indicadores e extrair insights são os desafios do setor. Trazendo insights e informações para o setor, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) apresenta o Mapeamento de Fluxo de Visitas e Vendas em Shopping Centers e Lojas Físicas do Brasil.
Os dados são oriundos da FX Data Intelligence e da F360°, investidas da HiPartners, Venture Capital focado em Retail Techs, e chancelados pela 4Intelligence e pela SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. O estudo apresenta tanto a variação da quantidade de visitantes e vendas em relação ao mesmo período de 2021, como o comparativo com o mês anterior.
Em junho de 2022, o fluxo de visitação, tanto em lojas de rua quanto de shopping, continua abaixo do visto no período pré-pandêmico (junho/19), com respectivas quedas de 29,2% e 26,0%. A distância em relação à pré-pandemia é a maior observada desde fevereiro para lojas de rua e desde janeiro para lojas de shopping, comparando-se ao mesmo mês de 2019, interrompendo o movimento de recuperação observado até maio deste ano. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 16,0% para lojas de rua e 21,4% para lojas de shopping. A diferença entre as categorias é ocasionada por uma soma da diferença na base de comparação e um crescimento um pouco mais forte para os lojistas de shopping em relação aos de rua.
O mapeamento também apresenta recortes regionais e por segmento. A alta no fluxo de visitação em junho/22 para lojas físicas (25,0%) contra mesmo mês de 2021, teve distribuição diferente entre as regiões. Apenas o Norte contou com contração (-17,7%). Entre as demais regiões, o Sul do país teve destaque, apresentando alta de 46,6%, seguido pelo Sudeste (25,4%), Centro-Oeste (17,3%) e Nordeste (11,3%). A diferença é atribuída a momentos diferentes em que as regiões sofreram com o auge da segunda onda da pandemia. Os segmentos de Eletroeletrônicos e Departamento apresentaram as maiores quedas no fluxo de visitação para junho de 2022 quando comparado com junho de 2021, com contração de 25,4% e 19,5%, respectivamente. O setor com a maior alta, é o de Beleza (48,9%), seguido pelo de Moda (41,1%). Isto pode ser explicado pelo efeito da pandemia de manter as pessoas mais tempo dentro de casa, fazendo com que a base de comparação esteja comprimida.
“Até o momento, vemos altas expressivas principalmente nos setores de Moda e Beleza, considerando o retorno gradual da vida social da população e a demanda mais acentuada por esses tipos de produto. Com a previsão de uma possível desaceleração da inflação neste segundo semestre e o índice de desemprego em queda, temos situações bastante favoráveis para o setor como um todo, num cenário otimista para o segundo semestre de 2022.”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
“A queda no comparativo mensal de fluxo de visitantes freou a recuperação do varejo em relação ao nível pré-pandêmico. Apesar da distância em relação ao período anterior à pandemia ser a maior desde fevereiro para as lojas de rua e desde janeiro para as de shoppings, não parece um sinal de alerta, visto que o decréscimo é baixo na comparação com quedas bastante acentuadas vistas no passado e há sinais de um varejo bastante aquecido.”, comenta Flávia Pini, sócia da HiPartners Capital & Work.
A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC.